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COLUNA: BALEIA
Baleia


08/10/2006 - Domingo
UM NEGÓCIO DA CHINA
 
Assim pode ser considerado o GP da China para o alemão. Pois nem ele antes da largada acreditava que poderia ser o vencedor. Quando as condições de pista apresentam pouca chuva os pneus Bridgestone não são páreo para os Michelim. Quer dizer os pneus intermediários dos japas são um fracasso. E isso desde 2004. Já nos treinos vimos que o alemão não teria vida fácil. Mas o alemão que correu na China era um piloto mais determinado e melhor de braço, que o de sempre. Sua performance na qualificação nos deu mostra disso. Entre os dez primeiros qualificados nove usavam pneus franceses, somente o alemão em sexto calçava os Bridgestone. E a colocação(13º) de seu companheiro de equipe nos dá uma mostra de como o alemão tocou na super pole. Nunca consegui, apesar dos números, ver um desempenho impressionante do alemão como aquele que ele teve no qualifyne.


Já na corrida ele foi apenas eficiente como sempre, e como sempre contou com sorte. Este ano, alem da sorte e das medidas extra pista da FIA, ele esta contando também com uma estranha ajuda da equipe Renault. Pois a equipe errou nos pit-stop do espanhol. No primeiro trocaram os pneus dianteiros da RS 26, colocando um par de pneus(intermediários) novos, enquanto todos ponteiros e o próprio companheiro de equipe continuavam com os pneus velhos ou usados. No segundo, gastaram 19,2 segundos para trocar pneus(Slick) e reabastecer. Quando deveriam gastar de 6 a 8 seg. É muito estranho os franceses cometerem tantos erros, logo na fase decisiva. Uma roda mal colocada na Hungria, quebra de motor na Itália culminando com abandonos, e agora esses dois erros seguidos na China.


Mas esquecendo essas estranhices, Até que parecia que ia ser dia do Alonso. O alemão enquanto o piso estava molhado ficou na dele. Teve a sorte de no desenrolar da prova a pista ir secando. E com o trilho formado o pneu japonês começou a mostrar mais eficiência. E foi ganhando posições. E logo depois do primeiro pit do espanhol, juntaram na pista, o Alonso em primeiro, Fisichella em segundo e o alemão colado nos dois. Foi um dos melhores momentos da prova. Mas o desempenho do espanhol era muito inferior. E assim apesar de uma certa incerteza, o Físico passou pelo Alonso e abriu e o alemão também passou e também abriu. Os dois colocaram 16 segundos em cima do espanhol. Na parada do alemão, a Ferrari foi eficiente, mas os franceses foram ainda mais na do Físico e saiu a frente do alemão dos boxes. Mas na primeira curva, com pneus frios, ele deu uma pequena espalhada e veio um alemão pra lá de determinado e já com os pneus aquecidos, e pois duas rodas na grama e realizou a ultrapassagem. Foi o pulo do gato, pois o Físico ficou entre o alemão e Alonso. Ai a equipe realizou o velho jogo de equipe e logo o Físico tirou o pe e cedeu a posição para Alonso. Enfim, o GP da china foi uma etapa gostava de se ver, como sempre é quando a chuva se faz presente. Não tanto como foi a etapa da Hungria. Mas o que ninguém esperava era o resultado final. Nem os dois principais protagonistas Alonso e Shuchmacher. Tudo conspirava a favor da Renault, desde os treinos e o primeiro terço da prova. Mas daí em diante, tudo passou a conspirar a favor do alemão. Como o alemão disse foi um milagre.


Primeiro, o abandono do Kimi ao ter o carro mais rápido da prova. Quando ele abandona deixou de ser novidade. Segundo: a esquisita troca de pneus dianteiros do espanhol. E o fatídico segundo pt do Alonso, de 19,2 segundos. Mas a turma dos coadjuvantes salvaram o dia. Novamente Kubica se mostrou demais. Seu maior erro foi à escolha de pneus Slick na hora errada. Isso acabou com sua ótima apresentação. Ele ainda vai dar o que falar.


Rubinho, De La Rosa, Buton, Haiderfeld deram o tom das disputas. E também não podemos esquecer de Coultrand, Massa, Trulli, Webber, Speed, Ralf e Liuzzi que animaram a corrida quando lá na frente não tinha graça. Houve momentos de ter quatro carros em disputa por uma posição. Foi gostoso de ver. Nem parecia a F1 atual. Quando alguém larga na frente e some. Ou ainda quando alguém ganha posições nas paradas de Box. O que vale são os pegas, as disputas de freiadas, mesmo quando a coisa sai errada, como no caso do Massa com o escocês.


Na Super-Bike, foi gratificante ver a performance do Alex Barros. Correndo com uma moto e capacete nas corres e design da bandeira brasileira ele deu uma aula de pilotagem em Mugelo. Até parecia o The Douctor. Pois largou em oitavo na primeira bateria e caiu para décimo segundo, na seqüência. E a partir daí foi escalando o pelotão e chegou ao primeiro posto e ainda abriu dos concorrentes. Na segunda bateria: novamente largou em oitavo e desta feita caiu para décimo primeiro. E novamente ganhou todas posições e chegou em segundo. Na variante baixa a torcida era toda sua, pois foi lá que realizou a maioria das ultrapassagens. Até parecia que ele corria no Brasil devido a grande torcida, que o incentivava a cada passagem. E as câmeras o focavam, mesmo quando estava nas posições inferiores. Foi demais. Parabéns a esse jovem de 35 anos.

 
 
   
 

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