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COLUNA: BALEIA
Baleia


25/06/2008 - Quarta-Feira
DEU ZEBRA
 
A vitória de Felipe Massa na França não foi necessariamente o resultado que Sthefano Dominicalle (chefe de Equipe na Ferrari) esperava, e muito menos Kimi Häikönem. E para falar a verdade nem o Massa esperava, depois de se dar mal com retardatários nas duas voltas que tinha para aproveitar, depois da parada do finlandês. Depois de se dar mal no primeiro pit, restava a Massa, diminuir a distancia entre ele e o finlandês, que depois do primeiro pit era de 4,3 segundos, para algo próximo de menos de um segundo antes segunda parada para reabastecimento. Mas na pista o que acontecia era o contrario, Kimi estava sempre mais rápido que o piloto brasileiro. E conseguia abrir, de 0,3 a 0,5 segundos por volta, e diferença já era de mais de seis segundos, quando a Ferrari do Ice – Mam pipocou. E ai a diferença entre eles caiu e chegou a nada.


Massa ainda andou cerca de uma volta comboiando o finlandês, como que esperando uma ordem de cima para efetuar uma ultrapassagem que já deveria ter sido feita assim que o carro do Filipe encostou. Estranhamente Massa teve que comboiar o finlandês por mais tempo do que deveria se fossem pilotos rivais, quero dizer de equipes diferentes. É por essa e por outras, como a perda do segundo lugar em Mônaco e também o segundo do Canadá que não aconteceram por erros da equipe, que nunca acontecem com o finlandês, bem esse nunca deve ser ponderado, pois a equipe errou feio em Monte Carlo, com seu piloto predileto. E Kimi foi obrigado a pagar uma punição nos boxes. Essa foi à única pisada com o Kimi em uma temporada e meia de Ferrari, que eu me lembro.


Já com o Massa, só nas duas ultimas provas que antecederam o GP da França nosso piloto perdeu na menor das projeções seis pontos. Foram dois pontos perdidos com o segundo lugar perdido em Monte Carlo e mais quatro perdidos no Canadá quando Massa foi quinto por uma falha no reabastecimento na primeira parada. Que na minha ótica foram de propósito, na ânsia de não deixar Massa abrir muito do Kimi. Pois na França se tudo corresse bem o finlandês voltaria à ponta do campeonato. Por tanto na cabeça dos dirigentes italianos, deu zebra!


A Ferrari viveu uma época onde o alemão era praticamente o dono da equipe e a ele tudo era permitido. Hoje a situação não é a mesma, pois muita gente esta de olho no jogo de equipe descarado que os italianos usaram na era Shumy, e isso hoje teoricamente não é mais permitido. “ teoricamente” eu disse. Pois a política é a mesma, só que menos escancarada. O nacionalismo é tão aparente no cirquinho da F1, que só para exemplificar, sempre que um piloto cruza alinha de chegada, na sala de imprensa do autrodomo onde esta sendo realizada uma etapa os jornalistas sempre aplaudem o vencedor. Mas na sala de imprensa de Magny-Cours não houve aplausos na hora que o Filipe cruzou a linha de chegada e sim um grande silencio.


Qual seria a razão desse silencio? Por que Massa ganhou por causa de um defeito do carro de seu oponente direto e o mesmo vinha sendo mais rápido até o momento da falha? Será!!! Quantas e quantas vezes vi o alemão ser aclamado como o maioral depois de uma vitória em uma corrida em que não tinha nenhuma chance de ganhar e conquistou a vitória devido à quebra de seus oponentes diretos. Senna só foi bi-campeão porque jogou Prost para fora no ultimo gp da temporada, foi uma vingança pelo ocorrido no passado. O alemão ganhou seu primeiro campeonato tirando Hill da pista no ultimo GP depois de ter errado uma curva e estar sem condições de continuar na prova. E mesmo depois destes exemplos, os três são considerados ídolos. E nosso baixinho é renegado por ganhar uma prova onde seu algoz apenas sofreu uma pane no sistema de escapamento. Massa esta onde esta porque vem sendo mais eficiente que o jogo de equipe e agora contou com a dona sorte. Sorte nossa o finlandês estar revivendo seus dias de azar. Só que ele não esta para brincadeira e é o autor da melhor volta nos últimos cinco gp’s disputados. E por falar em estatísticas mais uma vez o pole do GP francês não se sagrou vencedor.


Foram 25 anos de espera para que um piloto brasileiro voltasse a vencer o GP da França. Normalmente este GP é sem graça, mas não foi o caso deste. Principalmente para nos brasileiro. Pois o Nelson Ângelo Piquet realizou sua disputa na F 1, ao chegar em sétimo e uma posição à frente do espanhol. Até o Rubinho que não tinha um carro razoável conseguiu ganhar algumas posições. Nelsinho é um piloto engraçado, pois quando a disputa é com seus antigos rivais da GP 2 ele é um leão, mesmo sem um carro a altura dos concorrentes, ele é eficiente. E o Kovalainen também fez uma ótima corrida ao chegar em quarto. Robert Kubica também fez bonito, pois é só compara-lo com o companheiro de equipe para notar o tanto que estava rápido com um carro instável. Parabéns a todos eles.



Uma ótima semana a todos!

 
 
   
 

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