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COLUNA: BALEIA
Baleia


27/05/2009 - Quarta-Feira
TRADICIONAIS DA F1
 
O final de semana passado foi realizado duas das três corridas mais tradicionais do automobilismo mundial. O GP de Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis. A outra é às 24 horas de Lê Mans. O interessante é que as três, apesar da fama, glamour e toda tradição são chatinhas de assistir, no entanto é difícil para o piloto, principalmente nas 500 Milhas e 24 Horas. Mas uma vitória num desses circuitos marca para sempre a carreira de um piloto. Quer dizer a, um trunfo num desses eventos são o sonho de qualquer piloto. Vencer os três então já é sonho para poucos e olha que alguns tentaram. Mas somente Graham Hill conseguiu. Que foi mister Monaco venceu cinco vezes, venceu as 500 milhas no ano de 1966, e Lê Mans em 1972

Mônaco esse ano como em muitos outros o pole venceu. Desde a largada Button liderou a etapa e só deixou a ponta nas paradas de boxes. Por falar em largada, foi Barrichello que largou bem ou o Räikkönen que largou mal? Nenhuma das duas coisas foi o carro da Ferrari é que pipocou. Se para o público é meio monótono, para o piloto é pura adrenalina. São cinqüenta oito voltas numa estreita faixa de asfalto delimitada por laminas de aço. Onde são realizadas quase quatro mil trocas de marchas, que mesmo realizadas apenas com um toquinho atrás do volante é desgastante, pois é um traçado que não admite erros. Imagine o que é domar uma maquina com mais oitocentos cavalos e apenas seiscentos e poucos kilos naquela secessão de curvas e cotovelos.

A prova como já havia dito foi monótona, mais no começinho até que houve algumas emoções. Enquanto o Vettel segurava Massa e este fazia de tudo para ultrapassá-lo e Hamilton achando pontos de ultrapassagens para cima de carros bem mais lentos, estava bom de assistir. Mais depois do erro do alemãozinho o marasmo começava a tomar conta da corrida, depois viram alguns acidentes que desarmava a monotonia. E novamente vimos que a Brawn esta cada vez mais Brawn e que Button é o nome do momento. Enquanto Rubinho suava para manter o carro 23 na pista devido ao desgaste excessivo dos pneus macios, Buton mantia os seus em bom estado e aumentava sua liderança para os demais.

A corrida de Räikkönen foi prejudicada por Barrichello assim como a de Massa foi prejudicada pelo Vettel. Mais uma vez a Ferrari deu forcinha para a Brawn, pois, Kimi tinha uma boa vantagem para Barrichello e ao voltar de sua primeira parada saiu atrás do carro da Brawn. Uma verdade tem que dita, o carro italiano melhorou muito em relação as primeiras etapas, mais continua com suas trapalhadas na área dos boxes e os pilotos pagam a conta final na pista. Se a turma do macarrão continuar nessa serie de erros, os pilotos uma hora vão rasgar o verbo.

Räikkönem certamente vai ser o primeiro. Por falar em piloto, Hamilton esqueceu parte da sua habilidade de como andar nas ruas do principado em casa. E para completar o péssimo dia da Mc Larem, Kövalainen bateu e a equipe que sempre é forte em Monaco não levou nem um pontinho para casa. Mark Webber mais uma vez correu bem, esse é o piloto que mais evoluiu neste inicio de temporada. BMW e Toyota continuam sua caminhada ladeira abaixo, a situação da Toyota é a mais intrigante, pois conseguiu piorar um carro que era bom. Já o BMW nasceu ruim, só para lembrar aquele segundo na Malásia foi ocasional. Pra não falar em sorte, devido ao cancelamento da prova naquele exato momento.

Já a outra prova tradicional do dia a quase centenária 500 Milhas de Indianápolis, que é uma prova longa e cansativa tanto para pilotos e assistentes a vitoria coube ao nosso Helinho Castroneves, que largou na pole e logo no inicio perdeu a liderança. Parecia que não era o dia dele, pois a cada parada nos boxes o piloto perdia posições sem falar no problema de comunicação do carro com os boxes. O que salva essa maratona da monotonia são os acidentes, normalmente de arrepiar. E foi no mais dramático deles já no final da etapa, onde se envolveram dois brasileiros, Vitor Meira e Rafa Matos, é que Helinho soube impor sua velocidade não dando chances a quem o perseguia na relargada e daí até o final nosso piloto cravou o pé direito fazendo voltas de 320km/s de media. Venceu e com vantagem para Dan Weldon e Danica Patrick, segundo e terceiro respectivamente. Acho que a carga de desgaste físico e emocional das 500 milhas é maior do que o das ruas do principado. Pois o piloto é obrigado a correr numa pista oval de mais menos quatro kilometros por mais de três horas a velocidades que chegam aos 400 km/s por hora e chegam a andar lado a lado nestas velocidades. E um erro nesta pista normalmente é muito dolorido e dramático. Vitor Meira o brasileiro que se acidentou nas voltas finais com Rafa Matos corre o risco de ficar sem competir o resto do ano, pois quebrou duas vértebras. Curiosamente, o diagnostico dizia que uma já estava quebrada desde o ano passado. E o piloto nem sabia.

Helinho é uma pessoa de sorte, pois a maior vitoria de sua vida, tinha sido nos tribunais da Florida em abril. O fisco americano normalmente não deixa nada passar em branco, mais sempre tem uma primeira vez. Parabéns a pessoa e ao piloto. Pela conquista Helinho ganhou mais de US$3000.000,00 o maior premio da historia das 500 Milhas. Tony kanaan continua sua sina com o circuito de indiana, mais uma vez não terminou e pela primeira vez abandonou sem ter liderado a corrida, quanto bateu estava em terceiro em fungando no cangote do segundo. Mario Morais que foi a sensação dos treinos não conseguiu nem completar a primeira volta devido a um entreveiro com Marco Andretti. Morais estava cuspindo marimbondos e por pouco não partiu para a agressão física.



Uma ótima semana a todos!



Baleia.v@uol.com.br

 
 
   
 

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