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COLUNA: BALEIA
Baleia


02/12/2009 - Quarta-Feira
RETORNO DE MASSA
 
O fato que marcou o final de semana passado foi o Desafio das Estrelas, prova realizada há quatro anos. Nos últimos três, em Santa Catarina. Felipe Massa e Carlinhos Romagnoli, empresário do ramo, são os organizadores do evento. A primeira edição foi na terra de Massa, Botucatu. Depois que Felipe ascendeu para a Ferrari e ganhou a confiança de Schumacher e o mesmo passou a freqüentar o evento, o destaque da prova foi outro, a partir daí o desafio passou a ser o Desafio das Estrelas realmente e, apesar da juventude do evento, passou a rivalizar com a já tradicional 500 milhas da Granja Viana.

A grande diferença é que o Desafio é para poucos convidados e com Karts de ponta, onde prevalece o desempenho em si. As 500 da Granja é um evento onde os Karts devem aturar mais onze horas na pista, e ai passa a prevalecer a durabilidade em vez da velocidade nos motores dos veículos. Também na Granja é possível, com certa grana e muita influencia ou amizade, arrumar uma vaga no grid. No Desafio, as vagas são só para convidados e são no máximo 25 pilotos.

Enquanto o grid do Desafio é repleto de pilotos ou ex-pilotos de F-1, F Inddy e outras categorias de formulas, além de Lê Mans Series, sobrando alguns lugares para alguns da Stock, é raro ver um nome desconhecido no grid. Se bem que tivemos um nesta edição, um catarinense. Não por coincidência, pois a prova é realizada em terras catarinenses que não é conhecido por muitos, mas corre na Stock Light, cujo nome é Eduardo Berlanda, você conhecia este nome? Certamente não, mas ele é muito conhecido em sua terra natal, onde fez fama em corridas na terra. Muito comum por lá. E é uma competição das mais disputadas.

Já num grid da Granja Viana é comum ver nomes totalmente desconhecidos junto com as grandes feras que habitam o evento. Felipe Massa é um exemplo vivo disso. Quando ganhou pela primeira vez era um nome desconhecido do grande publico, na verdade um moleque no meio das feras. Quer dizer, pode-se pagar para correr na Granja, pois tem várias equipes com três, quatro ou mais pilotos no grid e largam muito mais Karts no evento. O grande “tchan” é que é possível ver os bons de braço sem grana rivalizando com a turma dos Top’s. Mas tem que ter certa dose de sorte para se dar bem sem uma grande estrutura e sair-se bem no meio de tantas feras. Feras essas que chamam a competição de uma brincadeira de final de ano. Na verdade ninguém quer se dar mal.

Voltando ao Desafio que foi realizado no final de semana passado, o evento este ano começou com uma grande diferença, pois foi feito num kartódromo inteiramente novo. Deixando de ser no kartódromo dos ingleses, um tradicional circuito do calendário do Kart nacional. A nova pista foi desenha por Lucas Di Grassi e contou com uma estrutura física mais a altura do evento. A outra diferença ficou por conta da prova ter uma etapa no sábado e outra no domingo. Dando chances para quem se desse mal na primeira etapa de se aprontar para a segunda etapa.

A prova de sábado começou com um grid meio que surpreendente; Nelsinho Piquet na pole seguido de Vitor Meira, Di Grassi, Vitantonio Liuzzi, campeão mundial de Kart, Schumacher, Barrichello e, pasmem, com Felipe Massa em décimo oitavo. E teve como ganhador o alemão, que andou muito, mas não conseguia ultrapassar Meira e Liuzzi, que dominavam a prova. Macaco velho como sempre, o alemão esperou um vacilo dos dois que se atracavam na pista e deu certo numa disputa de posição, os dois foram para o lado sujo e a velha raposa estava lá para aproveitar a porta aberta. Fora a vitória do alemão, o destaque ficou para o Massa que chegou em terceiro. Liuzzi foi o segundo, Di Grassi o quarto, Meira o quinto e Barrichello o sexto. Já o pole Nelsinho escapou da pista por duas vezes e acabou em nono.

Na prova de domingo, os pontos valiam menos do que a de sábado. Os oito primeiros largam com as posições invertidas; o alemão largou em oitavo, Liuzzi em sétimo e Massa em sexto Já na frente tinha Pizzonia, Kanaan e Barrichello em terceiro, Meira e Di Grassi na sequência. Apesar de largarem mal, Massa e Schumacher terminaram em primeiro e segundo nesta segunda etapa.

Pizzonia manteve a ponta na largada e o desenrolar da prova foi uma demonstração de competência de Massa e do alemão. Pouco a pouco, eles foram galgando posições e no final eram os primeiros. Vitor Meira, mais uma vez, foi destaque, chegando a ser o segundo quando Rubens era o líder. Mas no final, Massa e o alemão se mostraram mais fortes. Parecia até que o alemão tinha condições de ultrapassar o brasileiro na ultima volta. Mas em conversa com os repórteres depois da prova disse que não. Não foi o que parecia no calor da disputa da última volta, teve um momento em que o alemão acenou para Massa com mão, dando a entender que era para Felipe seguir em frente e não se preocupar com ele, pois ele já tinha o titulo na mão. A TV mostrou tudo. Sábado agora tem as 500 Milhas da Granja Viana e a equipe de Rubinho e Kanaan é a favorita

Uma ótima semana a todos!

Baleia.v@uol.com.br
 
 
   
 

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