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COLUNA: BALEIA
Baleia


15/08/2012 - Quarta-Feira
Ambrose vence em Watkins Glen
 


A Fórmula 1 e outras das principais categorias do mundo da velocidade estão em stand by. F-1, F-3, GP-2, Mundial de Motos (Moto 3, Moto 2 a Moto GP) estão curtindo suas férias de verão, mas nos EUA a principal categoria para eles não descansa. E no fim de semana passado tivemos a etapa de Watkins Glen. Um dos raros circuitos onde a categoria máxima dos norte-americanos não usa os ovais.

Watkins Glen é um marco para nós, brasileiros, pois foi lá que um brasileiro ganhou a primeira corrida de F-1. Isso nos idos de 1970 e em sua temporada de estreia. Se não me engano, na sua quarta ou quinta corrida na categoria. Estou falando de Emerson Fittipaldi, que com essa vitória deu o título a seu companheiro de equipe Jochen Rindt, o único campeão post mortem. Fittipaldi é um ícone em nosso automobilismo, porém não tem o devido respeito ou valor que merece. Coisas de brasileiro. Já na América é um ídolo de valor.

Corridão. A etapa de Watkins Glen foi das melhores corridas de assistir e creio eu que para os pilotos também, fora Kyli Busch, claramente. A Nascar tem esse poder de surpreender. Só nos metros finais é que o vencedor foi definido. Não é todo dia que vemos isso no automobilismo atualmente. Na F-1 vimos algumas etapas este ano, onde o vencedor foi surpresa, mas, devido à tática com o uso dos Pirellis, e não por  disputas no braço. 

Tudo ou nada. Tudo parecia que iria cair nas mãos de Kyli Busch, mas ele simplesmente foi tocado e jogado para fora por Kaselowski na penúltima volta. Kaselowski e Ambrose fizeram uma volta eletrizante, com direito a vários toques entre si. A vitória sobrou para Marcos Ambrose, que vinha já sem pneus, mas assistia a tudo de camarote e, no momento final, atacou e superou o Dick vigarista do Kaselowski. 

Show. Na Nascar o toquinho é aceito disfarçadamente. Os organizadores fazem vista grossa, em nome do show ou da emoção. Mas quem é vítima normalmente vinga noutra etapa. Quando a Nascar corre em circuitos mistos, os grandes nomes da categoria viram figurantes. Jimmie Johnson, o pentacampeão, chegou em terceiro e ficou longe da briga pela ponta. A pole foi de Montoya, provando que não esqueceu sua escola, os mistos. Com a terceira colocação e péssima colocação (28º) do queridinho da torcida, Dale Earnhardt Jr., Jimmie Johnson assumiu a ponta do campeonato, com um pontinho à frente de Greg Biflle e este também com um ponto de vantagem para Matt Kenseth.

The Doctor. Valentino Rossi, depois de dois sofridos anos na Ducati, assinou por dois anos com a Yamaha, e assim uma legião de fãs no mundo inteiro voltou a sorrir. Rossi é o maior piloto da motovelocidade, com sete títulos mundiais, sendo quatro destes com a Yamaha. Rossi é um ser carismático e muito engraçado e, com suas comemorações atípicas, conquistou uma legião de seguidores mundo afora.

A volta. Muitos esperam com grande ansiedade para ver o italiano montado numa moto de ponta, outra vez. Claramente, o primeiro piloto da Yamaha, atualmente Jorge Lorenzo, não vai dar uma vida fácil ao novo integrante da marca japonesa. Pela lógica, Rossi vai penar para se readaptar dentro da equipe e com a nova moto, sendo que Lorenzo está lá desde 2008. Lorenzo é o atual líder do campeonato, mesmo não tendo a moto mais veloz do grid. As Hondas são mais eficientes em velocidade de reta. No entanto, em muitas pistas essa marca é da Ducati, o que mostra que ser veloz nas retas não é tudo, tem que ter conjunto e eficiência durante do circuito inteiro.

Competitivo. Rossi dispensou um salário maior na Ducati para correr na Yamaha, mesmo ganhando menos. Isto demonstra o quanto ele sente falta das vitórias.  E deve ser estranho voltar à equipe dos dois Diapasões como segundo piloto. Lorenzo renovou com os nipônicos em junho e tem o status de primeiro, mas nada disso afastou Rossi da equipe. O negócio dele é brigar pela ponta. E pode ter certeza que os dois vão nos dar muitas alegrias. Quando corriam juntos na equipe entre 2008 e 2012, eles não se bicavam. Depois que Rossi foi para a Ducati, passaram a ter certo diálogo. Mas e agora, hein?

Inferno Rosso. Rossi foi para a Ducati em 2011, entusiasmado por formar o par: piloto italiano com moto italiana, mas logo percebeu que não teria vida fácil.  Valentino verificou que a Desmosedici estava longe de ser competitiva. E assim promoveu inúmeras mudanças na moto. Principalmente no chassi. Fez com que os italianos abandonassem seu chassi de fibra de carbono e passassem a utilizar o quadro de alumínio, como nas motos em que Valentino já havia competido com sucesso antes. Mas de nada adiantou.

A esperança era de que a moto de 2012 fosse um projeto de ponta, mas, na verdade, ele e Rossi não falavam a mesma língua. E vimos que em algumas provas Nick Hayden, seu companheiro de equipe, era mais competitivo que o grande ídolo. E assim muitos começaram a duvidar da velocidade do italiano. Mas é só ter uma prova com chuva que ele aparece no pódio. É a velha máxima: a chuva nivela as motos por baixo e valoriza mais a pilotagem do que o equipamento. Agora, a maioria dos amantes da motovelocidade espera ansiosamente pela volta dele com um equipamento de ponta.

Felicidades a todos!

Baleia.v@uol.com.br


 
 
   
 

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