Ate que fim, essa era  a frase na cabeça daqueles que conseguiram enfim chegar  a Valparaiso na bandeirada final.existem muitas competições duras no mundo de hoje. Mas nada se compara aos dias vividos no Dakar. Onde Os pilotos e seus equipamentos são submetidos ao limite e a exaustão. E  pior, sofrem não só pilotos e maquinas. Sofrem todos os que se habilitam a acompanhar o Raid.

      Sendo assim a organização e a mídia também se submetem ao caus que é essa competição. Mecânicos, engenheiros, chefes de equipes, motoristas, médicos, enfermeiras, massagistas, cronometragem e até os profissionais da mídia sofrem ao acompanharem a competição.

        Luto. Este ano dois repórteres morreram cumprindo sua missão de nos mostrar algo inédito. O melhor de tudo é que nesta etapa, considerada uma das mais difíceis pelos pilotos, não houve mortes entre os assistentes, o que quase sempre acontece em quase todas as edições.

      Discussão. Outro dia em um grupo de amigos desenrolou uma discussão do tipo: qual a competição mais insana do mundo. Uns disseram que a corrida da ilha de Man era a corrida mais difícil do mundo. Mas não houve consenso. A maioria votou no Dakar.  Realmente o Dakar é a corrida mais desumana da atualidade. Existem muitos raids na áfrica, no oriente.  A Baja 1000 nos EUA também uma corrida matadora. Existem também umas subidas de montanhas e ou dunas dependendo do lugar que são verdadeiros desafios a física e a lógica. Mas nenhuma dura  quatorze dias e nesses quatorze dias você é apenas um numero. Se seu tranponder falhar depois de um grave acidente você corre o risco de ficar ferido ou morto por varias horas ou ate um ou dois dias. Existe um caminhão vassoura nos dias atuais. Mas isso depende e muito da eletrônica e quando ela falha só deus ou algum milagre pode te salvar.

       Mais um. Nesta edição um piloto de moto também foi vitima do rali. E por sorte ele foi achado pelo vassoura. Seu nome era Eric Palante. Era belga e tinha 50 anos. Ai muitos se pergunta. o que um tiozinho de 50 anos estava fazendo numa competição tão difícil. Mas a verdade que esse piloto estava em sua décima primeira participação do rali. E nesta competição quanto mais experiente, melhor. Acontece que esse tipo de competição sempre tem vários tipos de armadilhas e que já vitimou vários pilotos muitos experientes. Pela lógica a única categoria com alguma segurança é dos brutos e a mais perigosa é a das duas rodas seguida pela dos quadrículos. Isso não dizer que correr de carro é uma mamata. Essa competição é matadora para todos que se envolvem com ela.

        Brutos. Chega de falar dos perigos da criação de Tierry Sabine, pois ele mesmo o criador foi vitima de sua criação. Na categoria dos pesados  a vitoria coube a  Andrey Carginov do esquadrão Kamaz, esquadrão este que tinha como favorito o campeão do ano passado, Eduard Nokolaive. Mas quem deu as cartas no inicio foi  Gerard De Rooy com seu Iveco bicudo. Carginov foi construindo sua vitoria aos poucos no decorrer do Rali. E na bandeirada tanto De Rooy quanto Nikolaive sucumbiram a eficiência de Craginov. Em termos de marca não houve surpresas a kamaz é sempre candidata ao titulo mesmo com a Iveco gastando muito mais din din.

        Quadris. A categoria dos quadri que sempre é dominada por sul americanos e na verdade argentinos de uma mesma família nesta edição viu o principaç favorito abandonar a disputa antes da metade do raid. E assim não vimos um Patroneli na liderança ou entre os principais. E por algumas etapas vimos pilotos europeus mandado na categoria. Mas parece que Deus é torcedor dos sul americano nesta categoria e no final deu um piloto chileno vencendo em casa no Chile. Foi demais a alegria dos presentes

        Duas rodas. Nessa categoria,  todos esperavam um grande duelo entre Marc Coma e Cyril Despres. Mas o que vimos foi  uma vitoria quase fácil de Coma. Sabidamente Coma tinha o melhor equipamento, ou seja, a KTM.  Se bem que o Despres de 2014 não foi aquele Despres dos anos anteriores, ele tinha vencido cinco vezes e se vencesse em 2014 igualaria a Paterhansel. O piloto de ajuda de Despres Olivier Pain conseguiu ser o terceiro Porem no inicio quem deu as cartas foram as Hondas. Essa marca quando resolve  investir numa categoria ou campeonato ela briga pela ponta. Este ano eles foram com pilotos sem fama ou grande experiência. Ano que vem devem vir mais fortes

     Carros. A equipe favorita venceu. Os grandes desafiantes ficaram pelo caminho. Os Mini fizeram primeiro, segundo e terceiro. Nani Roma venceu. Porem foi uma vitoria sem gloria, pois a equipe brecou Stéphane Peterhansel. Ou seja, a  vitoria de Roma foi por ordem de equipe, uma vergonha.  Nasser Al-Attiyah ficou na terceira posição. O interessante é Al-Attiyah chegou com 56 minutos de atraso. Porem ele foi penalizado em uma hora, sem a penalização certamente ele seria vencedor.

Felicidades.