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COLUNA: BALEIA
Baleia


22/02/2006 - Quarta-Feira
DAYTONA
 
O maior evento da Nascar é a corrida das 500 Milhas de Daytona. Justamente a primeira prova do campeonato, que tem 36 etapas. Na verdade é uma semana de velocidade, e tem corridas de todo tipo. Essa corrida é para a Nascar o mesmo que a 500 Milhas de Indianápolis é para a IRL. Mas devo lembrar que com tudo bairrismo possível do Norte Americanos: Para eles IRL, Champ Car e F1 são corridinhas que não têm a menor importância. Salvo é claro as 500 milhas de Indianápolis, que começaram em 1911, e é uma das mais tradicionais provas do automobilismo mundial. E assim sustentam a tradição.


É mais ou menos como a relação que eles têm com a Harley-Daviddson, não é uma boa moto, mais é uma tradição da América, então vamos cultuar e transforma-la num ícone. E assim se tornam realmente patriotas. E consomem a tranca como se a melhor do mercado e ainda conseguem fazer com que muitos consumidores os imitam pelo mundo a fora.


Como havia dito antes; Eles não dão o menor valor na IRL, mas quando é dia das 500 Milhas de Indianápolis, conseguem lotar as dependências do maior Oval do mundo. Dizem que cabem mais de 400 mil pessoas. Não duvido, mas tenho lá minhas duvidas, quanto à veracidade desses números. Mas o esporte numero #1 no automobilismo, para eles, é a Nascar.


E voltando ao assunto da melhor corrida na opinião dos nossos irmãos do norte, as 500 Milhas de Daytona, da Nascar ou comercialmente mais conhecida como Nextel-Cup, foi uma típica corrida de 200 voltas num ovauzão. Algumas escapadas bobas cometidas pela turma de traz. E poucas bandeiras amarelas até a metade da prova. Mais a partir daí o bicho começa a pegar. Depois da metade começamos a ver alguns toques nada amigáveis entre os competidores. E tivemos alguns que poderiam se transformar em um grande acidente, mas até o final ninguém foi parar na UTI.


Apesar da direção da Nascar avisar que puniria todos toques antiesportivos, estes não faltaram na segunda metade da corrida. Em corridas de carros Turismo, ou seja, carros com carroceria mais ou menos como aqueles que usamos nas ruas, é quase que normal esses toquinhos, principalmente nas retas, e em particular neste traçado. Sempre quem esta atrás dá uma empurradinha nas retas. Mas o que a direção queria evitar são aqueles na entrada das curvas, que desestabiliza quem o leva. E estes não faltaram nessa etapa.


O campeão de 2005, o gordinho mais rápido dos States, mais conhecido como Tony Steweart, estava irreconhecível, pois usou e abusou das tocadas nos opositores. E chegou a estupidez faze-lo em plena reta, jogando seu oponente para grama e por muita sorte não foi atingido por nenhum outro competidor quando o mesmo derrapava em plena pista. Parece que é Deus que olha, nestes momentos. Tony estava mesmo irreconhecível, pois antes dessa estúpida manobra. Se envolveu num acidente que poderia ter evitado e foi lá para traz. logo depois do primeiro ¼ de corrida E rapidinho se recuperou e quando disputava a liderança resolveu dar uma senhora fechada em plena reta noutro competidor. Como resultado foi parar nos boxes para pequenos reparos e na volta seguinte ainda teve de cumprir um stop-go. Mas teve muita sorte, pois o mesmo foi na bandeira amarela. E ainda sofreu uma esfrega da sua vitima na saída dos boxes, que pela atitude também foi punido, só que teve de cumprir a punição durante a bandeira verde.


Falei demais mais ainda não disse quem venceu a prova. O vencedor foi Jimmie Johnson, (Chevrolet), Que apesar de seu histórico na categoria(19 vitórias), está foi sua 1ª nas 500 Milhas de Daytona. Mas a verdade, é que em corridas de 500 Milhas, normalmente quem vence não é quem mais lutou ou mostrou serviço. Sempre vence o come-quieto. E Ryan Newman, (Dodge), foi segundo com Casey Mears, também de Dodge, em 3º lugar. E o gordinho infernal Tony Stewart, (Chevrolet), apesar de tudo ainda conseguiu um nono lugar. Mas tinha carro para ganhar. Faltou um pouquinho de celebro ao melhor braço do momento na Nascar. Chega de falar de Nascar, pois o meu dono no jornal, acha que tenho que falar somente de F 1. Mas como posso deixar de falar da Nascar se a F 1 ainda não largou.


E para não dizer que não falei de F 1, os testes de inverno continuam, e tem até Williams fazendo o melhor tempo. No fundo do coração eu gostaria e muito que a Williams estivesse mesmo encontrado o caminho das pedras e sem a BMW. Mas ao voltar na realidade acho isso difícil, mais não impossível!


Uma ótima semana a todos!
 
 
   
 

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