GP DA FRANÇA

Esta foi uma etapa muito importante no calendário deste ano. E não foi pelas disputas na pista, pois disputa importante mesmo só tivemos uma aquela entre o Alonso e o Massa logo apôs a largada. A maior importância desta etapa foi á certeza de que a Ferrari e o alemão ressurgiram do limbo para a gloria. E a lógica desta vez não apareceu. Pois ninguém no paddock esperava uma Ferrari forte na França. Nem a própria Ferrari, ou o próprio alemão.


Imagine que no sábado, naquele treino que antecede a prova de classificação, o carro do alemão pegou fogo, e o socorro não foi dos mais eficientes. E assim o chassi e o motor poderiam ter sofrido com o excesso de caloria. Para complicar ainda mais o carro do Massa teve uma quebra de cambio. Sendo assim o clima na equipe antes da classificação era o pior possível. O alemão corria o risco de ter de trocar o motor e perdeu assim de cara dez posições no grid. E ai entrou a garra dos mecânicos Tifoses e aprontaram os dois carros para a qualificação e o resultado (a primeira fila) foi algo quase que como uma vitória antes da corrida, diante dos acontecimentos anteriores.


A corrida. Fora o duelo Alonso x Massa no inicio o que vimos foi uma corrida meio sem emoções, um tanto que cerebral. Com ultrapassagens realizadas nos boxes. Não tem como esperar uma boa corrida num circuito como este. Vimos varias vezes o De La Rosa com muito mais carro tentando passar pelo Webber e não achar uma brexinha. E outros vários sofreram do mesmo mal. E o pior, a falta de graça nas corridas de hoje, se devem também e muito ao efeito aerodinâmico dos carros, que a 200 km/h geram um dow-force de 2000 kg. Pra melhorar as mudanças terão de ser mais radicais. Mas essa pista, a de Barcelona e a da Hungria são uma vergonha no quesito ultrapassagens, e só estão no calendário devido seus organizadores encher os bolsos do Verme Ecclestone. Que, alias, foi solenemente vaiado pelo publico nos EUA.


De volta a corrida, a grande jogada foi a mudança de tática de paradas efetuadas pela equipe Renault. Os franceses perceberam que se continuassem na tática de três paradas o melhor que poderiam almejar era o ultimo degrau do podium. A primeira parada do Alonso foi logo depois da do massa. Massa parou na 15ª e Alonso na 16ª volta. Massa abasteceu para umas vinte voltas(7 seg.s) e o Alonso (8 seg.s). Pela lógica o Espanhol tinha mais gasolina no tanque. Mas ao parar logo após o Massa e colocar somente 1 seg. a mais no tanque, conseguiram enganar os Italianos. E esses só perceberam a jogada somente no segundo pit. E ai já era tarde. E assim os Franceses subiram um degrau no podium. E evitaram a perda de mais dois pontos. Agora a diferença é de 17 pt.s. Mas poderia ser de 15 se não mudassem.


Esse tipo de pista, travada e com um asfalto muito liso e uniforme mais sem grip, gera muitas e estranhas invenções na cabeça dos projetistas. Pois muitas equipes apareceram com apêndices aerodinâmicos. Mas nada comparáveis aos da BMW. Com a intenção de tornar o ar mais limpo para o aerofólio traseiro, criaram duas laminas verticais e paralelas na altura do eixo dianteiro. E para completar o pacote, imitaram os chifrinhos da Mc Larem junto á tomada de ar do motor. Esteticamente ficou péssimo. E na pratica não mostrou nenhuma evolução. Haidfeld terminou em oitavo a uma volta atrás e Villeneuve na décima primeira posição.


Se a lógica não deu a cara na França o velho sorriso do alemão reapareceu no podium. É aquele velho sorriso que vimos pela ultima vez em 2004, quando tinha um carro vencedor. Pelo andar da carruagem a disputa pelo titulo vai ser acirrada espero! Nunca consegui ser um torcedor do Barão Vermelho, mas agora torço para que ele vença o Alonso e se aposente logo. E só assim teremos uma F 1 mais democrática. Isso em termos de pilotos é claro. Pois na organização só com uma queda de um avião onde os passageiros seriam: O Verme, Mosley, Briatore, Dennis e Mansur, Francki e Patrick, e a alta cúpula da Ferrari. E como esse avião ainda nem decolou vamos vivendo essa vergonha na organização da F1. Que esquece que na essência isso ainda é um esporte.


Moto GP: Os quebrados, quer dizer os fraturados, Valentini Rossi e Marco Melandri,novamente deram o show. Valentino largou do decimo posto para a vitoria e Melandri saiu do sexto posto para a segunda posição. Mais por muito pouco não foi primeiro.Até a ultima curva não tinha como saber quem seria o vencedor. E com muita habilidade os dois superarão as hondas oficiais de Pedrosa, o pole, e Hayden, terceiro, que juntamente com Roberts Jr. completavavam a primeira fila, e estes sem fraturas.Com palavras não é facil explicar a bela disputa que os italianos proporcionaram. Resumindo foi demais, lindo e emocionante. Na verdade sensacional.