Esse é um dos poucos circuitos que permaneceram desde o primeiro campeonato da F1. E por isso, é um dos mais tradicionais do certame. Monza juntamente com Silverstone e principalmente Mônaco, fazem parte da historia da F 1, Spa também faz parte dessa lista, e é apesar de todos esses anos ser o melhor e mais desafiador circuito do calendário. E Monza para um carro de F 1 atual é quase um circuito oval. Se tirássemos as chicanes os carros fariam quase tudo de pé em baixo. É um dos mais velozes e tem curvas somente para um sentido: a direita. Assim como Mônaco, se não fosse a tradição e alguns interesses financeiros, não estariam no calendário.
E foi neste palco a casa dos Tifoses, que os cartolas resolveram armar mais uma pra cima da Renault, como vem se transformando habito nesta temporada. Na ultima volta do treino, acharam que o espanhol, de propósito atrapalhou o Massinha, na parabólica. Realmente naquele treino, por duas vezes, que o Massa tentava uma volta rápida, tinha uma Renault na sua frente. Mais daí aplicar uma punição daquelas foi demais. Perdeu as três melhores voltas. E por conseqüência Alonso, foi duro no seu relato, segundo suas palavras: “A F 1, para mim, não é mais um esporte”. E o Briatore foi ainda mais longe: Perto do vimos na F 1 atualmente, o escândalo do futebol Italiano é fichinhas. Realmente não tem como ignorar as medidas da FIA para favorecer o alemão. Sempre favoreceram os vermelhos, ou o alemão. Mas agora ta muito na cara.
E a corrida. Foi mais uma daquelas provas sem sal. Fora às boas largadas de Alonso e kubica, não tivemos muito o que comemorar ou apreciar. O Kimi manteve a ponta e teve o alemão na sua sombra. O Shumy mantia mais ou menos 1,5 segundos de diferença e quando a Mc Larem entrou para o primeiro Pt, 15ª volta, o alemão tratou logo de fazer aquilo que mais sabe, usar duas voltas com pista livre para ao parar sair na frente de seu oponente. Ele parou na 17ª volta. E a partir daí não mais deixou a ponta. Se bem que ele deu uma passeadinha na grama quando liderava com folga, já perto do final. Essa jogada de ultrapassar nos boxes virou marca registrada do alemão juntamente com Ross Brawn. Afinal eles instituíram isso na F 1. E para o mal do esporte, todos vão usar essa pratica. Para o mal das belas disputas na pista.
Com as duas primeiras posições definidas, a graça da corrida ficou por conta de Alonso, que havia largado em décimo e se não fosse traído pelo motor da Renault, seria o terceiro. É estranho esse azar do espanhol, pois em 2005 e até agora seu carro não havia apresentado nenhuma falha do propulsor. Não sei se é sorte do alemão ou azar do Alonso, mais aquela porca que se soltou numa corrida anterior não fazem parte do esquema normal dos franceses. Até ficar sem motor o asturiano vinha fazendo os cartolas morderem de raiva. Pois se ele fosse terceiro, pouco adiantaria aquela punição injusta. Se ele terminasse assim, ele se mostraria maior que as medidas extrapista. E ainda estaria acima do alemão e sua turma de malas.
Essa etapa nos mostrou um piloto que em sua terceira prova de F 1 chegou ao podium. O cara é Robert Kubica. Ele enganou a todos assim como seu companheiro de equipe, Nike Haidfeld. Pois todos acreditavam que haviam largado com pouquissinho combustível, devido as suas posições no grid. Haidfeld em terceiro e Kubica em sexto. Mais na verdade ele, Kubica foi o ultimo a parar dos ponteiros. Na 22ª volta. Se não fosse a vitória do Michael Schumacher em Monza e a noticia da tão esperada aposentadoria. Certamente Robert Kubica seria a grande sensação desta etapa.
Ao mesmo tempo não entendi o que houve com o carro de Haidfeld, que na reta de largada chegou a ultrapassar o Shumy, mais perdeu a posição para o alemão na segunda perna da primeira chicane, e na saída da mesma, perdeu mais uma posição para o Kubica. E não parou por ai, o Massa também o ultrapassou logo, ainda na primeira volta antes das duas de Lesmo. (Curvas). E para azar do piloto, viu seu companheiro de equipe fazer uma posição de podium, enquanto ele foi apenas o oitavo. Sorte dele que na Hungria ele conseguiu também um terceiro.
Essa BMW promete, mais não podemos esquecer que a pista de Monza, é mais para motor do que para chassis. E motor eles sempre tiveram. E em 2007 devem mostrar mais a cara. Para desespero dos japoneses, principalmente os da Toyota, que apesar de ser uns dos maiores orçamentos da f 1 atual, não conseguiu emplacar uma vitória. E possivelmente em 2008, com um bom projetista, esta equipe seja também um desespero para Franceses, Italianos e Ingleses.
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