No final de semana passado, foi realizada em Interlagos a etapa final da F Renault, Copa Clio, Super Clio e F 3 Sul Americana. Esta ultima para desespero nosso com apenas treze carros, onde competem carros da categoria A e B. A F Renault, também teve uma prova com poucos participantes. E isso demonstra o quadro de falecia do nosso automobilismo de base. Onde as categorias de formulas estão acabando. Com grid’s cada vez mais magrinhos. É a falência do automobilismo escola em nosso pais.
Os problemas começam na categoria de entrada. O kart e vai se estendendo para as categorias posteriores. Já não temos mais a F Ford, que foi a porta de entrada de todos aqueles que deixaram o Kart para subir. Depois veio a F Chevrolet. A F Ford foi o berço de muitos que se deram bem lá fora. Onde o maior e melhor representante foi o Senna. Isso sem falar de Emerson Fittipaldi que foi o precursor da coisa. Para não falar de uma boa parte dos nossos melhores pilotos, que andaram lá fora.Fora o Piquet correu de Super V.
Com a morte da F Ford, apareceu a F Chevrolet, que durou pouco mais nos deu, por exemplo, o Felipe Massa como o melhor expoente da categoria. Depois veio a F Renault, que nos últimos teve o papel de categoria escola. Mais o organizador dessa categoria( Diniz), não demonstra, estar com vontade de renovar o contrato com os Franceses para dar continuidade à categoria. Os carros da categoria que correm hoje estão velhos. E pelo que parece vão continuar mais velhos. E não se sabe se vai ter alguém para abraçar a causa, no lugar do Diniz.
Durante anos mandávamos vários jovens pilotos para o velho continente. A maioria não chegou a F 1, mais foram campeões de F 3, F 3000, Super Nissam, Super Series e etc. E outros descobriram a América. João Paulo de Oliveira é um dos melhores exemplos (Recente) de um ótimo piloto. O que demonstrou ao ser campeão de F 3 alemã e japonesa e nunca conseguiu chegar a F1, pura e simplesmente por falta de dinheiro ou ainda por ser brasileiro, ou de estar no lugar certo na hora certa. Se fossemos falar de todos, faríamos uma lista que ocuparia duas colunas.
Mais como eu disse no inicio o problema já começa na categoria de entrada. O Kart. É só dar uma voltinha nos arredores de Interlagos para sentir o clima. A maioria das oficinas especializada tradicionais fechou. Como o esporte foi ficando cada vez mais caro e profissional, quem não tem grana fica de fora. De uns tempos para cá passamos a ver meninos com paitrocinadores, que não medem esforços para verem seus filhos na ponta. Chegamos a ponto de ver um garoto de dez anos com um preparador, dois mecânicos, vários assistentes, um preparador físico, e até um assessor de imprensa. E dessa forma aqueles que tinham talento mais não tinham grana foram afastados do esporte.
Com este tipo de competição fomos perdendo aqueles pilotos de talento, só aparece a turma que gasta muito. É mais ou menos o retrato do automobilismo mundial em menor escala. Esse sempre foi o mal do esporte motorizado. Quem não bala na agulha pode andar atrás de quem tem grana e não tem braço, mais se a disputa fosse em equipamentos iguais tudo seria diferente.
Anteriormente nas categorias escola isso era evitado. E até hoje na teoria vemos tentativas de manter as coisas mais ou menos iguais. A Petrobrás é a patrocinadora de uma tentativa de manter as coisas como eram antes. Pois realiza uma seletiva para depois realizar um campeonato onde teoricamente todos estão em pé de igualdade. Mais os custos são o maior problema de hoje, isso sem falar do marketing das grandes fabricas, que criaram uma falsa onda verde, onde os motores dois tempos foram crucificados.
Hoje parece crime correr com esse tipo de motor. Mais na verdade, ele é muito superior e mais barato que os quatro tempos, em motores de baixa cilindrada. Isso sem falar no barulho horrível dos quatro tempos monocilíndricos de baixa cilindrada, e ao contrario, o tanto que é entusiástico o barulho de um pequeno dois tempos em alta rotação. E ainda tem o cheirinho do óleo dois tempos de competição. Que é algo insubstituível ou inigualável.
Se a cartolagem não se mexer logo não teremos mais pilotos de formula no Brasil. A onda do momento é a Stock Car, carros de turismo, e apesar de termos um representante no FIA GT, Augusto Farfos Neto e não termos nenhum representante na categoria mais importante de turismo da Europa a DTM e também nenhum na principal dos EUA, a Nextel Cup. Esse não é caminho que deve ser seguido.
A Stock hoje é a melhor categoria nacional (Em pilotos), mais por que tem gente que sabe organizar por trás. Mais a categoria de maior sucesso no pais hoje é F Truck. Onde Aurélio Miguel faz escola, a nossa Stock de hoje se espelha no marketing e na organização dessa categoria. Apesar da F Truck não conta com o apoio da grande mídia. Mais é o exemplo a ser seguido. A turminha da |CBA precisa acordar antes que seja tarde. E o pior que não é difícil é só imitar o Aurélio Miguel.
Uma ótima semana para todos!
|