Há um ano atrás essa coluna, citava que a temporada de 2005 havia sido um marco para a F 1 recente, pois não foi dominada pelos vermelhos com a ajuda do alemão, como nos anos de 2000 a 2004. O campeonato dos construtores foi para uma equipe que nunca havia vencido, Renault, e o de pilotos também para um debutante, Alonso. E também que não foi o campeonato em que o Alonso ganhou mais sim aquele o Kimi perdeu. E quem foi o maior perdedor foi o alemão. Que errou muito e pilotou mal durante a temporada, pois não tinha um bom carro na mão. Alguns pilotos reclamaram desses erros, pois saíram no prejuízo.
Falamos também que tudo poderia ser um jogo de cartas marcadas. Pois com o alemão perdendo e outros pilotos disputando a ponta, o índice de audiência na tv aumentou e a F 1 voltou ser assunto de muitas rodas onde já era esquecida. Será que 2005 tinha sido mesmo uma temporada de cartas marcadas? E os vermelhos voltariam com tudo em 2006. A temporada de 2006 seria a resposta.
Mas 2006 começou do mesmo jeito de 2005, isto é com a dupla Alonso/Renault mandando no inicio da temporada. E foi assim ate o Gp do Canadá e a turma do Verme sempre dando uma de bonzinhos. Que cartas marcadas que nada, esse é um esporte que envolve muitas pessoas e empresas do mais alto nível no mundo. Não teria como realizarmos manobras desse tipo. E por ai vai, só não tiveram a coragem de dizer que eram pessoas de bem que nunca passou pela cabeça e ou pelos bolsos deles qualquer tipo de situação como a declarada pelos inimigos deles.
Depois Gp dos EUA onde a Ferrari ganhou, veio o GP da França e com ele o veto do amortecedor de massa, medida que só afetou os franceses, pois eram os únicos que o usavam de forma eficiente, o RS 26 foi projetado para usava-lo e não uma adaptação depois do projeto feito como os demais carros do circo. Na França a Ferrari venceu com o alemão contrariando a lógica. Na etapa segui9nte o GP da Alemanha a vitória vermelha foi esmagadora. E parecia outro carro de tão superior. Assim como as Renault também pareciam outro carro, só que inferior.
E assim começaram a ajudar o alemão fora das pistas. Em Monza na tomada de tempo com uma punição ao Alonso. Não me lembro no momento, mais houve outra punição para o espanhol nos treinos em outra ocasião. Houve também um mecânico que parecia estar com raiva do espanhol ou da equipe e andou aprontando em duas ocasiões. So sei dizer que depois da França os cartolas passaram a trabalhar única e exclusivamente para a dupla alemão/Ferrari. E se não existisse o se, se aquele motor da Ferrari do alemão não estourasse na etapa do Japão, todos que acusavam um jogo de cartas marcadas estariam com a razão do seu lado. A festa estava preparada, todos até a Renault acreditavam numa vitória rubra alemã. Mas o destino ou a justiça divina resolveu intervir. O alemão não explodia um motor desde o mês 7 de 2000. O melhor é que na telemetria da equipe o motor estava perfeito (temperatura de óleo, água, pressão) até a quebra.
Foi sorte do Alonso ou azar do Shumacher ou ainda da turminha do Verme Ecletone? Não sei dizer. Só sei que não tem jeito de manipular tudo nesse esporte. Outro tabu que foi quebrado na temporada de 2006 foi o dos motores dez cilindros da Toro Roso( EX- Minardi). Pois as grandes equipes temiam que eles seriam superiores em muitos circuitos, mesmo com uma limitação nos giros e na aspiração. Mas eles não foram tão bemcomo temiam muitos. Nem passou perto de um podium.
Na semana que vem começa a maior competição do esporte motorizado. Que nasceu com o nome de Paris-Dakar, em dezembro de 1978. Essa competição é amada pelos competidores, mais não tem o mesmo amor ou respeito de muitas autoridades tanto esportivas quanto políticas. Pois quase todo ano tem algumas vitimas, tanto do lado dos competidores quanto do lado dos espectadores. Até seu criador, Thierry Sabine, faz parte da lista de vitimas da competição. Só que ele morreu na queda de um helicóptero da organização, que procurava pilotos perdidos e não competindo.
A idéia de criar essa competição surgiu depois que Sabine passou alguns dias perdido no deserto, quando competia no Rally Abidjan-Nice. Quando voltou para a França, já estava contagiado pelo vírus do deserto. Essa experiência nunca saiu de sua mente. E prometeu que dividiria essa paixão com o máximo de pessoas possível. Sabine traçou uma rota começando na França passando pelos desertos africanos e terminando em Dakar. Essa competição acabou se tornado famoso no mundo inteiro. É o maior desafio que homens e maquinas enfrentam no mundo moderno.
Thierry Sabine declarou uma vez que o Dakar é um desafio para os que vão. Um sonho para os que ficam. Homens e maquinas partiram para um mundo desconhecido até então, a África. A primeira edição largou no dia 26 de dezembro de 1978, saído de Paris e passando pela Espanha ainda em solo europeu e depois Argélia, Niger, Mali e finalmente Senegal. Essa etapa teve 10 mil km/s e de cara contou com 170 participantes. O vencedor foi um jovem chamado Cyril Neveu pilotando a lendária Yamaha XT 500. Neveu voltaria a vencer o Dakar varias vezes e também se tornaria uma das lendas do Dakar.E hoje faz parte da organização.
Grande 2007 para todos!
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