*Baleia
Este G. P. vai entrar para história, não pela corrida em si, mas porque foi praticamente uma corrida com bons pegas somente na primeira volta. E nessa primeira volta, onde a TV não conseguiu mostrar tudo o que acontecia, também pudera foram tantos lances, que o editor de imagens não estava esperando e ou não estava preparado para tanto. Massinha (foi demais) que havia largado em 13° terminou a primeira volta na sétima posição, ganhando seis posições e David Coulthard que largou em 11º, ocupava a sétima posição, ganhando cinco posições. Esses dois acharam o caminho das pedras no meio das confusões e toques para ganhar estas posições. E ainda nessa primeira volta: Shumy ganhou duas posições, de quinto para terceiro. Heidfeld, que largou em sétimo, terminou em quinto, ganhando também duas posições. E Montoya pulou de último para o nono lugar, ganhando 11 posições. E Rubinho, que largou em 15º terminou em 12º. As duas Minardi’s também foram muito bem nesta volta, podem acreditar! Pois C. Albers ganhou 4 posições e o estreante, Doornbus repetiu esse número.
Na turminha dos que se deram mal: Jesen Button que largou na segunda posição e caiu para a quarta, Fisichella, que caiu da quarta para a oitava posição. Mas quem se deu mal mesmo foram Mark Webber e Takuma Sato, que de sexto e oitavo, terminaram nos boxes para reparos. Sendo que Webber foi o maior prejudicado, ficando por lá varias voltas. Trulli foi outro que se deu mal, também parando nesta primeira volta, alias, ele foi o campeão nas paradas de boxes, num total de seis.
É falei demais da primeira volta, não é? Mas o que sobrou? Sobrou um alemão valente em casa, segurando quem tinha mais carro para andar na sua frente e vendendo caro uma ultrapassagem sobre ele. Grande coisa! o Villeneuve de hoje é mestre nisso. Bem e o que mais sobrou dessa corrida. Sobrou um Montoya que não é o Montoya que conhecemos. Pois, após andar varias voltas atrás do alemão sem esboçar qualquer atitude de ataque, esperando a parada do alemão, só nos resta pensar que o colombiano esta mais para o jeitão inglês do Ron Denis, seguindo ordens ou meio que assim amerceisado, palavra essa inesistente em qualquer dicionário. Amerceisado de Mercedes, do jeito alemão de ser. Frio e calculista.
Kimi Raikkonem não admite que ele é azarado. Talvez um pouco sem sorte, diz ele. Mas nenhum piloto bom se acha azarado. Você decide. Desde 2002, quando Hockenheim foi refor-mulado, na verdade estragado(acabaram com as duas grandes retas) por causa dos ambientalistas, isso oficialmente, mas que na verdade foi uma reforma contratada pelo Verme Eclestone nos moldes de nossos governantes. Voltando, desde 2002 o pole é o ganhador da prova, e ele conseguiu quebrar regra. E de 2002 a 2004 o Finlandês nunca conseguiu terminar a etapa alemã. Essa regra ele não quebrou. Se ele não é azarado pelo menos nos lembra o Nigel Mansel, que perdeu os campeonatos de 1985 e 1987 quando tinha grandes chances. Da mesma forma, Kimi, perdeu o de 2003 na ultima etapa e devido a causas que não eram de sua responsabilidade. E vai perder o de 2005, da mesma forma. Hoje em dia ninguém é páreo para o kimi quando seu carro não quebra. Seja alemão, colombiano, espanhol ou inglês. Ele é o tal, o cara da hora. Mas tem um péssimo companheiro o azar.
Com 36 pontos de vantagem o protegido do Maliatore está com uma mão e meia na taça de campeão, isso há sete etapas do final. É muito chato ver uma pessoa sem escrúpulos como o Briatore se dar bem no esporte, já que na vida real isto ficou muito comum. Mas a F 1 é cheia de inescrupulosos. E a convivência fez muito mal ao Alonso. Pois o piloto não conseguiria chegar a F 1( não tinha grana e nem um grande patrocinador) se não fosse um conterrâneo, Joan Villadelprat, que por patriotada resolveu dar uma mãozinha, ao indicar o piloto para a Astromega, equipe de F 3000 que era ligada a Benetton da qual Joan era diretor. E nessa época Maliatore retornava a equipe Benetton, e foi com o jeito do espanhol e ofereceu a ele um daqueles contratinhos para a vida inteira. E ele assinou! No ano seguinte Alonso estreava na F1, via Minardi. E não que hoje em dia o nosso futuro campeão não atende ligações do Villadelprat. Memorinha curta do catalão. Não é mesmo?
E o alemão julgou a toalha, finalmente. Agora admite que não tem como ser campeão 2005.
O carro de Maranello não é páreo para a BAR, Renault e Mc Larem. Isso no caso do Alemão.
Pois com Rubinho, nem para a RBR. Por falar no segundo, da Ferrari, sua participação na Ale-manha foi triste, para não dizer medíocre. Acho que a culpa não é só dos pneus. Se você notar a Ferrari era o carro que mais usava aerofólio. O Traseiro mais parecia um outdoor. É um pro-jeto mal nascido. Quantas saudades de Rory Byrne, os italianos devem estar sentindo.
E assim podemos ver que o alemão não é aquele gênio.Sem um bom carro ele não ganha nada.
Jesen Button, também jogou a toalha, por assim dizer. Ano passado o inglesinho foi pivô de uma disputa entre a BAR e Williams. Ele assinou um contrato com F. Williams, mais ainda estava sob contrato da BAR. Depois de um teatrinho nunca visto no meio da F 1, inclusive com decisão de um tribunal superior da FIA, ficou decidido que o piloto teria de cumprir o contrato com a BAR. E somente em 2005, poderia se juntar ao Frankie. Isso foi em 2004. Mas em 2005 a Williams desceu a ladeira. E o inglesinho viu que que ficar na Bar era algo mais promissor, ou lógico. Agora tenta se livrar do contrato com a Williams. È um mundinho cheio de interesses esse da F 1. Assim como alguns que conhecemos.
Uma ótima semana…
|