24 horas de Daytona.
A tradicional prova de endurance do calendário americano teve como vencedor o norte americano David Donohoe em companhia de Buddy Rice, Antonio Garcia e Darew Law. O quarteto correu com um Porsche Riley. E evitaram um possível tri na prova da dupla Montoya e Scott Pruett e ainda uma quarta vitoria da equipe do sem educação do Chip Ganassi. Montoya deu um duro danado na hora final da etapa e vinha mantendo a ponte até que um carro da categoria GT o atrapalhou na saída de uma gincana. O Porsche era visivelmente mais veloz nas retas. Mesmo assim o colombiano conseguia segurar Donohoe na parte de misto e pilotou muito. Mas não contava com presença de um carro lento no meio da chicane. Mas o colombiano merece parabéns. O pai de David foi um dos lendários pilotos dos EUA, o grande e versátil Mark Donohoe, que também venceu às 24 Horas de Daytona há 40 anos. Mark também andou na F1 e sua melhor classificação foi um terceiro lugar no GP do Canadá com uma Mc Larem, isso no ano de 1971.
Perca
Justamente a única equipe nos moldes daquelas dos anos 70/80, e que ainda é dirigida por seu fundador, a Williams, e que não pertence a qualquer montadora, é a equipe que mais perdeu patrocinadores para 2009. A Petrobras já havia sinalizado sua saída ainda em 2008, iria para a Honda. Depois vieram a abandonar a Baugur e a Lenovo. E justamente um dos maiores patrocinadores da equipe inglesa o banco RBS. Se tornou uma grande duvida. Pois o banco se desvalorizou algo em torno de setenta por cento de seu valor antes da crise mundial. A equipe tem contrato com a instituição financeira até 2010, mais quem garante que eles vão conseguir honrar esse contrato?
Banco e F1
A equipe Renault, tem como grande patrocinador o banco ING. E como no caso da Williams, que sofre do mesmo mal, o ING também perdeu muito com a ciranda financeira assim como o RBS dos ingleses e já comenta-se que 2009 será o ultimo ano do banco na categoria. Carlos Ghosn, presidente do grupo Renault/Nissan nunca foi a favor dos grandes orçamentos investidos na categoria e a saída do agente financeiro pode ser a porta de saída do grupo da categoria. O Credit Suisse da BMW, O RBS da Williams e agora o ING da Renault, só falta o Santander da Mc Larem que entrou na barca apoiando Fernando Alonso e só não saiu por ter assinado um contrato de três anos, e esqueceram de incluir uma clausula, onde deveria constar que o patrocínio valeria enquanto o espanhol estivesse na equipe. Na verdade ninguém esperava a saída prematura do hispânico e nem a ascensão meteórica do Lewis. O Santander também não escapou de prejuízos nesse jogo financeiro atual. Pois só na corrente do ex-presidente da Nasdaq a perca foi de 3 milhões de euros.
V. Ecclestone
O mala vem atuando em varias frentes. A primeira idéia errada veio com aquela estupidez das medalhas para os melhores colocados. Depois atacou a introdução do KERS numa época em o presidente da Fia seu ex-amigo Max Mosley prega uma forte campanha de redução de custos na F1. Max está certo ao tentar baixar medidas onde o orçamento da categoria deveria ser um pouco mais próximo da realidade financeira da atualidade. Mais essa idéia do KERS seria contra essas medidas de corte de verbas. Ponto para os dois eles estão certos em cada uma de suas convicções. Não é hora de implantar um quadro de medalhas e nem de implantar um sistema revolucionário como o KERS. A ultima das suas grandes idéias seria de as grandes equipes deveriam alinhar três carros, e assim os carros da finada Honda não fariam falta no grid. Sinal de que o espolio dos Japoneses, esta fadado ao esquecimento. Será que não encontrão um xeik do oriente médio para se divertir no circo.
Mais do Verme
Enxergando por de trás do morro, como sempre fez o Verme Ecclestone agora propõe que a equipe ou as equipes que se comprometerem a assinar um contrato de sete ou talvez dez anos, poderiam ter uma maior flexibilidade, para não usar o termo liberdade financeira, no orçamento da mesma. Mas com um teto no preço de fornecimento de motores e transmissões para suas equipes satélites ou que dependem de seus equipamentos para competirem. Seria uma maneira de segurar as montadoras, pois o futuro da categoria não é dos melhores se nada mudar.
Equipe Renault
Na equipe Renault o orçamento garantido, ou seja, seus planos são somente para a temporada 2009. A Fiat dona da Ferrari amargou prejuízos enormes no atual exercício e ainda cometeu a loucura de incorporar 30% da Chrysler. As montadoras, Mercedes e a BMW, também tiveram resultados nada animadores. A Toyota também não se vê bem em 2010, se não houver resultados. Resultados estes que não se limitam apenas a performances do time nas pistas. Dependerá também de como a montadora se vai sair no mercado automobilístico mundial.
Na Toyota
A primeira peça se mover foi à saída do atual presidente do grupo para entrada do neto do fundador da fabrica para o cargo de presidente. O ambiente não é nada confortante nas grandes montadoras que atuam na F1. Isso de maneira global, pois a Fiat se deu bem muito bem por aqui em 2008. O Verme sempre foi um ser arrogante inescrupuloso e mal, mas nunca bobo ou inocente. Tem conhecimento de causa quando assunto é defender seus interesses. E foi assim que o circo se organizou. Com as mandraquisses do Verme, que viu um filão para ser desenvolvido onde ninguém ainda havia atuado. Pois não havia organização entre os organizadores ( automóveis clubes, e federações na época) e os donos de equipes.
Felicidades a todos!
Baleia.v@uol.com.br
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