Esta foi uma etapa das mais interessantes. Como deveria ser uma etapa de estréia. O circuito foi aprovado por quase todos pilotos, quase, este quase é por que os que não gostaram, ficaram com vergonha de falar. Essa turminha achou, que pegava mal, falar mal, enquanto os ditos bons falavam bem. Podia parecer uma inferioridade técnica. Mas, aquela curva 8 que na verdade é a finalização de três curvas anteriores, realmente pegou muita gente de calças curtas.

Como esse foi o primeiro ano, logicamente no próximo a turminha vai estar mais afiada. Se a maioria dos pilotos estava satisfeita com o circuito, o mesmo não pode dizer dos espectadores, pois estes foram expostos as mais complicadas situações: difícil acesso à pista, preços estratosféricos, tipo assim: De um simples estacionamento a uma refeição, ou ainda um pernoite num hotel tudo triplicou de preço. É o preço que se paga pela novidade, na histórica Istambul. No Brasil existe algo parecido. Mas para quem tem experiência na região de Inter-lagos, não sofre desse mal.

A corrida em si foi recheada de bons momentos. Pois o traçado permite ultrapassagens. Ate que enfim o projetista do Verme fez algo de bom. Logo na largada, o nosso Massinha se deu mal.Levando consigo o Ralf. Mas o melhor piloto para os assistentes foi o Jesen Button. Que largou em décimo terceiro, e terminou em 5º. E foi o piloto que mais disputou posições. E o alemão nos mostrou que é um ser humano como qualquer um. Errou na classificação e na corrida, na F 1de hoje, sem um bom carro e uma boa equipe por trás não tem como vencer ou demonstrar qualquer potencial. E sem um grande carro, ele cai na vala comum. Apesar de sua grande companheira, a sorte. Que raramente, se esquece dele. Raramente.

Apesar de tudo, e todos, o grande piloto do final de semana foi novamente o Kimi Raikkoneim. Ele fez a pole com muito mais combustível que as Renault’s, e quando viu o Alonso parando na 13ª volta, percebeu que a vitória viria fácil. Mas o azar ainda não abando-nou de vez o finlandês. Só que ele veio via Montoya. Não é normal, o segundo colocado da prova, estar colocando a terceira volta de vantagem sobre o ultimo colocado e este ultimo lhe tirar da pista. É um caso para Nelson Piquet e Elizeu Salazar opinar. Se bem que no caso deles, não foi no final de uma reta. Acho que o Montoya deveria escutar mais os brasileiros, quando se trata de portugueses. Agora vai explicar isso ao Ron Dennis. Pois os portugueses é que se dizem espertos em relação aos brasileiros, na Europa o brasileiro é o português por aqui. Thiago Vagaroso Monteiro é o nome do piloto luso. E para complicar sua mãe é brasileira.

A manobra azarada e desastrada do Montoya custou dois pontos ao Kimi. E pensar que o mesmo Kimi perdeu o campeonato de 2003 por uns ínfimos dois pontos. Espero que isso não se repita. A Mc Larem este ano não tem dado mostra de ser uma equipe de sorte. Acho que a estrela da Mercedes deveria mudar de posição. Sem sombra de duvida os flexas-de-prata, são os carros mais rápidos, mais quando não falta confiabilidade falta sorte. E isso pode sair caro. 1999 foi o ultimo ano deles. Apesar de contarem com o mago dos projetistas, A . Newey.

Os pneus foram novamente uma atração à parte nesta etapa. Fora os carros da Williams, que furaram cinco traseiros direitos, todos os demais carros apresentavam pneus em ótimo estado ao final da corrida. Principalmente a turminha que usa borracha francesa. Aparentemente houve um excesso de segurança por parte dos fabricantes por não conhecer o piso do circuito turco, e usaram uma borracha extremamente durável e dura, penalizando a performance em relação à segurança. Apesar do anuncio de que a equipe Williams vai usar o composto japonês no ano que vem, os franceses se eximiram do defeito que só os carros do Frankie apresentaram. Teve até uma cena do representante da Michelim na Tv, mostrando uma cara de que não tinha nada há ver com eles a quarta troca de pneus na Williams.

Se dependesse somente do resultado da Turquia, o Massinha deveria estar preocupado ou no mínimo ansioso e o Rubinho satisfeito. Pois a Sauber se classificou bem melhor que Ferrari. E ainda teve que abandonar a corrida por causa do motor Italiano. Toda grande equipe vive de fases. Nunca conseguem ser a melhor por muito tempo, e as cinco temporadas como campeã de pilotos e seis como campeã dos construtores é um recorde. E por isso a F1 sempre foi interessante.

E por falar em interessante, a VW lançou o novo Gol, o G IV. E como se tornou praxe nos últimos anos a grande imprensa deu pouco espaço ao lançamento do campeão de vendas. E quando dá é para falar bem de seus concorrentes, em relação ao Gol. Apesar do interesse financeiro e pouco profissional desses órgãos da mídia especializada o Gol é o campeão de vendas desde 1996 e também vai muito bem no campeonato brasileiro de Rali. Como dizia o Zagalo, “Vocês vão ter me que engolir”, ele é o campeão apesar dos pesares.