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COLUNA: BALEIA
Baleia


17/06/2009 - Quarta-Feira
HISTORICAS
 
Neste final de semana passado, no sábado às dez horas da manhã, tivemos a largada da tradicionalíssima 24 horas de Lê Mans. A primeira edição foi disputada em 1923. E vencer esta prova é sinômino de orgulho para qualquer montadora desse mundo. Agora se a montadora for francesa, é a gloria. É a corrida de maior prestigio no mundo para carros de turismo e protótipos. As 24 de Lê Mans faz parte da tríplice coroa, juntamente com Mônaco e as 500 milhas de Indianápolis, que até hoje, só teve um único homem a conseguir tal feito (ganhar as três provas), Graham Hill em 1972. E tendo como companheiro um piloto francês, Henri Pescarolo. E num carro francês (Matra). Foi a gloria para os franceses; mas para os amantes do automobilismo foi um marco ruim, pois foi à primeira temporada onde valeu a proibição do antagônico Porsche 917. Carro que ganhava tudo onde participava e que por obra dos cartolas, que modificaram o regulamento, proibido-o de correr no final de 1971.

Voltando aos dias de hoje, a Peugeot foi a grande vencedora de 2009 e conseguiu ainda uma dobradinha. Depois ver os alemães da Audi triunfarem desde 2000, primeiro com o R8, depois com o R 10 e mais recentemente com o R 15 os dois últimos alimentados com óleo diesel. 2009 foi o ano da desforra para a Peugeot que a três edições vinha batendo na trave com seu modelo 908. Em 2007 e 2008 os franceses viram a vitória escapar para as mãos dos alemães que estrearam a versão R 15 TDI. Mas 2009 foi o ano da vitória, finalmente.

Mas a festa não foi apenas da marca do Leão, durante essas 24 horas um trio de pilotos comandou o bólido francês, foram os pilotos, David Brabham, Marc Gene e Alexander Wurts, todos com passagem pela F1. E na festa como não poderia deixar de ser teve brasileiro no podium e mais alto degrau, foi Jaime Melo Jr que conquistou pela segunda vez a vitória na categoria GT2 com uma Ferrari 340, preparada pela equipe Risi Compezione. Bruno Sena e Tiago Medeiros também competiram na P1, mas o carro da dupla, um Oreca não passou pela rígida madrugada da disputa. O outro Oreca da equipe francesa terminou em quinto a frente do terceiro 908 na disputa. O brazuca Thomas Erdos, competiu na P2 com uma Lola B08/80 Mazda, abandonando a 273 voltas do final.

Certamente o leitor imagina o que é correr uma prova de 24 horas. Mas só quem já chegou ao final de uma prova de longa duração sabe a satisfação de chegar ao final, e com o carro inteiro é ótimo. Mas se chegar ao mais alto degrau do podium é uma emoção que não tem preço. Foi emblemática a imagem dos pilotos e chefe de equipe no podium tendo como pano de fundo a enorme roda gigante, a alegria era contagiante e os olhos da turma refletiam as emoções. Como parte da tradição em Lê Mans, a invasão do publico no final da etapa colaborou com a imagem. Também era visível decepção do trio da Audi (Dindo Capello/Allan McNish/Tom Kristensen) no terceiro degrau do podium. Tom Kristensen perseguia a sua nona vitória nas 24 horas. Ano que vem ele certamente tentará de novo.

Mas o melhor do final de semana foi a etapa da Moto GP na Catalunha. A corrida começou quente com o trio Lorenzo, Rossi e Stoner, andando forte desde as primeiras voltas e se destacando dos demais. Justamente os três que lideram o mundial. E permaneceram assim por umas dez voltas, derrepente Rossi acha uma brecha e ultrapassa Lorenzo. E na tentativa de se distanciar do espanhol aumentou o ritmo, só que o hispânico continuou na cola. Já Stoner não conseguia fazer com que a Ducati rendesse o tanto quanto as Yamahas. E assim a dupla da marca japonesa foi abrindo do australiano. Enquanto a temperatura era das mais quentes lá frente no pelotão intermediário era Dovizioso da Honda quem fazia uma bela prova de recuperação.

O que aconteceu a seguir foi a melhor disputa do ano pela primeira posição. No fim do retão, Lorenzo disputa a freiada com Rossi e coloca por dentro na tomada da curva um, mais é ai que acontece o impossível, Valentino Rossi ao o companheiro por dentro deixa pra freia prá do deus me livre e numa manobra nunca vista até hoje, mesmo estando por fora, o italiano consegui reassumir o comando do espetáculo. E mais umas curvas e vem o Lorenzo para tomar a ponta na parte sinuosa do circuito, mais dura pouco e a posição de líder volta para as mãos do The Doctor. Na última volta o espanhol retoma a liderança e perde na seqüência, mas novamente o espanhol retoma a primeira posição a poucas curvas da bandeirada final, todos achavam que a vitoria seria do piloto casa, mas quem estava atrás era o maior piloto dos últimos tempos, e que do nada achou uma maneira de ultrapassar o rival na ultima curva e numa situação jamais imaginada ou tentada até ali, a ao realizar o que era impossível Valentino cruza a linha de chegada em primeiro, com poucos centímetros de vantagem para o seu companheiro de equipe, que nesta temporada se acha capaz de derrotar o numero um do mundo e por pouco não conseguiu. E não teve como a massa espanhola se rendeu e aplaudir o italiano que demonstrou um misto de coragem e muita técnica na disputa. Essa disputa certamente vai entrar para a historia do motociclismo, pois foi algo de prender a respiração de quem estava vendo, enquanto durou. Agora imagine a dos dois duelistas. Foi demais, ótimo, sensacional e não sei mais quantos adjetivos usar para descrever o que se passou.

Não fim de semana que vem acontece o GP da Inglaterra, com suas belas gostosas curvas de alta. Um prato cheio para as Brawn e Red Bull. A prova será as 09:00 hs. de domingo na rede do PLIM-PLIM.



UMA OTIMA SEMANA A TODOS!

Baleia.v@uol.com.br
 
 
   
 

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