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COLUNA: BALEIA
Baleia


17/09/2005 - Sábado
Spa-Francorchamps
 
Spa-Francorchamps soa como um nome mágico no universo da F 1. A cada etapa disputada por lá, sempre sobram muitas emoções. E este ano não poderia deixar de ser diferente, a não ser as primeiras voltas. Pois quase todos estavam comportadinhos, há muitos anos que não que víamos um enrosco na Source, aquele cotovelo após a largada. O quase todos seria para o destemido Takuma (kamikase) Sato. Que largou em décimo e no final da segunda volta esta em sexto e uma posição à frente do seu companheiro de equipe, Button. Mas logo após a primeira parada, achou o alemão, na freiada do fim da reta de chegada, o na entrada da La Source como queiram. E o alemão nos mostrou um lado bem latino, que nunca havíamos visto.

E mais uma vez volto a falar, insistir, sem um carro competitivo, não existe um grande piloto. Cadê aquele cara que era invencível? Que ganhava tudo. O maior de todos os tempos. Foi só a Ferrari ficar sem um bom carro para vermos o piloto, errando nos treinos, batendo em corridas, rodando sozinho e tudo mais que acontece com os seres humanos normais. Só que parte da imprensa o havia colocado num patamar acima dos demais e a realidade não é bem assim. Mas nessa de |Spa, o alemão não teve culpa de nada. O azar foi do atrevido japonês, que este ano, até aqui, estava nos devendo.

E a dona Mc Larem! Desta vez fez tudo certinho. A não ser trocar de posição logo na primeira volta, para não correr qualquer risco. Pois quando o Saffety-Car entrou, 10ª volta e o Kimi saiu do Box era o quarto, mesmo depois de segurar todo o pelotão ao entrar nos boxes devagarzinho, quando vinho num tranqüilo segundo lugar, comboiando Montoya. Mas no desenrolar da prova eles fizeram tudo muito bem feito. Kimi fazia as melhores voltas, e Montoya aliviava, sem ser mais lento que o Espanhol. Quer dizer ele aliviava para Haikkonen, mais ainda era o mais rápido da pista, tirando o Kimi, logicamente. Não dando chance para o Maliatore reclamar depois. Tudo ia muito bem até que o Monstroya de Monza resolveu a ser o Montoya da Turquia. Quando se deu mal ao ultrapassar um retardatário. Mas para azar nosso desta vez o retardatário era o Pizzonia, que tinha acabado de colocar pneus para pista seca, e vinha, segundo ele, cerca de cinco segundos mais rápido que Montoya. Difícil de acreditar, mais foram estas as palavras do brasileiro.

Em Spa as posições intermediarias, sempre são uma surpresa. Até a primeira, às vezes é uma surpresa, pois Raikkonen, ano passado largou em décimo e fez sua única vitória do ano. quando a Mc Larem/MERCEDES quebrava muito mais que esse ano. E Kimi repetiu a vitória, mas desta vez era esperado. O azar do finlandês é enorme ou a sorte do espanhol é que é maior. Pois quando não acontece não acontece nada com ele, sobra para o Montoya. Está me parecendo que quem não é de sorte é a equipe. Pois tem o melhor carro, o melhor projetista, a melhor fabrica, o melhor Motor - Home e a melhor organização. Então o que não é o melhor? O motor seria a resposta? Oficialmente somente em três ocasiões ele falhou, mas e em San Marino? A desculpa foi uma pane hidráulica, o que da margem para muitas coisas nas desculpas inventadas pelas equipes, hoje em dia. Na Malásia foi um furo de pneu, mas ele fez a volta mais rápida da prova. No Bahrain, fez seu primeiro podium, terceiro, depois de largar em nono. A primeira vitória veio na Espanha, acompanhada da pole e melhor volta. Em Mônaco repetiu a vitória. No GP da Europa abandonou na ultima volta. No Canadá voltou a ganhar. Nos EUA não correu. Na França foi segundo. E assim, foi dando tudo de si, e recebendo pouco da equipe. Mas a imagem que marcou foi no Gp da Europa quando entrou na ultima volta em primeiro e foi obrigado a abandonar no final da reta com um pneu danificando a suspensão dianteira e causando um acidente, que poderia ser bem feio. Ele fez sua parte, faltou algo mais, mas não foi culpa dele. Essas quatro falhas dariam aos pilotos mais 40 pontos.

Os grandes perdedores de Spa/2005: o primeiro foi Trulli, sua equipe errou ao mudar os pneus intermediários na primeira troca. Quando ele era o terceiro. Do mesmo mal padeceram, Ralf, Massa, os dois da Williams. O Sato foi por um erro seu, e o alemão sendo vitima desse erro. Fisichella ignorou a Eau Rouge no piso molhado. Mas o maior perdedor, como piloto foi Pizzonia, que tentava uma melhor imagem dentro da Williams e para as outras equipes. E ainda teve de pagar uma multa de Us$8.000,00. Ele não merecia essa!

E quem se deu bem, Alonso claramente foi o maior beneficiado. Mas o Button deve estar agradecendo a Deus o seu podium. Assim como o falso do M. Webber. E o Rubinho cada dia olha com mais carinho o carro da Bar/Honda, e facilita a vida do seu possível companheiro. Agora demais mesmo foi o Villeneuve, nunca vi um piloto escapar e conseguir corrigir na Eau Rouge. Ele merecia um troféu.

O automobilismo é um esporte ingrato. João Paulo de Oliveira, um piloto que não paga para correr, ou não tem paitrocinador, foi mais uma vez campeão de F 3. Desta vez no Japão. Em 2002, ele foi Sul Americano na Light, e em 2003 campeão do Alemão, que é uma pedreira. Em 2004, vice japonês. E corre o risco de não participar da A 1, porque o Nelsinho Piquet, que paga e caro para correr, esta melhor cotado ou acobertado financeiramente falando.

Na IRL Daw Weldon, foi implacável com os demais competidores. Não deu mole e venceu mais uma. E de maneira histórica. Pois ele foi penalizado e foi apara as ultimas posições. Mas demonstrou que esse ano não tem pra ninguém. E ainda contou com a ajuda do maior Markting da categoria a tal da Danika Petrick, que não sabe o que andar no trafico e sempre atrapalha alguém, desta vez a vitima foi o nosso Tony Kanaan, que quase não termina a corrida, por causa da mania que a gatinha tem de não usar os retrovisores, ou achar que a pista é só pra ela. Nas 500 milhas de Indianápolis ela fez o mesmo na ultima relargada, e atrapalhou a vida de quatro pilotos mais rápidos. Essa etapa também foi marcada pelo incrível acidente de Ryan Bricoe, que deve voltar a correr somente não que vem. Briscoe teve como saldo do acidente, fraturas nas duas clavículas, um pé quebrado, concussão e algumas lesões na coluna e nos pulmões. Quando um carro bate e levanta vôo, e ao bater novamente parte em dois, pode-se esperar pelo pior. Ryan é um cara de sorte, muita sorte.

 
 
   
 

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