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COLUNA: BALEIA
Baleia


21/10/2010 - Quinta-Feira
Coluna do Baleia
 
BALEIA

Sortudo

Minha geração é uma daquelas que se pode se dizer de sorte. Pois vivi a era Jim Clark. E também acompanhei Jack Brabham ser vencedor. John Surtes foi campeão com uma Ferrari de cor diferente. E também venceu com um carro japonês ( Honda- Algo impensável para há época).

Vários. Também vi crescer a carreira de Jack Stewart, que se tornaria tri campeão. E raham Hill um piloto normal que soube aproveitar um bom carro para se impor. E enni Hulme, campeão de 1966 que venceu como segundo piloto de sua equipe. E o pior: a morte de um grande como Rindt, e também a de promessas como Jo Siffer e Cevert.

Ouro. Isso tudo sem mencionar a era de ouro dos brasileiros. Com Emerson iniciando o caminho que posteriormente foi seguido por Piquet e Senna, tri campeões. Tive a sorte de acompanhar esse esporte que se chama F1 desde meus sete anos. E mesmo não tendo vivido a primeira década, estudei muito sobre ela. Fangio realmente foi um ser acima dos demais, mas como hoje sempre foi protegido por esquemas do tipo jogo de equipe, que tanto odiamos.

Tristeza. Mais um detalhe me incomoda, infelizmente entra para a historia os resultados e não a forma como eles foram obtidos. E isso é a grande vergonha desse esporte.. O tempo apaga a verdade. Quem vai se lembrar daqui a três anos da ordem de equipe da Ferrari para com Massa com Alonso na Alemanha?

Chato. Entra para historia os resultados, que se transformam em estatísticas. Com o tempo as fraucatuas são esquecidas e assim grandes pilotos são esquecidos pela tal da estatística. Um bom exemplo é o inglês Stiling Moss, que foi obrigado a ceder uma vitoria ao companheiro de equipe. Atualmente o criche é Barrichello com o alemão em 2002 na Áustria.

Agora. Deixando o passado de para trás, temos a sorte, eu e você, de vivermos atualmente uma época de dois grandes mitos que vão entrar para historia e sem grandes trapaças como um alemão que ainda habita o circo da F1.

Primeiro. O primeiro grande mito é Valentino Rossi que só perde para Giacomo Agostini. Que foi um ser inigualável e chegava a correr em ter categorias diferentes num mesmo dia. Algo impensável nos dias de hoje.

Ídolo. Valentino é amado e idolatrado no mundo inteiro e não é só por seus resultados. Pois ele criou um marketing pessoal na forma de comemorar suas vitorias. E isso virou uma tradição no mundo das duas rodas.

Divertido. Com um jeito moleque e maroto e sempre engraçado. E isso criou um estereótipo tão forte que é imitado até por seus concorrentes. Mas nunca com a mesma graça e criatividade. Ninguém consegue ter o mesmo carisma do italiano que em 2011 vai correr numa maquina italiana, Ducati, e certamente vai trazer muitas vitorias pra desesperos dos hispânicos.

Segundo. O outro grande mito é simplesmente Sébastien Loeb. Esse sim é um senhor piloto no mundo das quatro rodas. Loeb é heptacampeão no mundial de rali o famoso HRC. Um mundial que é disputado em diversos tipos de pistas ou pisos diferentes durante uma temporada.

Eficiente. Sébastien é outro ser incomum não nas comemorações, assim como Rossi, mas nas pistas, onde soube crescer e aproveitar todas as oportunidades que apareceram. Em seu primeiro campeonato ele era ótimo no asfalto, mas perdia feio para Grönholm em outros tipos de pisos, principalmente na neve.

Braço. Marcus Grönholm e Petter Solberg tiveram suas carreiras brecadas pelo incrível desempenho de Loeb. Essa categoria do esporte a motor é uma das que mais exigem de um piloto. O Ice Mem ( Räikkönen) sempre achou que seu mundo era no rali mas ainda não se achou nessa categoria super exigente no domínio de um carro.

Somos testemunhas da competência destes dois pilotos incríveis, que certamente entrarão para a historia. E sem manobras duvidosas.

Felicidades a todos!
 
 
   
 

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