A etapa hispânica foi uma boa e surpreendente corrida. Ninguém do ramo esperava uma corrida emocionante. Pois para todas as equipes é um terreno conhecido e o traçado nunca favoreceu uma corrida disputada. Era para ser mais uma etapa discutida na tática, ainda mais com essa aerodinâmica atual. Mas a realidade foi bem outra.

     Normal. Na qualificação como quase sempre deu Mercedes e a de Lewis. Em segundo veio seu maior oponente atual Vettel. Porem na hora do vamos ver foi Vettel quem se deu melhor. E mandou no início. E pensar que a Ferrari acabou de mudar seu sistema de largada e simplesmente copiou o da equipe alemã.

      Agitada. As emoções começaram logo depois da largada, mais uma vez os finlandeses não se entenderam e sobrou para Verstappen e Kimi. Bottas seguiu em frente. Nesse lance de Kimi ficar de fora, o diretor de imagens de TV, num raro momento de um ótimo feeling nos brindou com uma imagem de uma criança chorando pelo azar do Ice Mam....

   Metido. Na sequência da volta inicial Massa e Alonso acabam se tocando. O Espanhol estava achando que o traçado era somente dele, depois de conseguir uma excelente sétima posição no grid de largada e uma torcida totalmente apaixonada por ele. Essa manobra foi ruim para ambos.

     Bonito. Outro lance legal foi a ultrapassagem de Vettel para cima do finlandês da Mercedes, Vettel voltou a ter prazer em pilotar e deu um belo drible em Bottas na reta de Barcelona. Foi talvez a melhor ultrapassagem do alemão em três anos.

      Bonito II.  Marcante também nesta etapa foi a saída de Box de Vettel quando Lewis descia a reta com o pé no fundo. O alemão não aliviou e Lewis foi obrigado a ir para área de escape. Essa manobra marcou como a primeira disputa roda a roda das duas estrelas dessa temporada.

   Sete taças. Afinal estamos vendo dois pilotos que somam sete títulos mundiais disputando um campeonato. Claramente os dois estavam na hora certa e lugar certo quando ganharam tantos títulos.

  Lewis foge da regra por que em 2008 ganhou na última etapa e de forma estranha e também nunca teve o apoio irrestrito da Mercedes em seus dois últimos trunfos. Já Vettel ganhou quatro com uma equipe dominante e totalmente voltada para ele. O dia que o carro ficou ruim perdeu para um novato chamado Ricciardo.

   Patético. Stoffel Vandoorne protagonizou o lance piegas da etapa. Simplesmente fechou Massa e sua corrida acabou ali. Declarou que não viu o brasileiro e fez sua curva normalmente.  

      De novo. A equipe Williams demonstrou uma ótima performance nos treinos da pré-temporada. Porem apôs cinco etapas concluímos que eram tempos mascarados.

   Surpresas do momento. Perez e Ocon marcaram pontos em todas etapas até aqui. E desta feita Ocon foi melhor que Perez na classificação. Pascal Wehrlein foi que fez uma ótima corrida. Terminou em sétimo porem sofreu uma punição e acabou com o oitavo posto. Marcando quatro pontos para a equipe suíça.

    Outra. Se tem uma situação que realmente mudou nessa F1 sem o Verne foi a atitude dos ficais de pista. Voltaram ao normal e pararam com aquela besteira de punir todo e qualquer toquinho nas corridas. As corridas voltaram a ser disputadas pelos pilotos e não por um bando de cabeças ocas.

    Ótimo. Naquele lance da TV mostrar uma criança chorando pelo abandono do Raikkönen, vimos como a nova F1 é diferente da anterior. Num esforço enorme dos organizadores e da Ferrari a criança foi encontrada e recebida no box italiano. Onde ganhou um boné autografado de ídolo. Foi uma bela atitude. A família inteira ficou agradecida. O engraçado é que a maior torcedora da equipe italiana é a mãe e não o pai.

Uma ótima semana.