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COLUNA: BALEIA
Baleia


29/10/2006 - Domingo
GP DO BRASIL 2006
 
GP DO BRASIL 2006 - MASSACRANDO


Demorou mais aconteceu, foram 13 anos de espera, e com alguns alarmes falsos, isto é, as quase vitórias do Rubinho, que falaremos na próxima coluna. Mas desta feita não teve quase, e teve sim uma vitória de ponta a ponta. Massa teve ao seu lado o fator sorte. Não adianta ser bom e rápido se não contar com a tal da sorte. Com a palavra o Sr. Kimi Haikonein. Sorte essa que sempre foi aliada do alemão, e que nessas duas etapas finais resolveu abandona-lo. A quebra do motor no Japão e os probleminhas do Brasil. Na qualificação e na corrida. Mas esteve do lado do Massinha na Turquia e agora.


Tudo estava armado para uma grande festa do alemão, e acho que ele merecia uma despedida mais honrosa. Pois os números do piloto falam mais do que qualquer coisa. Não importando como algumas vitórias foram conseguidas. Ele vai entrar para historia. E por falar em historia, se ela se repetir, ele não ficará muito tempo longe de um volante de F 1. Como aconteceu com outros campeões.


Para quem ainda não sabia, ele e o Massa, corriam com um motor, bem mais potente que o resto da turma. Daí a explicação do ótimo rendimento dos dois. Eles correram com um propulsor com cerca de 20% a mais de potência que os normalmente usados no campeonato. Era um motor para uma única corrida. Pois o regulamento exige que o motor, dure duas provas, mais no caso dos pilotos da Ferrari, (e da Renault,) eles poderiam usar um motor novo no Brasil, o alemão por causa de ter quebrado o seu no Japão e o Massinha por usado um motor na China e no Japão. Alonso também estava usando um motor novo, porem mais manso, pois o objetivo dos franceses era apenas marcar um ponto, com ele. Já o Rubinho da Renault(Fisichella), também estava usando um motor mais potente que o normalmente usado durante o ano. Mais não foi páreo para a vontade do alemão.


Assistir um GP ao vivo é muito diferente do que assistir pela TV. Fora o que você vive numa arquibancada, pois são varias e o conforto e ou sofrimento depende do preço ou de sua astúcia ou ainda numa área vip. Na TV, quase sempre somos induzidos ao erro pelo narrador. Um conselho assista a TV, mais ouvindo a radio Jovem Pan. Ou no caso de estar dentro de Interlagos, na Band FM. Pois o narrador da TV parece narrar a prova olhando para um monitor que não é que aparece no vídeo, narrando muitas coisas estranhas e ainda, sua torcida é mais para o alemão. E quando o assunto é futebol, o Fluminense é o escolhido. Mais confesso que ver a prova sem o auxilio do rádio ou de um telão, no autódromo, a corrida não é nada fácil. Mas vemos muitas cenas que não vão para a telinha. Nada se compara ao barulho, o cheiro e o clima do GP. Até mesmo o burburinho de entrar e sair do autódromo, são emoções que marcam a gente. E ficam por muitos dias dentro da gente.


Dois fatos ou cenas, que presenciei ficaram marcados: o primeiro foi ver um torcedor que invadiu a pista apôs a bandeirada, e quando o Massa fazia a curva da entrada da reta oposta, já bem devagar, encontrou o cara de joelhos em plena curva e com uma bandeira do Brasil nas mãos, ele brecou e parou o carro, e ficou por alguns segundos olhando a cena. Depois engatou o carro e saiu, para desespero daquele fanático torcedor. Mais o pior ainda estava por vir. Depois do Massa sair com o carro, o tal torcedor, se ajoelhou novamente e começou a beijar o chão por onde a Ferrari havia parado. E outros carros vinham para completar a volta de consagração, aquela após a bandeirada final. Por alguns segundos achei que veria uma tragédia, ou seja, um carro atropelando o cara de joelhos e beijando chão, por onde estava o carro do brasileiro. Mais graças aos céus ninguém atropelou o torcedor que logo depois se levantou e foi em direção ao S do Senna.


O outro fato ou cena, foi estar ao lado de um conterrâneo (um fulano de tal com sobrenome Prata) e cercado de argentinos na arquibancada, éramos uma minoria no pedaço. Los Hermanos eram fanáticos torcedores do Alonso, pois todos eram funcionários da Renault, na sua terra de origem. E ao Shumacher realizar uma ultrapassagem, para cima do Rubinho, o meu conterrâneo começou a festejar, pulando e gritando, festejando, ai os vizinhos não entenderam, e me olhavam com uma interrogação nos olhos. No estalo respondi, liga não, ele é gay. É apaixonado pelo alemão. Ai o clima piorou, pois los hermanos não tirávamos olhos do cara. E relação amistosa que havíamos construído desde o sábado, com os gringos na arquibancada ficou nos pulinhos do Pratite.


E o que interessa é que Massinha fez uma corrida perfeita e fácil segundo ele, e com um excelente carro. Mas se aquele pneu não fura tudo poderia ser diferente! Foi um GP histórico para nos brasileiros. Pois foi Massa o primeiro brasileiro a vencer após a última vitória do Senna em 1993. Massinha era tão senhor de si na prova que confessou, ter tirado o pé direito para não chegar no alemão, quando este tinha trocado os pneus e estava a sua frente. Massa é um cara de sorte, pois na sua primeira oportunidade com um carro de ponta, conseguiu uma vitória. Mas também é uma pessoa humilde, pois se declarou um tapa buraco no esquema da Ferrari com o alemão. E disse que aprendeu muito com ele.


E também disse que em algumas situações ajudou a equipe e o alemão. Como em Hockhaien, onde ele achou que o pneu mole era o melhor, E mostrou na pista que estava certo, e assim o alemão venceu aquela etapa, com este composto apesar de insistir no sábado de manhã que os pneus duros eram melhores. Parabéns ao Massinha, e espero que em 2007, ele massacre e não seja massacrado.


Não percam a Moto GP no canal 38 da Sky as 10:00h. Mais um campeonato para Rossi, e este dado de mão beijada pela Honda via Dani Pedroza. Uma ótima semana a todos!

 
 
   
 

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