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COLUNA: BALEIA
Baleia


11/02/2009 - Quarta-Feira
DINHEIRO NA F1
 
Nesta semana reiniciam - se os testes pré- temporada na F-1. A maioria das equipes estará na Espanha, exceto Toyota, Ferrari e BMW, que preferiam o Bharein. A BMW me chama a atenção porque na pré- temporada passada ela teve um péssimo desempenho. Foi um banho de água fria no QG dos alemães. Mas no decorrer da temporada a turma dos chuckuts se acharam. E descaradamente a equipe diz que essa reviravolta se deve ao engenheiro Willy Rampf, que encarou o projeto depois da perda de seu braço direito no projeto do carro de 2008, e ao piloto Nick Haidfeld.

Nick quase sempre foi superado por Kubica, mas quem sabe passar as informações para os engenheiros com precisão e ainda sabe como corrigir eventuais erros é o alemão, pois o negócio do piloto polonês é pegar o carro já acertado e adaptar ao seu jeito de tocar. Para o desenvolvimento do carro isso é péssimo, mas quem chegou a liderar o campeonato foi o polonês e não o alemão. No final das contas, um completa o outro, para alegria dos alemães. O resulta final é a soma dos esforços de ambos mais o estafe técnico.

O grande lance da equipe alemã foi a saída de Jorg Zander para a equipe Honda, uma equipe com um orçamento mais rico, que pode oferecer ao alemão mais chances de experimentar suas idéias, pois a pressão na BMW era grande por parte de Mario Theissen. E com a saída do engenheiro alemão, a dupla Rampf e Haidfeld, se entenderam e descobriram que o grande problema do F1 08 não era de aerodinâmica ou qualquer outro erro de projeto. O grande lance do modelo é que ele era muito sensível ao lastro, pois dependendo da pista e de como era aplicado o lastro o carro tinha um comportamento distinto. E ao descobrirem o resultado dessa equação o carro alemão se tornou outro, de mico da pré temporada para um carro constante e que sempre estava nos pontos quando não era um podium.

O mais interessante de toda essa historia é que a BMW tinha um orçamento infinitamente menor que os da TOYOTA, Ferrari, McLaren e Honda. Como você acha que os japas da Honda encaram um situação como essa. As duas equipes trilharam um caminho parecido. Entraram numa equipe já com experiência, como fornecedores de motores e estando lá dentro dos boxes, foram aprendendo como é administrar uma equipe. Vendo erros e acertos. Depois de ver como era o cotidiano de uma equipe da F1 resolveram comprar uma equipe. Os alemães fizeram seu estagio na Williams e depois compraram a Sauber. Os japoneses se associaram a Bar e depois compraram a mesma Bar. Pela lógica a Honda deveria se dar melhor que os alemães.

Pois os japas estavam comprando uma equipe que já conheciam e assim certamente sabiam o que era bom e que era ruim. Como Bar a equipe foi mais eficiente do que na era Honda e isso com um abismo em termos de orçamento, pois a Honda assim como a Toyota nunca tiveram dó do dinheiro investido, pois sempre estiveram entre os maiores orçamentos do circo. Mas a lógica nem sempre prevalece e a BMW, que comprou uma equipe Suíça e que lá nos primórdios já tivera ligações com a arqui- rival Mercedes Bens, se deu melhor que a Honda e com um orçamento menor.

Os alemães compraram a equipe e colocaram seu estafe técnico e assim praticamente começou uma nova equipe sem os vícios da era Sauber. E trouxe gente da Williams e de outras grandes equipes para compor seu estafe técnico. E também perdeu gente desse estafe. Imagine você dono de um empreendimento desse vulto gastar e gastar e não ver resultados e ao olhar o rival ver que gastaram menos e foram muito mais eficientes. Isso é um tiro na consciência de qualquer administrador. Contratar gente errada, gastar mal o investimento, imagina isso para a mente de um empresário japonês que é cheio de regras e tabus, que muitas vezes se sentem como os seres mais racionais na administração de conglomerado. Isso é totalmente contra a cultura empresarial deles. Deve ser por isso que a Subaru abandonou os ralis tendo a companhia da Suzuki e da Mitsubishi. E a Kawasaki deixou a moto GP.

Mas seguindo a lógica nipônica, como explicar a atitude da equipe Toyota. Que não se associou a ninguém e trilhou sua entrada na F1 da maneira mais complicada e cara. Desde 2002 eles começam o ano como uma promessa e depois não desencantam. A Toyota sempre foi uma grande vencedora nas pistas e tudo que disputou sempre conseguiu ser campeão nunca no primeiro ano. Mas depois andar e aprender a musica, sempre conseguiu ser o maestro da competição. Foi assim no mundial de ralis, nas corridas de longa duração, na Indy e em quase tudo que disputou. Só não chegou na ponta na F1 e se continuar como está nem vai chegar. Pois seu corpo técnico assim como o da finada Honda é composto de gente indicada na sua maioria e não pelas suas qualificações. Esse é o mal onde corre muito dinheiro e o dono não esta perto para administrar.


Uma ótima semana a todos !





 
 
   
 

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