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SEÇÃO: Secret. de Esportes
Desesperado, Kia eleva Geninho ao patamar da
12/05/2006 - 14:40 hs
Clubes Paulistas
 
Perdido no comando do futebol do Corinthians graças às brigas pelo poder com o presidente Alberto Dualib e sem esperanças de contar com um treinador da elite do futebol mundial à frente do time depois da Copa do Mundo, já que Luiz Felipe Scolari deve permanecer no continente europeu caso deixe o comando da seleção de Portugual, e Carlos Alberto Parreira também irá procurar emprego no Velho Mundo se realmente abandonar o cargo de treinador do selecionado brasileiro, o iraniano Kia Joorabchian apostou alto no mercado interno e contratou Geninho como novo técnico do Corinthians.

Apesar de ter desenvolvido um bom trabalho à frente do Goiás, Geninho não é considerado um técnico 'de ponta' no país, como cansou de afirmar o iraniano após a queda de Antônio Lopes, há dois meses. Mesmo assim, as condições contratuais que levaram Geninho a desistir da continuidade do trabalho no alviverde do Centro-Oeste e arriscar voltar ao clube do qual saiu escorraçado em 2003 são dignas de um treinador de primeiro nível. A reportagem da GE.Net apurou que a oferta feita ao ex-goleiro é financeiramente semelhante ao que o Santos pagou para recontratar Wanderley Luxemburgo, à época recém-demitido do Real Madrid.

A equivalência na capacidade de Geninho e Luxemburgo também está longe de ser comprovada no currículo dos dois treinadores. Considerado o 'Pelé dos técnicos' pelo próprio Rei do Futebol, Luxemburgo é o recordista em conquistas de títulos brasileiros em sua função (tem cinco, contra três de Rubens Minelli e Ênio Andrade), além de vencer seis campeonatos paulistas por três equipes diferentes (Palmeiras, Corinthians e Santos), enquanto Geninho, equiparado monetariamente ao comandante do Santos, soma um título nacional, conquistado com o Atlético-PR em 2001 e um paulista, quando dirigiu o próprio Corinthians.

As marcas de Luxemburgo e Geninho pelas equipes que passaram também são bastante distintas. No Parque São Jorge, Wanderley Luxemburgo sagrou-se campeão brasileiro em 1998 e conquistou o título paulista de 2001 (Geninho venceu o de 2003), e seu trabalho é até hoje reverenciado por todos no clube, tanto que seu nome é ventilado sempre que um treinador é colocado na 'corda bamba' pela direção do clube. Wanderley chegou, inclusive, a almoçar diversas vezes com Kia Joorabchian depois de conquistar o Brasileirão de 2004 pelo Santos, e só não retornou ao Parque São Jorge graças à irrecusável proposta do Real Madrid.

Por outro lado, Geninho ainda é lembrado no Parque São Jorge pela desastrosa eliminação da equipe na Libertadores da América em 2003. Os gritos de 'pega, pega, pega', direcionados ao lateral-esquerdo Roger, que acabaram resultando na expulsão do jogador na partida decisiva contra o River Plate, no Morumbi, ainda ecoam nos ouvidos dos torcedores mais fanáticos, inconformados com a perda da vaga na ocasião.

A experiência internacional de Wanderley Luxemburgo também é superior a de Geninho, treinador contratado para dar seqüência ao planejamento de visibilidade mundial do Corinthians. Luxemburgo já dirigiu a seleção brasileira principal e a olímpica e comandou os 'galácticos' do Real Madrid antes de retornar para a Baixada Santista, enquanto Geninho tem passagens pelo futebol do Oriente Médio.

A atitude da diretoria da MSI na contratação de Geninho é semelhante à tomada quando da contratação do técnico Daniel Passarella. Apesar de ter no currículo dois títulos argentinos, Passarella não era o nome de consenso entre parceira e clube, mas chegou ao Parque São Jorge com um salário fixado em dólares, maior até do que o oferecido ao ex-comandante do Goiás. Depois de um bom início, o trabalho do argentino não decolou e Passarella, ironicamente o atual comandante do River Plate, deixou o Parque São Jorge pela porta dos fundos, tentando receber na Justiça Trabalhista cerca de R$ 3,6 milhões da MSI por quebra de contrato.

A MSI eleva Geninho à condição de técnico de primeira linha curiosamente depois de Ademar Braga, seu antecessor, ter cantado aos quatro ventos que marcaria época no Parque São Jorge como o 'divisor de águas' na história da parceria. O futuro de Braga ainda é incerto, mas Geninho já deixou aberto o caminho para o profissional reassumir o posto que tinha quando Antônio Lopes ainda era o treinador no Parque São Jorge: o de auxiliar-técnico.

 
Fonte: www.gazetaesportiva.com.br
 
 

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