 A goleada por 4 a 1 sobre o Ituiutaba, no primeiro jogo das semifinais – o segundo será domingo, às 16h, no Mineirão –, confirmou a artilharia pesada do Cruzeiro no Campeonato Mineiro, com 43 gols em 14 jogos, superando a média de três por partida. Na temporada chega perto: são 58 gols em 21 disputas. A meta é superar a melhor marca conseguida depois que o Estadual passou a ser realizado na fórmula atual (fase classificatória e na etapa final, quatro ou oito equipes), a partir de 2004, com 44 gols em 17 jogos, que poderá ser superada já no domingo, sem contar as possíveis partidas da decisão.
O artilheiro Kléber é o principal responsável pelo sucesso, quando o assunto é gol. Ele chegou depois dos companheiros (são apenas 11 participações), mas já balançou as redes 13 vezes, sendo 11 no Mineiro: “Fiz boa pré-temporada e fui muito bem recebido na Toca. Estou feliz e jogando como gosto”. Já no Palmeiras, não conseguiu o mesmo, pelos cartões recebidos e contusões: “Estava me readaptando ao futebol brasileiro, depois de quatro anos na Ucrânia, e ainda tive um problema no joelho. Aqui é diferente. Até os dois cartões que recebi foram injustos, como o vermelho, na estreia (3 a 0 sobre o Estudiantes, no Mineirão)”.
Como domingo, o Cruzeiro deve usar time misto, visando ao jogo de quarta-feira, contra o Deportivo Quito, no Mineirão, no encerramento dos jogos do Grupo 5 da Copa Libertadores, não é certo que Kléber esteja em ação, assim como Wellington Paulista. As outras opções são Soares, Wanderley (vai para a Portuguesa, por empréstimo para Athirson vir) e Thiago Ribeiro, recuperado do estiramento na coxa esquerda.
Fã de Romário
O Cruzeiro apresentou o atacante Zé Carlos, ex-Paulista, que completa 26 anos no dia 24, e quer garantir logo um lugar na equipe. O sonho é ser inscrito para as oitavas-de-final da Libertadores: “Estava em plenas condições no Campeonato Paulista (marcou 10 gols). Tinha propostas também do Santos, Palmeiras, São Paulo e Portuguesa, mas foi a do Cruzeiro a que mais me agradou”.
O atacante alagoano garantiu que foi procurado também pelo Atlético: “Mas eu e meu procurador não aceitamos conversar. Eles falaram apenas com o Corinthians-AL, que é dono de meus direitos”. No Cruzeiro quer fazer história, com muito profissionalismo e dedicação: “Por onde passei deixei o melhor e aqui não será diferente. Estarei pronto quando o técnico precisar para agarrar as oportunidades”. Ele se apresenta como um artilheiro com muita presença de área e diz ter um ídolo: “Romário. Como ele não tem igual”.
Zé Carlos é muito parecido com o atacante Oséas, que, no fim da década de 1990, fez muitos gols pelo Cruzeiro. Além dos 10 gols no Paulistão, fez 26 em duas temporadas no Porto, de Portugal, e 17 na Coreia.
Disputou o último Mundial de Clubes da Fifa, no Japão, pelo Jeonbuk Hyundai, da Coreia do Sul, e marcou um gol.
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