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SEÇÃO: Camp. Estaduais
Com mística da fé, São Paulo tenta evitar festa inédita do Internacional
16/08/2006 - 16:10 hs
Libertadores da América
 
O nome São Paulo, por si só, já tem ligação com um santo. Além disso, o Tricolor paulista incorporou o apelido de “o time da fé” ao longo de sua história por conta de sua luta para sobreviver nos anos 30. Nesta quarta-feira, às 22 horas, toda essa mística será fundamental no Beira-Rio para reverter a derrota do jogo de ida contra o Internacional e festejar o tetra na Copa Libertadores.

Dono de uma das maiores histórias do país na competição (cinco finais e três títulos), o São Paulo ainda luta para estragar a festa armada pelo Colorado para comemorar um título tão aguardado e desejado por seus torcedores. Os gaúchos só precisam de um empate para garantir o feito inédito e acabar, enfim, com as gozações feitas pelos arquirivais gremistas.

Neste ano, o retrospecto só anima ainda mais o torcedor colorado. No Beira-Rio, o time conquistou 17 vitórias, cinco empates e sofreu apenas uma derrota. Foi em 20 de maio, quando a equipe foi goleada pelo Figueirense por 4 a 2, pelo Campeonato Brasileiro. Na Libertadores, o desempenho do Inter em seus domínios mostra cinco vitórias e um empate.

Basta manter a invencibilidade para que os gaúchos comemorem o primeiro título da Libertadores. Já o São Paulo precisa vencer de qualquer forma por dois gols de diferença. Se o triunfo vier com uma contagem mínima a favor dos visitantes, a decisão irá para a prorrogação. Caso a igualdade seja mantida nos 30 minutos, o campeão sairá na disputa de pênaltis.

Com a missão complicada, os jogadores do São Paulo ressaltam a importância da ligação do clube com a fé. Mas sabem que só um bom futebol no Sul pode levar o time ao título. “Nessa hora, tudo que é positivo, esse apelido de o time da fé, é bem vindo. Só que a fé sem obra é morta.Temos que fazer por merecer”, destaca o meio-campista Richarlyson.

Só que os últimos dias desde a primeira partida no Morumbi foram de extrema dificuldade ao Tricolor. Na madrugada da última sexta-feira, um acidente automobilístico matou o quarto goleiro do elenco, o jovem Weverson, e deixou outro arqueiro do clube, Bruno, em estado grave. Para completar, o técnico Muricy Ramalho terá que administrar a ausência do volante Josué, suspenso, e as dúvidas em torno da participação de André Dias e Ricardo Oliveira na decisão.

O zagueiro aguarda o julgamento do Tribunal Regional do Trabalho de Goiânia sobre seu litígio com o Goiás, enquanto o atacante espera o aval do Betis para enfrentar o Inter. O contrato de empréstimo de Ricardo Oliveira venceu na última quinta-feira, e o São Paulo negociou a prorrogação por mais sete dias, mas o clube espanhol vetou a participação do atleta enquanto não tiver garantias de que não será punido pela Fifa.

Para complicar mais o caso, a CBF deu o respaldo ao Tricolor e divulgou a prorrogação do acordo entre Ricardo Oliveira e São Paulo até o dia seguinte à final. Com tantas dúvidas, Muricy optou por não divulgar a equipe. A tendência é que mantenha Edcarlos na zaga e promova as entradas de Richarlyson no meio e de Aloísio na frente. “Tenho certeza de que na cabeça dele, está definido”, aposta o atacante Leandro.

O técnico Abel Braga também usou o recurso da fumaça, mas viu o Internacional passar por uma semana bem mais tranqüila. Eufóricos, os torcedores fizeram até acampamentos em frente ao estádio na busca por ingressos. A recepção feita ao grupo, após a vitória na capital paulista, foi de um verdadeiro campeão da Libertadores.

Só que elenco e comissão técnica preferem os pés no chão. Abel sabe que o futebol pode reservar surpresas e experimentou um revés inesperado na semifinal da Libertadores de 1989, curiosamente também à frente do Colorado, quando acabou eliminado em casa diante do Olímpia, do Paraguai, com uma derrota, após ter vencido fora de casa. “Não me entusiasmo com nossa situação. A vantagem é pequena e nosso adversário tem condições de reverter”, avisa.

Ao mesmo tempo, o treinador luta contra um estigma que o persegue nos últimos três anos: fracassar em decisões importantes. Foi assim na Copa do Brasil de 2004 e 2005, quando viu Flamengo e Fluminense perderem de Santo André e Paulista, respectivamente, e também no Gauchão de 2006, com o vice do Inter diante do rival Grêmio. Ironicamente, apenas uma vez o time que ganhou o primeiro jogo fora de casa em uma decisão da Libertadores ficou sem o título. Foi em 2002 com o São Caetano, então comandado por Jair Picerni, outro técnico rotulado pelos seus “vices”.

Para evitar qualquer surpresa e que a festa seja frustrada, os jogadores do Colorado deixam um recado: está proibido atuar pensando somente no empate. “Quem pensa em igualdade, acaba derrotado. Nossa intenção é continuar fazendo o mesmo que nos jogos anteriores”, diz o atacante Rafael Sóbis, autor dos dois gols gaúchos no Morumbi.

Na partida decisiva, o Inter também terá os seus desfalques. Na ala direita, Elder Granja foi mais uma vez vetado e será substituído novamente por Ceará. No meio-de-campo, a ausência é Fabinho, que também acabou levando cartão vermelho no Morumbi. Wellington Monteiro aparece como favorito para jogar. “É uma ausência sentida, pois estamos acostumados com o Fabinho, que protege a defesa. Levamos apenas um gol em cinco jogos com a presença dele. Mas aposto que o time irá continuar entrosado, independente do substituto”, explica o zagueiro Fabiano Eller. A sorte está lançada e a América verá uma nova dinastia nesta quarta ou uma consagração inédita


 
Fonte: www.gazetaesportiva.com.br
 
 

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