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COLUNA: BALEIA
Baleia


01/04/2007 - Domingo
A VOLTA DO REI
 
Enquanto o planeta F-1 estava em recesso, algumas categorias estavam em plena atividade. O que devemos considerar normal, pois dividir espaço na mídia com a F-1 é ruim! E o melhor do melhor foi no Mundial de Motos. No final de semana passado foi realizada a segunda etapa do campeonato, no conhecido circuito de Jerez de La Fronteira. Era a oportunidade ideal para o queridinho atual Daniel Pedroza, da equipe oficial Honda, mostrar suas manguinhas.

Ele estava em casa e com uma motocicleta feita exclusivamente para ele. Só que o The Douctor estava a mais de 130 dias sem vencer na categoria. Um recorde negativo. Estando sem vencer desde o GP da Malásia no ano passado, que foi realizado em setembro..

Essa equipe oficial da Honda, certamente por interesses comerciais e/ou nacionalistas, já que o principal patrocinador é espanhol, chegou a ponto de ignorar o do atual campeão mundial. Essa equipe já mostrava suas preferências desde o ano passado, mas como a moto do ano passado era maior e mais potente, o joqueizinho espanhol não conseguia um perfeito domínio da maquina. Enquanto Nick Haiden, já estava íntimo da moto, pois se relacionavam desde 2004. Mesmo assim o HRC tentou ajudar o espanhol. Não adiantou nada, deu Hayden.

Voltando ao GP Espanhol, a corrida das 125 cilindradas, como sempre foi muito disputada e gostosa de ver. O vencedor foi Gabor Talmacsi, que recebeu a bandeira quadriculada com uma vantagem de apenas 0s014 sobre Lukas Pesek. Talmacsi, que era o segundo até a última curva, com muita vontade e espírito de competividade, tentou e ultrapassou o rival na pequena reta dos boxes, levando a melhor na linha de chegada.

Mas o melhor do dia foi a prova das 250. Já vi muitas provas de motociclismo. Geralmente o show fica por conta das 125 e 250. No entanto, não me lembro de ver uma corrida como essa da Espanha. 0 show começou ao faltarem 11 ou 12 voltas para o final da etapa. A prova pegou fogo. Não me lembro desde minha infância de uma prova tão disputada. Só para se ter uma idéia, numa volta a liderança mudou de três a quatro vezes. Teve uma hora em que em três curvas subseqüentes, houve várias trocas nas posições. Ou seja, na primeira curva o segundo virou primeiro. Na próxima o terceiro contornou em primeiro. E terceira que era o segundo a voltar ser primeiro. Foi realmente demais. Os protagonistas foram pela ordem de chegada na final: Jorge Lorenzo, Álvaro Bautista e Andréa Dovizioso. Nas três voltas finais Lorenzo conseguiu uma pequena vantagem. Foi certamente a melhor disputa dos últimos tempos.

Na Moto GP a corrida foi mais amena. Pedroza largou na pole, mas antes do final da primeira volta, era Valentino Rossi, que havia largado em segundo, quem liderava. E foi assim até o final. Deu saudades daquela época em que o italiano fingia não saber largar bem e caía para sétimo ou oitavo, no decorrer da prova vinha aniquilando todos os concorrentes e ainda conseguia abrir uma boa vantagem no final. Ao mesmo tempo, estava com saudades de suas comemorações engraçadas. Desta feita simulou um Strack. Veja a comemoração no www.youtube.com digite: "Rossi" "Jerez", foi dez. E pelo jeito o Lorenzo e seu fã clube resolveram imitar Valentino nas comemorações. Mas estão longes no quesito comédias.

Nosso representante, Alex Barros, bem que tentou realizar outra boa corrida, pelo equipamento que dispõe. Infelizmente, não foi possível. Chegou a ser o nono, mas perdeu duas posições na última volta. Uma para uma Suzuki oficial e a outra para Próton de Kenny Roberts. Nosso Alex corre com uma Ducati, semi-oficial. Seria mais ou menos como correr num Toro Rosso ou ainda na Super Aguri. Não é fácil. Mas ele encara. E ainda faz bonito.

A lamentar, o desempenho do veterano Loris Capirossi, que largou em 15° e chegou atrás de Alex. Sendo que esse primeiro anda numa Ducati oficial. Para piorar, seu novo companheiro de equipe, Stoner, chegou em quinto. Isso depois de vencer a primeira etapa no Qatar. E ainda divide a vice-liderança com Pedroza. Aparentemente o novo companheiro de equipe desestabilizou Capirossi. Stoner sempre foi instável. Só que na Ducati conseguiu terminar uma prova da moto GP sem cair, e assim terminou em primeiro. Isso mexeu com a cabeça de Loris.

O velho Verme Ecclestone, depois de lançar novos mercados na F-1, como Barein, China, Turquia, Malásia, e possivelmente a Índia, resolveu voltar os olhos para a Europa. Primeiro disse que seu maior sonho é realizar uma prova em Paris. Agora surge a notícia de que Valência, na Espanha, vai ter uma prova de rua e não no tradicional circuito Ricardo Tormo, muito utilizado pelas equipes de F-1 nos testes de inverno. E também pela Moto GP.

Esta semana o circo da F-1 realizou quarto dias de testes na Malásia. No primeiro dia, a BMW de Kubica se deu melhor, com Kimi Raikönein na seqüência. No segundo dia, Raikönein restabeleceu a ordem da lógica. E pasmem, com Wurs da Williams em segundo e Coulthard, da Red Bull, em terceiro. A McLarem, de Lewis Hamilton, foi apenas sexto. Nesse dia Rubinho (8° lugar) foi mais rápido que seu companheiro, que ficou com o 10º. No terceiro dia, Lewis Hamilton e a McLarem conseguiram o melhor tempo, em um dia chuvoso. Seguido de Webber e Ralf, só que Luizzi de Toro Rosso foi quarto, ficando na frente de Massa com a Ferrari. Assim podemos ver que esses testes, não traduzem a lógica da coisa.

Para fechar, no quarto dia foi à vez de Heikki Kövalainen da Renault. Tem lógica? Essa equipe não vinha andando nada e do dia pra noite é a melhor? Bem que o Kövalainen estava precisando de algo assim. Pois o Malaiatore (Briatore), tinha decido o pau no desempenho do piloto na Austrália. Um ato sem lógica também. Falar de um piloto que não teve um bom carro durante todo final de semana. Volto abater na tecla de que Kövalainen anda muito. E certamente calará o Malaiatore.

O nosso Massa foi o segundo do dia, a apenas 0s041, do primeiro.Praticamente igual. Praticamente! Agora vamos torcer para que o assoalho da Ferrari, não seja considerado fora do regulamento. O que parece difícil. Ao que parece não se pode ter idéias novas na F 1 atual. A era dos gênios se foi e ficou a dos operadores de autocad. É a era do Verme Ecclestone.

Uma ótima semana a todos!
 
 
   
 

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