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COLUNA: BALEIA
Baleia


06/09/2007 - Quinta-Feira
VEM MONZA
 
Vem aí o GP de Monza! Uma das mais tradicionais pistas do calendário. Também conhecido como o GP em que a equipe Ferrari se sente como se estivesse em casa. Não podemos esquecer que em San Marino os italianos também se sentiam em casa, mas em Monza o amor e a sorte sempre foram mais recíprocos. Para se ter uma idéia, nos últimos dez anos os italianos venceram seis vezes. Quatro com o alemão e dois com Barrichello. É o Rubinho sabe o que é vencer no templo dos Tifosis, foram duas. Mas se depender do seu carro atual ele vai ver o podium somente na TV.


Já a McLaren venceu duas, a última em 2005 com Montoya, e em 1996 com David Coulthard. A Williams venceu uma com Montoya em 2001 e, pasmem, pois sempre temos uma memória curta, Fretzen venceu em 1999 com uma Jordan. Nem me lembrava mais de uma vitória da Jordan, equipe que hoje nem existe mais. Lembrei-me agora de outra vitória desta equipe, com Damon Hill em SPA, se não me engano em 1987, um grande feito do inglês. Pelos antecedentes é a Spicker atualmente. E como desceram a ladeira, pois hoje não ganham nem da finada Minardi, atual Toro Rosso, que vem sendo a lanterninha das equipes de F-1 nos últimos tempos.


A Ferrari sempre se deu bem em Monza. Pelo menos nos treinos de sexta-feira eles são imbatíveis há tempos. Deixando as intrigas de lado, em 1988 quando a McLaren tinha o melhor carro e a melhor dupla de pilotos, isto é, o cenário dos sonhos de qualquer dono de equipe, a única vitória de um carro que não era o dos ingleses foi justamente em Monza e de uma Ferrari. Naquele ano a McLaren ganhou todas as etapas do campeonato, exceto uma. Por força do destino, em Monza ganhou uma Ferrari. Seria uma ajuda do destino? Não é bem por aí. Mas não podemos esquecer que não foi um resultado lógico.


Quem mudou a lógica aquele dia foi Jean Louis Schlesser, hoje um ícone francês no Paris-Dakar. Isso tudo a duas voltas do final. E o mais engraçado, a Ferrai neste dia conseguiu uma dobradinha com Berger em primeiro e Alboreto em segundo. Isso num campeonato de 16 etapas, onde a McLaren tinha um carro muitíssimo superior ao das demais equipes. E a única vitória que não pertenceu aos ingleses, num campeonato de um carro só, foi justamente dos italianos e em Monza. Sendo assim nunca devemos considerar a Ferrai fora da vitória em Monza.


Voltando aos dias de hoje, a lógica diz que Turquia, Monza e SPA são favoráveis aos italianos. E a regra valeu para a Turquia. Se bem que se, e somente se, aquele pneu de Hamilton não estivesse estourado, poderíamos ter uma McLaren brigando pela ponta. O fato é que o inglesinho é um piloto de muita sorte. Mesmo num final de semana em que acontece um problema, num dia de azar, ele dá a sorte de isso ocorrer perto da entrada dos boxes e ainda não perder o controle do carro. No final, ele perdeu apenas dois pontos em relação a sua posição original. Isso me parece sorte de campeão. Pode até ser que o campeonato não venha esse ano, como manda a lógica financeira da F-1, mas se depender somente dos resultados dentro da pista ele será o campeão. Fato que não agrada aos espanhóis e aos grandes patrocinadores de Alonso.


Treino é treino, pois num treino tudo pode ser mascarado. Entretanto, a grande verdade é que a McLaren não parece estar blefando. Os ingleses descobriram algo relevante em pista de alta. Nos bastidores até falam de um novo aerofólio traseiro que mudou completamente a performance do carro inglês neste tipo de circuito. E pela feição do Kimi olhando a folha de tempos num final de treino da semana passada, os italianos têm muito que trabalhar. Algo que só poderá ser feito no túnel de vento. Pois na pista, agora é a vez dos treinos. E se acharem o pulo do gato, sexta-feira é dia de testar as novidades. Porém, como já disse anteriormente, sexta-feira em Monza é dia de Ferrari andar na frente. Pois é assim que os organizadores têm garantia de um grande público no domingo.


Como treino é treino e corrida é corrida, não perco minhas esperanças numa vitória italiana. Mas quem vai ganhar dentro do time vermelho já é outra história. Em minha opinião, para a equipe é muito mais interessante, economicamente falando, que Raikkonen se dê bem e passe Massa na pontuação. Dessa forma, os caciques poderiam exigir do brasileiro uma atuação de segundo piloto, posto para o qual foi contratado e ainda não assumiu, devido aos maus resultados do suposto primeiro piloto. Uma certeza eu tenho, se Massa não conseguir tirar outro coelho da cartola, como fez na Turquia ao conseguir a pole mesmo com um carro mais pesado, ele é carta fora do baralho. Coisa que Montezemollo queria desde o início do ano e que esteve perto de acontecer depois dos GPs da França e Inglaterra.


Uma ótima semana a todos!

 
 
   
 

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