O ex-zagueiro Luizinho (foto) renunciou nesta quarta-feira à presidência do Villa Nova, clube que defendeu como jogador dos 12 aos 18 anos. A decisão foi tomada quase cinco meses depois de ele ser eleito com a maioria absoluta dos votos do Conselho Deliberativo.
Primeiro jogador da história do Villa a assumir a presidência, Luizinho pretendia ter no cargo executivo o mesmo sucesso que teve nos gramados. Mas sua administração fracassou. O time venceu apenas um jogo no Campeonato Mineiro, foi o 10º colocado entre os 12 participantes e brigou todo o tempo para evitar o rebaixamento ao Módulo II. Caíram Social e Guarani.
A fraca campanha se deveu principalmente à nova filosofia implantada por Luizinho, de valorizar a base em vez de contratar jogadores mais experimentes. Em 11 jogos no Estadual, o Villa Nova foi derrotado seis vezes e colheu quatro empates, além da única vitória por 3 a 1 sobre o rebaixado Guarani de Divinópolis.
O Villa Nova ainda vive o ano do seu centenário e tem pouco a comemorar. O time não disputará sequer a Série D do Campeonato Brasileiro. No segundo semestre, o clube só terá pela frente a Taça Minas Gerais, com jogos previstos entre 7 de julho e 29 de novembro.
Com a renuncia de Luizinho, o cargo será assumido interinamente pelo vice-presidente administrativo, Mário Evaristo Borges. Ele convocará novas eleições em até 15 dias. O novo mandatário do Villa Nova terá que administrar uma dívida de aproximadamente R$ 4 milhões.
Como jogador, Luizinho defendeu Villa Nova, Atlético, Sporting de Lisboa, Cruzeiro e a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982.