O Atlético tentará amanhã, logo na segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o que não conseguiu nas duas últimas edições da competição: vencer o Grêmio. A última vez que isso ocorreu foi em 11 de dezembro de 2004, quando fez 1 a 0, no Estádio Colosso da Lagoa, em Erechim (RS), gol de Quirino, resultado importante na briga para não ser rebaixado naquele ano, o que acabou conseguindo – em 2005 e 2006 as equipes não se enfrentaram, pois estiveram na Série B, um ano o Grêmio, no outro, o Galo. Desde então, foram três derrotas – duas no Mineirão – e um empate.
Para motivar ainda mais, o tricolor gaúcho foi o único visitante a vencer o Galo, no Mineirão, no Nacional do ano passado. O rival Cruzeiro também o fez, mas o estádio da Pampulha é sua casa.
Assim, para tentar passar por este adversário indigesto, o alvinegro conta com algumas armas. Uma delas é o técnico Celso Roth, que comandava os gremistas antes de assumir o Galo, inclusive nas duas últimas vezes que bateram os atleticanos.
Muito da base implantada pelo treinador, inclusive, continua sendo usada no Olímpico. O esquema com três zagueiros, por exemplo, é o mesmo, com Rever atuando pela esquerda. E Tcheco continua comandando o meio-campo.
Para criar um antídoto para essa formação letal, que nos últimos seis jogos marcou 14 gols, Celso Roth engenha mudanças no Atlético. O time deve voltar ao 4-4-2, com o meio-campo sendo formado por Renan, Carlos Alberto, o recém-chegado Jonílson e o experiente Júnior, que deixa a lateral esquerda com Thiago Feltri para atuar como armador.
Roth chegou a testar o time com três atacantes, mas, talvez pela força ofensiva gremista, acabou trocando Alessandro por Jonílson. Se isso for confirmado, o volante, apresentado segunda-feira, estreia com a camisa atleticana.
Mudança também no gol, no qual Juninho dá lugar a Édson. Coincidentemente, o novo titular atuou nos dois últimos jogos contra o Grêmio. Mesmo assim, não considera que o adversário esteja “atravessado na garganta” por conta dos últimos resultados.
“Não vamos ficar pensando nos últimos jogos e, sim, nos concentrar bem para esta partida, procurar entrar determinados a conquistar um bom resultado”, declarou Édson, que sofreu 76 gols com a camisa alvinegra em 52 partidas, a última delas a vitória por 2 a 0 sobre o Guaratinguetá, no Mineirão, em 23 de abril, no jogo de volta da segunda fase da Copa do Brasil.
Ele comemora o fato de estar ganhando chance de jogar com Celso Roth, principalmente por se tratar de início de Brasileiro. A intenção é se sair bem, para terminar a competição como titular. “Todo mundo quer jogar, ainda mais quando chega um novo treinador e as esperanças de todos se renovam. O Celso Roth fez a escolha dele e cabe a mim trabalhar e fazer o melhor em campo para ajudar o Atlético”, declarou.
Motivação é que não falta Desde que estreou no profissional, em 2007, Édson vem lutando para agarrar a camisa 1 do Galo. Porém, por atuações irregulares ou escolha dos treinadores, acaba sempre sacado em inúmeras oportunidades. Por isso, ele mantém a calma diante de nova oportunidade. “Nunca perdi a motivação. Sempre procurei trabalhar sério e agora sei que preciso ir bem para ganhar a confiança do treinador.”
Se assumir o gol do Atlético é sempre um desafio, agora ainda mais. Afinal, o clube está procurando um goleiro, podendo acertar hoje com o ponte-pretano Aranha, cujo procurador, Josias Cardoso, é aguardado em Belo Horizonte.
Édson, porém, não se abala. “O Atlético é clube grande e está sempre procurando se reforçar, independentemente da posição. Quem chegar será muito bem recebido, mas vai ter de trabalhar para conquistar a vaga, pois aqui há muitos profissionais de qualidade”, argumentou.
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