O Promotor de Justiça Joaquim Miranda divulgou hoje o relatório sobre a perícia contabil instalada na FMF após o roubo ocorrido na entidade em 25 de março de 2009. Depois das investigações o MP constatou a lisura da administração do Presidente Paulo Schettino (foto) e não identificou qualquer irregularidade na gestão dos recursos da FMF.
Reproduçao da nota do MP
Depois do roubo de cerca de R$ 1 milhão, ocorrido no dia 25 de março de 2009, na Federação Mineira de Futebol (FMF), o Ministério Público Estadual (MPE) instaurou investigação para apurar as circunstâncias em que ocorreu o fato e o porquê de tal quantia estar sendo guardada num cofre em vez de ter sido depositada numa instituição bancária.
Na época, a Federação se justificou dizendo que “os valores havidos no cofre assaltado [eram] compostos de recolhimento de jogos e de parcela destinada à FMF pelo contrato de cessão dos direitos televisivos do Campeonato Mineiro do Módulo I, de 2009” e que “possui uma conta bancária com pouca movimentação devido a várias penhoras eletrônicas realizadas que resgatam os valores ali depositados, sem qualquer prévio aviso, inibindo a resistência jurídica e legal por meio da titular da conta”.
Para apurar se a FMF cometeu alguma fraude tributária ou algum crime, o MPE instaurou uma perícia contábil, dos últimos 12 meses fiscais, em que foram feitas análises profundas da documentação financeira, de balanços, balancetes e contas bancárias da Instituição, além de convocar para prestar esclarecimentos o presidente e o tesoureiro da Federação.
Depois de analisar os fatos, o MPE concluiu que: o roubo de fato ocorreu e o valor contido no cofre era de R$ 981 mil; a dívida da Federação, com os cofres públicos, é de cerca de R$ 28 milhões, sendo a maior parte dela, R$ 21 milhões aproximadamente, devida ao INSS; foi constatado também que, desde quando assumiu, em 2003, a atual administração da FMF mantém as contas, de sua gestão, em dia e não acumula nenhuma dívida fiscal; nenhum problema também foi constatado no fato da FMF priorizar o pagamento de uma dívida em detrimento de outra e de manter o dinheiro guardado em um cofre. O Ministério Público Estadual informa também que está acompanhando as investigações ligadas a identificação dos autores do assalto ao cofre.