O Cruzeiro (foto) está de volta a uma final de Copa Libertadores 12 anos depois de conquistar o bicampeonato sobre o Sporting Cristal do Peru, em 1997. Nesta quinta-feira à noite, o time mineiro empatou por 2 a 2 com o Grêmio no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, e assegurou vaga para encarar o Estudiantes de La Plata.
No primeiro duelo da semifinal, no Mineirão, o Cruzeiro havia vencido os gremistas por 3 a 1 e por isso jogou em vantagem no Sul do Brasil.
No primeiro tempo, os cruzeirenses abriram 2 a 0 de vantagem, com gols de Wellington Paulista aos 34 e aos 36 minutos. Na etapa final, o Grêmio deixou tudo igual com Réver, aos nove, e Souza, aos 29.
Como fez melhor campanha que o Estudiantes na fase de classificação da Libertadores, o Cruzeiro fará o primeiro jogo da final em La Plata, na próxima quarta, dia 8, e terá o direito de decidir o título no Mineirão no dia 15.
Banho de água fria Empurrado por sua torcida, o Grêmio pressionou o Cruzeiro do apito inicial de Óscar Ruiz até os 34 minutos. Nesse período, os mineiros praticamente não passaram do meio-campo e superaram vários momentos de apuros, principalmente no jogo aéreo gaúcho.
Mas o primeiro gol cruzeirense, marcado aos 34 minutos, por Wellington Paulista, foi um verdadeiro banho de água fria na torcida tricolor e no time dirigido por Paulo Autuori. Daí em diante, o Cruzeiro tocou a bola e conseguiu ampliar dois minutos depois, novamente por meio do centroavante Wellington Paulista.
O Grêmio se abateu com os gols e o Cruzeiro saiu para o intervalo com uma vantagem enorme. Só cinco gols dos anfitriões poderiam impedir a passagem dos celestes à quarta final de Libertadores.
Kléber foi o autor intelectual do gol de abertura, aos 34. Ele fez jogada individual pela ponta direita, penetrou na área e cruzou na boca da meta para Wellington completar e fazer Cruzeiro 1 a 0.
O segundo gol teve o lateral Jonathan como mentor. Ele cruzou da intermediária, a zaga gremista parou, pediu impedimento e Wellington Paulista penetrou sozinho na grande área. A conclusão de cabeça, com direito a peixinho, colocou o 2 a 0 no placar.
As melhores oportunidades do Grêmio ocorreram aos 11 minutos, em arremate de Maxi López; aos 21, em chute à queima-roupa de Herrera sobre Heleno; e aos 23, em conclusão por cima de Souza.
Esta etapa terminou como dois cartões amarelos para cada lado: Ramires e Kléber, pelo Cruzeiro; Tcheco e Thiego, pelo Grêmio.
Empate Gremista Os times voltaram iguais. Mas o Cruzeiro perdeu Leonardo Silva, por contusão, logo aos quatro minutos. Anderson o substituiu.
O Grêmio desperdiçou a primeira chance de diminuir aos sete minutos. Herrera recebeu lançamento, dominou na área e bateu cruzado. Fábio saltou e fez defesa espetacular no canto direito.
Aos nove, não teve perdão. Tcheco bateu escanteio da ponta esquerda, Rever desviou de cabeça na área e marcou: 2 a 1.
Pressionado, o Cruzeiro teve um alívio aos 14 minutos. Em contra-ataque, Adílson deu um carrinho em Wagner, perto da área, e foi expulso diretamente pelo árbitro colombiano Óscar Ruiz.
A expulsão atenuou um pouco a pressão gremista. Com 20 minutos, Adílson Batista teve que se desfazer do lateral Gérson Magrão, muito cansado, e lançou o volante Elicarlos no jogo.
Minutos depois, o veloz Thiago Ribeiro substituiu Paulista.
O torcedor gremista voltou a ter esperança aos 29 minutos, quando Souza acertou um belo chute da intermediária, mandou no canto esquerdo de Fábio e colocou o 2 a 2 no placar do Olímpico.
O Cruzeiro tentava esfriar o jogo e prendia bem a bola no campo de ataque. Ainda assim, o Grêmio não se entregava e incomodava a defesa celeste quando ia à frente. O gol que selaria a vitória celeste quase saiu aos 39. Os mineiros contra-atacaram com Jonathan, Kléber e Thiago Ribeiro. Mas, dentro da área, o lateral adiantou a bola e facilitou a defesa do goleiro Victor