Para os brasileiros, ela se chama apenas Libertadores. Já os argentinos sempre querem a “Copa”. A taça mais importante do continente está em jogo e começa a ser disputada nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília). Em La Plata, na Argentina, Estudiantes e Cruzeiro (foto) fazem a primeira partida da grande decisão. Um duelo que não é novidade na 50ª edição. Na fase de grupos, os dois times se enfrentaram e prevaleceu o equilíbrio. No Mineirão, vitória celeste por 3 a 0. No estádio Ciudad de La Plata, “Los Pinchas” fizeram 4 a 0 na equipe de Adilson Batista. Primeira e única derrota celeste até agora.
Oriundos da mesma chave, os adversários têm estilos diferentes de jogo. Enquanto a equipe do técnico Alejandro Sabella tem a força defensiva como principal característica (sofreu sete gols em 14 jogos), a Raposa tem o ataque veloz e eficiente como ponto alto (21 gols em 12 partidas). Tricampeão continental (de 1968 a 70), o Estudiantes tenta dar fim a um longo jejum. O time volta a disputar uma final de Libertadores depois de 38 anos. A última vez foi em 1971, quando foi superado pelo Nacional, do Uruguai. Bicampeões (o primeiro título foi em 76), os cruzeirenses estão na fila há mais de uma década. A última decisão foi em 1997, ano em que festejaram a conquista.
Os dias que antecederam este confronto foram de indefinição por conta do surto da nova gripe registrado na Argentina. Cerca de 2.800 casos do vírus H1N1 foram confirmados, e o número de mortes chegou a 60 nessa segunda-feira. A diretoria do Cruzeiro manifestou preocupação com a viagem por conta desta situação, mas a Conmebol manteve a programação. O hotel onde os brasileiros estão concentrados, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, tem um andar inteiro reservado para os atletas celestes. Eles ficarão isolados até poucas horas antes da viagem a La Plata. Após o jogo, o voo fretado do time volta imediatamente ao Brasil.
Aos 34 anos, ele pode até não ter o mesmo fôlego, mas continua sendo perigoso. Juan Sebastián Verón, ou La Brujita, como é chamado na Argentina, comanda o Estudiantes. Dos pés dele saem as principais jogadas ofensivas do time. Em cobranças de falta, cruzamentos e lançamentos, o camisa 11 desequilibra. “Los Pinchas” têm um jogo de troca de passes, que caracteriza a escola argentina. Verón sofreu uma distensão na panturrilha direita durante o primeiro duelo da semifinal contra o Nacional, do Uruguai, e ainda é dúvida. O jogador acabou vetado na partida de volta e passou a última semana realizando apenas exercícios de recuperação, mas deve jogar.
Não é apenas em Verón que o Cruzeiro precisa ficar de olho. O meia Leandro Benítez tem qualidade nas assistências, principalmente quando procura o atacante Boselli, um dos artilheiros da Libertadores, com sete gols. O time argentino também deve contar com o meio-campo Galván e o atacante uruguaio Salgueiro. Os dois estiveram em campo na vitória sobre o River Plate por 2 a 1, na última rodada do Torneio Clausura, e estão à disposição de Alejandro Sabella.
Cruzeiro cheio de vontade A única derrota do Cruzeiro na Libertadores foi exatamente para o Estudiantes. Não chega a ser um fato que deixa os jogadores engasgados, principalmente pelas condições daquele partida. Na ocasião, o ônibus que levava o grupo de Buenos Aires a La Plata pegou o caminho mais longo e chegou atrasado. O time não fez o aquecimento, e os atletas vestiram as camisas já dentro do campo.
- Foi um jogo atípico, vários fatores nos prejudicaram, a equipe não aqueceu e isso desconcentrou o time. A partida será totalmente diferente. A gente sabe que a equipe deles é de qualidade, são jogadores com bom toque de bola, além da rivalidade argentina. Mas estamos prontos para fazer um bom jogo – disse o capitão Fábio.
No reencontro, Adilson terá quase força máxima. A ausência fica por conta do zagueiro Thiago Heleno. Com uma lesão no tornozelo direito, ele dá lugar a Anderson. Leonardo Silva é o outro defensor. No meio, o volante Henrique reassume a posição, e Fabinho volta para o banco.
- Já venho jogando há algum tempo, tive essa parada por conta da lesão, mas estou recuperado e pronto para ajudar meus companheiros. Precisamos fazer um jogo agressivo, temos de ser aguerridos dentro de campo, mas também é preciso tranquilidade. A marcação será fundamental. É uma final, com dedicação, entrega e coração – comentou Henrique.
Titular absoluto, Ramires também está confirmado. O jogador vive os últimos momentos no clube está muito motivado. Vendido ao Benfica, de Portugal, ele vai se despedir após o jogo da volta, dia 15, no Mineirão, e quer o título. Quem também não vê a hora de jogar é o atacante Kléber. O Gladiador é o destaque do time na Libertadores e se diz pronto para o jogo mais importante da carreira.
- Estamos prontos para a guerra, para uma decisão. Está todo mundo preparado e concentrado na partida. Será um jogo típico de Libertadores, de final, contra um time argentino. Será um duelo catimbado. Temos que tentar não perder um jogador, pois sabemos que é uma decisão de 180 minutos e teremos o jogo do Mineirão. Jogar com um a menos é sempre complicado – disse.
Para os brasileiros, ela se chama apenas Libertadores. Já os argentinos sempre querem a “Copa”. A taça mais importante do continente está em jogo e começa a ser disputada nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília). Em La Plata, na Argentina, Estudiantes e Cruzeiro (foto) fazem a primeira partida da grande decisão. Um duelo que não é novidade na 50ª edição. Na fase de grupos, os dois times se enfrentaram e prevaleceu o equilíbrio. No Mineirão, vitória celeste por 3 a 0. No estádio Ciudad de La Plata, “Los Pinchas” fizeram 4 a 0 na equipe de Adilson Batista. Primeira e única derrota celeste até agora.
