Redenção de Bruno Mineiro do América (MG) no Brasileiro C
23/07/2009 - 09:01 hs
Série C do Campeonato Brasileiro
Os dois gols que marcou no domingo, na goleada do América sobre Mixto-MT por 5 a 1, que valeu a classificação antecipada à segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série C, significam para Bruno Mineiro o início de um novo tempo e a tão sonhada paz com a torcida, que já chegou a vaiá-lo em jogos do último Campeonato Mineiro. O América (foto) é o primeiro time já classificado para as quartas de final e só volta a jogar na última rodada, diante do Gama, dia 2, no Distrito Federal, tentando manter o primeiro lugar e, assim, decidir em casa na fase de mata-matas.
O atacante é, sem dúvida alguma, um dos responsáveis pela virada americana. Quando ele entrou no intervalo, o Mixto ganhava por 1 a 0. A boa movimentação serviu não só para confundir os zagueiros adversários, como também abrir espaços para seus companheiros, em especial os jogadores de meio-campo, que souberam aproveitar as oportunidades.
E logo na primeira bola, o primeiro gol, de cabeça. “O time precisava de ânimo, pois ficou muito parado no primeiro tempo. Quando o (técnico) Givanildo me chamou e disse que eu ia entrar, falou o que queria e que eu deveria procurar me movimentar. Vi também que essa era a grande oportunidade que estava esperando. Agarrei a chance com unhas e dentes.”
Foi no América que Bruno iniciou a carreira. “Foram nove anos aqui no Coelho. Saí em 2004, logo depois de estourar a idade de júnior.” Começou então uma peregrinação, não só pelo país, mas também no exterior. “Do América fui para o Noroeste, de Bauru, no interior paulista. De lá, para o Guaratinguetá. Depois joguei no Rio Branco, de Andradas”, conta. Foi quando apareceu a oportunidade de jogar fora. Bruno Mineiro foi parar na Suécia. “Fui contratado pelo Enkoping, da Segunda Divisão, por seis meses. No fim do contrato, não houve interesse na renovação. Voltei para o Brasil.”
Resgate - Apareceu então o interesse do América e Bruno viu a chance de resgatar uma vontade que havia perdido. Quando era jogador das divisões de base do clube, sonhava em jogar no time profissional, mas a oportunidade não havia aparecido. Ele chegou como esperança de gols, afinal de contas tinha feito um bom Campeonato Mineiro pelo Rio Branco.
Mas nem tudo saiu como o planejado. O Coelho não foi bem nem no Mineiro nem na Copa do Brasil. Ele foi vaiado, mas tem uma explicação. “Quando o time vai mal, a culpa é sempre posta no ataque. É o atacante quem paga.” Encontrou forças para dar a volta por cima. “Treinei forte. Era o que podia fazer. E aprendi a ter paciência para saber esperar ova oportunidade, que veio agora. Quero ajudar a fazer o time subir para a Série B do Brasileiro. De minha parte, podem esperar muita luta, sempre. Afinal de contas, meu time de coração é o Coelho.”
