No encontro dos goleadores Adriano e Diego Tardelli, o Flamengo fez bom uso dos coadjuvantes para vencer o Atlético-MG por 3 a 1, de virada, na noite desta quinta-feira, no Maracanã. Além dos cariocas, quem comemora o resultado é o Palmeiras, que termina a 15ª rodada do Campeonato Brasileiro na liderança isolada, com três pontos de vantagem sobre os mineiros.
Léo Moura, Kleberson e Everton fizeram os gols do Rubro-Negro, e Eder Luis descontou. O resultado garantiu a segunda vitória consecutiva do Rubro-Negro, ambas de virada, e quebrou a sequência de quatro jogos sem triunfo em casa (três no Maracanã, um no Engenhão). O time agora soma 23 pontos, a três do G-4, e ocupa a sétima colocação.Se há oito dias a torcida pedia a troca no comando depois do empate em 1 a 1 com o Barueri clamando "Adeus, Cuca“, agora o tom mudou. E como. Os rubro-negros estenderam uma faixa (Andrade: estamos com você) e terminaram o jogo dando apoio ao treinador interino gritando “Fica, Andrade”. Por enquanto, a diretoria avisou que só pensará no assunto depois do jogo de domingo, contra o Náutico, às 16h, novamente no Maracanã. Até lá, o pedido das arquibancadas será atendido.
Estacionado nos 28 pontos há duas partidas, o ex-líder Atlético-MG fica em segundo lugar, mas vê o pelotão encostar. Internacional (27) e Goiás (26) são os times mais próximos. A chance de reabilitação será no domingo contra o Coritiba, às 18h30m, no Mineirão.
Virada rubro negro Em menos de três minutos, o Flamengo descobriu o preço da desatenção. Logo aos 36 segundos, Emerson foi à linha de fundo e cruzou para a área. Welton Felipe rebateu mal, e Léo Moura, livre e quase dentro da pequena área, isolou. O Atlético-MG ensinou como se faz logo depois. Ronaldo Angelim e Aírton se enrolaram, Serginho roubou e passou para Eder Luis tocar no canto direito de Bruno e abrir o placar.
A vantagem inicial daria a tranquilidade aos visitantes para explorar contra-ataques. Mas a insegurança da zaga e a dificuldade para desafogar a parte defensiva permitiram a pressão adversária. Adriano saiu da área e virou garçom em duas jogadas. Na primeira, aos 20, Emerson foi bloqueado pela zaga na hora da finalização. Na segunda, aos 23, Léo Moura entrou frente a frente com Aranha, mas teve dificuldades para driblá-lo e perdeu a chance.
A pressão rubro-negra teve novo episódio aos 25. Toró levantou da ponta direita, Kleberson deu o peixinho, mas Aranha fez a defesa no canto direito. O gol, que parecia questão de tempo, veio em dose dupla e com auxílio de coadjuvantes.
Aos 36 minutos, Toró fez ótima jogada pela direita e tocou para Léo Moura chutar rasteiro no canto direito e empatar. Dois minutos depois, Everton repetiu a eficiência pela esquerda e passou para Kleberson. O volante bateu rasteiro, de primeira, e surpreendeu Aranha. Desnorteado com a virada instantânea, o Galo teve uma chance de empatar antes do intervalo. Thiago Feltri invadiu a área pela esquerda, mas finalizou torto.
Everton acaba com Galo Percebendo a liderança se afastar, o Atlético-MG iniciou a segunda etapa com duas alterações e buscando o ataque. Aos dois minutos, depois de falta lateral, Werley desviou de cabeça e mandou por cima do travessão.
A agonia defensiva do Flamengo só tinha fim nos contragolpes. Emerson perdeu o primeiro, aos sete, depois de passe de Léo Moura. O Sheik teve nova chance aos dez, mas a bicicleta saiu sem direção.
O terceiro gol saiu aos 14. Everton roubou uma bola quase no meio-campo e passou para Adriano. O Imperador devolveu e o criador da jogada fez o terceiro. Foi o bastante para a torcida iniciar a festa no Maracanã.
Recuado, o time carioca passou a limitar-se à contenção das jogadas do adversário. Aos 37, Diego Tardelli deu passe de calcanhar e Eder Luis bateu forte no canto. Bruno salvou. A pressão dos visitantes permaneceu até o fim, e aos 34 aconteceu o lance polêmico do jogo. Diego Tardelli entrou com a bola dominada na área, Everton e Willians chegaram por trás. O primeiro tirou a bola, mas o segundo foi imprudente ao entrar de carrinho. Leonardo Gaciba nada marcou. Antes do apito final, Pedro Paulo chegou a driblar Bruno, aos 43, e chutar no pé da trave.