Ele não é santo por acaso. No dia em que completou 450 jogos pelo Palmeiras, Marcos foi do inferno ao céu em minutos e provou, mais uma vez, por que tem o nome cravado na história do clube. Depois de uma falha grosseira no primeiro tempo, o camisa 12 defendeu um pênalti no segundo e segurou o valioso empate por 1 a 1 diante do Atlético-MG (foto), nesta última quarta-feira, no Mineirão, mantendo o Verdão com boa folga na liderança do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, a equipe dirigida pelo técnico Muricy Ramalho soma agora 36 pontos, em primeiro lugar. O time, contudo, ainda pode perder o simbólico título do primeiro turno para o Internacional, que tem mais três jogos a fazer e está em quarto, com 30 (seria superado no número de vitórias)
Já o Atlético-MG perdeu a chance de poder reassumir a ponta da tabela, mas segue bem colocado na briga pelo título e por uma vaga na Taça Libertadores de 2010. O clube subiu para o segundo lugar, com 32 pontos e uma partida a menos que o Alviverde.
Na próxima rodada, o Atlético-MG terá pela frente outro paulista. O clube enfrenta o Corinthians, domingo, às 16h, no Pacaembu, em São Paulo. O Palmeiras encara o Botafogo, sábado, às 18h30m, no Palestra Itália.
Marcos falha, e Ortigoza garante igualdade
O ferrolho armado por Muricy Ramalho não demorou a ser desmontado pelo Atlético-MG. Com três volantes, o treinador tentou frear as jogadas rápidas do Galo, mas um domínio de bola errado do lateral-esquerdo Marcão foi fatal. Éder Luis, aos cinco minutos, arriscou de longe, a bola tocou no gramado, Marcos falhou ao tentar defender com uma manchete de vôlei e o Mineirão explodiu: 1 a 0. O camisa 12 bateu no peito e assumiu a responsabilidade pelo erro.
Celso Roth tratou de administrar a vantagem. O Galo recuou suas peças e passou a esperar o Palmeiras se arriscar para jogar nos contra-ataques. Os paulistas, porém, mostraram pouco poder de reação. Diego Souza, Ortigoza e Cleiton Xavier, os únicos no ataque, bateram cabeça no meio de tantos alvinegros.
A dificuldade do Palmeiras era tanta que a primeira boa chance surgiu apenas aos 33 minutos, com Ortigoza desviando de cabeça para fora um escanteio batido por Cleiton Xavier. No minuto seguinte, brilhou a estrela de Diego Souza para o Verdão empatar. Em grande fase, o meia se livrou de um marcador pela esquerda e cruzou na medida para o paraguaio cabecear e silenciar o Mineirão.
O Atlético-MG tentou dar uma resposta imediata, aos 35. Após cruzamento da direita, o lateral-esquerdo Thiago Feltri apareceu de surpresa na área, ganhou da defesa pelo alto, mas Marcos fez bela defesa. A torcida esfriou e trouxe também o time para baixo. Até o final do primeiro tempo, os mineiros erraram passes excessivamente e ficaram longe do segundo gol.
São Marcos, o milagreiro de plantão
O segundo tempo começou animado. Logo no primeiro minuto, Renan desviou para trás, o goleiro Bruno pegou a bola com as mãos e o árbitro marcou recuo. Na batida de Diego Souza, Renan salvou. Aos seis, o Palmeiras quase fez o segundo. Marcão tocou de cabeça, Cleiton Xavier tentou finalizar e Diego Souza acertou a trave de Bruno.
O Atlético-MG não deixou por menos e se lançou ao ataque, principalmente pelos lados. Serginho, aos dez, cabeceou com perigo e assustou Marcos. Em seguida, Carlos Alberto cruzou da direita, Renan Oliveira não alcançou e Thiago Feltri quase acertou o ângulo esquerdo.
Depois da falha no primeiro tempo, Marcos se redimiu, aos 12, com mais um milagre para sua vasta lista. Thiago Feltri invadiu a área e foi derrubado por Wendel. Pênalti! Renan Oliveira, substituto do artilheiro Diego Tardelli, cobrou e o goleiro foi buscar no canto direito.
Palmeiras admiti estátua para o Marcos
O jogo seguiu aberto. Aos 24, Cleiton Xavier cobrou escanteio pela direita e Diego Souza cabeceou para fora. Cinco minutos mais tarde, Ortigoza cruzou rasteiro, e Cleiton Xavier, livre na pequena área, perdeu ótima oportunidade ao chutar por cima.
Para diminuir os espaços do Verdão no ataque, Celso Roth sacou o volante Serginho para a entrada do zagueiro Alex Bruno. Muricy respondeu com Deyvid Sacconi e Daniel Lovinho nas vagas de Sandro Silva e Ortigoza, respectivamente, para dar mais velocidade ao time. A última chance do jogo foi alviverde e veio aos 44, com Diego Souza batendo colocado de longe e quase acertando o canto esquerdo.
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