A Diretoria do Uberaba Sport Club solicitou ao Prefeito Municipal de Uberaba, Anderson Adauto, que lhes ajudassem a reverter à decisão judicial da juíza da 3ª Vara Civil, Régia de Lima, que julgou improcedente a nulidade do leilão do Boulanger Pucci (foto) e deferiu mandado de emissão de posse aos arrematadores. “Hoje à tarde, estaremos reunidos com a juíza para buscar uma solução, porque precisamos do estádio para preparar o elenco para os Campeonatos”, afirma os diretores.
Segundo informações recebidas, a Prefeitura tenta desapropriar a área do Boulanger Pucci, através das vias judiciais, tendo em vista que foi declara utilidade pública, por meio do Decreto nº 155/09. A ação de desapropriação, ajuizada no dia 16 de novembro, tramita na 5ª Vara Civil. Nesta ação, o juiz expediu os mandados de citação às partes, ou seja, incluindo as empresas RCG E LS Guarato que arremataram o patrimônio do USC no leilão.
Os futuros donos do BP são os donos da empresa RGC Engenharia e Empreendimentos e do Supermercado LS Guarato que pagaram uma quantia irrisória de R$ 2 milhões, tendo em vista que o patrimônio do Uberaba Sport estava avaliado no total de R$ 7,5 milhões. Ou seja, os novos donos do BP não chegaram a pagar nem o correspondente a 27% do total do valor do imóvel, situado na Avenida da Saudade, um dos bairros nobres da cidade.
Como não concordaram com o fato do estádio ser arrematado por um preço vil, os diretores do Boi Zebu entraram com recurso contra o leilão no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e por isso, o dinheiro dos arrematadores continua depositado em juízo. O advogado do Colorado, William Magalhães, disse que não era para o clube estar passando por isso, tendo em vista que o Tribunal concedeu efeito suspensivo do resultado do leilão, até o julgamento final do processo.
Como a juíza citou a Sumula 331 do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que não prevê o efeito suspensivo para conceder a posse aos arrematadores do BP. O advogado Colorado explicou que caso eles comecem a construção e o clube consiga embargar o leilão. Os empresários terão que arcar com todos os danos de irreparáveis ou de difícil reparação.