Capitão do Atlético-MG nas duas últimas conquistas do clube, a Série B do Campeonato Brasileiro de 2006 e o Campeonato Mineiro de 2007, o zagueiro Marcos (foto), de 34 anos, corre o risco de encerrar a carreira por conta de um problema na coluna vertebral. Operado há duas semanas, ele não sabe se poderá dar sequência à carreira.
- A cirurgia foi um sucesso. Neste momento, quero recuperar a minha condição de cidadão, de ter uma vida saudável. Então, estou muito tranquilo. Se vou ou não jogar, isso fica em segundo plano. Mas a minha briga nesse momento é para ter uma vida saudável – declarou o zagueiro, em entrevista ao Globo Esporte Minas.
O drama de Marcos teve início no ano passado, quando passou a sentir dores e ter crise lombares. Após uma consulta médica, ficou constatada uma lesão grave na coluna, denominada espondilolistese. Trata-se um desvio de vértebra.
- Os médicos não sabiam como eu aguentava jogar com essa lesão. E consegui jogar por mais um ano, chegando ao ponto de, em 2009, eu ficar totalmente limitado, não ter vida saudável fora de campo. E tivemos que recorrer à cirurgia – explicou ele, que soma 163 jogos e 11 gols pelo Galo.
O último jogo do zagueiro foi no dia 16 de agosto, contra o Corinthians. Desde então, ele nem participou mais de treinamentos com o grupo, ficando por conta de um tratamento conservador e sessões fisioterápicas. Como isso não surtiu efeito, Marcos teve de passar pela cirurgia.
- Minha cirurgia foi bem explicada. Não era uma cirurgia para eu pensar em jogar futebol novamente. Fiz a cirurgia para ter uma vida saudável, como eu falei, mas o meu plano, realmente, é de tentar jogar por mais um ano. Se não der, tenho de agradecer a Deus por ter me tirado lá de Caruaru, estado de Pernambuco, e me feito rodar um pouquinho o mundo. Estive na Holanda, em Portugal, joguei em alguns clubes no Brasil. Então, realmente, se eu sair do futebol, vou sair de cabeça erguida - comentou.
Enquanto vê o futuro como jogador ainda incerto, Marcos se dedica à recuperação, que, em princípio, vai durar de 60 a 90 dias, no mínimo. Ele está usando um colete cervical e enfrenta limitações nos movimentos.
- É óbvio que tem algumas limitações, como por exemplo sentar e levantar. Eu fico totalmente dependente da ajuda de terceiros, principalmente da minha esposa, que tem sido não só meu braço direito, mas como o esquerdo, a perna esquerda e a direita, porque realmente ela tem me ajudado muito nesse momento, que é o mais difícil de toda a minha carreira e de toda a minha vida - desabafou.
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