O mais novo palco do futebol mineiro ganha os retoques finais para a inauguração. O Estádio Joaquim Henrique Nogueira, o Nogueirão, em Sete Lagoas – homenagem ao ex-presidente do Democrata que doou o terreno para a construção –, com capacidade para 23 mil torcedores, abre suas portas sábado, no jogo entre o time da casa e o Atlético, às 16h, pelo Campeonato Mineiro. A obra, que custou mais de R$ 3 milhões, é motivo de orgulho para o povo sete-lagoano e esperança de dias melhores para os dirigentes do Jacaré.
As duas últimas semanas foram de trabalho a toque de caixa, com 84 funcionários numa espécie de mutirão. Na sexta-feira, haverá a inspeção final do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Cada detalhe é acompanhado de perto pelo idealizador do projeto, Humberto Timo, de 52 anos, presidente do Democrata.
O sonho de erguer um estádio de maiores proporções na cidade – que já contava com o José Duarte de Paiva (com capacidade para 4 mil torcedores) – começou a se tornar realidade em 1989, no primeiro mandato de Timo, quando ele conseguiu a doação do terreno e iniciou o processo de terraplanagem. A obra foi interrompida, depois que Timo deixou a presidência do clube, e só retomada em abril do ano passado, quando ele já estava de volta ao cargo.
Para viabilizar a construção, foi necessário se desfazer do Duarte de Paiva, vendido a uma rede de supermercados por R$ 1,5 milhão. O montante, no entanto, não era suficiente, e o dirigente precisou contrair empréstimos e fazer dívidas com fornecedores. Serão pagos com a receita do próprio Nogueirão, nos dois primeiros jogos, contra Atlético e América (dia 5), além de um show com um artista brasileiro de renome.
Outra forma de arrecadação será a venda das 780 cadeiras cativas. Já foram negociadas 100, ao preço de R$ 2 mil, cada. A meta é chegar a 350, o que geraria receita de R$ 700 mil. “Não podemos depender apenas do futebol. Vamos transformar o estádio numa arena multiuso, abrindo-o para diversos eventos e shows”, explica o dirigente.
O estádio conta com quatro vestiários – sendo dois principais, com sala para aquecimento forrada com grama sintética. “Idéia inédita no Brasil”, orgulha-se Timo, que justifica a escolha: “É um investimento caro, porém de melhor custo-benefício, porque carpete tem muito problema de mofo, pela umidade”.
Ele admite que alguns reparos devem ser feitos após a inauguração: “Não terá luxo. Queremos que o estádio seja seguro e confortável, com vestiários arejados e em condição de receber qualquer equipe”. A festa de abertura começa às 12h30 com futebol feminino e, depois, meninos das escolinhas do Democrata. Às 15h, a banda da PM se apresentará. A |