Uruguai busca soberania continental diante da retranca paraguaia
A geração de Forlán e Suárez encheu o povo uruguaio de orgulho com o quarto lugar da Copa do Mundo da África do Sul e pode deixar sua marca em forma de título. Neste domingo, a Celeste planeja alcançar a soberania continental na Copa América depois dos fracassos dos favoritos Brasil e Argentina. Mas o desafio para o talentoso ataque do Uruguai promete ser difícil, já que o rival na decisão deste domingo, às 16 horas (de Brasília), no estádio Monumental de Nuñes, será a forte defesa do Paraguai.
Para Suárez, a final pode ser a consagração completa na Copa América. Além do 15º título para o país (contra 14 de Argentina e oito do Brasil), o centroavante do Liverpool, da Inglaterra, busca a artilharia isolada - ele lidera a disputa ao lado do argentino Sergio Aguero, com três gols.
"Ser goleador não importa neste momento. O fundamental é pensar no coletivo", afirma Suárez, que minimiza o fato de seu companheiro Forlán não ter balançado as redes na Copa América. "Isso não nos preocupa", emenda.
A vitória confirmaria o sucesso uruguaio no futebol neste início de década - inclusive nas categorias de base - e representaria um momento especial para um velho conhecido do público paulista. Ídolo dos são-paulinos, o zagueiro Diego Lugano é o capitão da Celeste e pode ter a honra de levantar o troféu.
"Participar desta final é um sonho, um momento único no qual você trabalhou muito. Esperamos que o Uruguai possa demonstrar novamente a sua força no domingo", planeja o camisa 2.
No Paraguai, a missão de ofuscar o artilheiro Suárez será do goleiro Justo Villar. Na fase de mata-mata, o arqueiro demonstra ótimo desempenho com a bola rolando e frieza nas disputas por pênaltis. Mas, para a decisão, o veterano, de 34 anos, está preocupado.
"Chegamos à final da Copa América graças a muito esforço. Nossos jogadores estão desgastados depois de duas partidas com 120 minutos nos últimos dias", observa o camisa 1.
Aliás, o Paraguai também convive com as críticas mesmo na posição de finalista por não ter vencido nenhum jogo no torneio - foram cinco empates, com duas classificações nos pênaltis na etapa eliminatória. "Nosso time não pode ser desmerecido por isso", reclama Villar.
Para completar os problemas no caminho até o seu terceiro título, o Paraguai não terá o seu comandante no banco de reservas. Suspenso por duas partidas, Gerardo Martino irá acompanhar a final das tribunas. Outros desfalques devem ser Jonathan Santana, Aureliano Torres e Roque Santa Cruz
FICHA TÉCNICA
URUGUAI x PARAGUAI
Local: Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina)
Data: 24 de julho de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (Brasil)
Assistentes: Marcio Santiago (Brasil) e Francisco Mondría (Chile)
Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Coates e Cáceres; González, Pérez, Arévalo Rios e Álvaro Pereira; Suarez e Forlán
Técnico: Oscar Tabárez
Paraguai: Villar; Torres (Piris), Da Silva, Verón e Alcaraz; Cáceres, Riveros, Ortigoza e Estigarribia; Valdez e Barrios
Técnico: Gerardo Martino.
Arte GE.Net
Gazeta Esportiva
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