O Corinthians ferve na semana da eleição que definirá se Alberto Dualib, presidente desde 1993, continuará no cargo por mais dois anos. O rival, Waldemar Pires, ex-presidente, tenta articular a oposição e já conseguiu apoio de alguns dos conselheiros mais influentes do clube.
O último capítulo da briga entre os dois, que já dura semanas, é a guerra pela eleição do vice-presidente. Dualib defende a votação em chapa única, Pires quer que os vices sejam eleitos de maneira separada.
O primeiro, que escolheu para sua chapa Nesi Curi, Clodomiro Orsi e Wilson Bento, três aliados poderosos ligados ao ex-presidente Wadih Helu, defende que a chapa única está implícita no Estatuto do clube e que, havendo dúvida, é o presidente do Conselho Deliberativo, José de Castro Biggi, seu fiel escudeiro, quem decide.
Pires, que na última segunda comandou reunião para definir seu terceiro vice, considera a tese absurda. Até segunda à noite, a oposição ainda não havia anunciado o terceiro nome na chapa que já tem Antônio Roque Citadini e Miguel Marques e Silva.
"Se a votação para vice não for separada, a gente entra na Justiça e anula a eleição", avisou Pires. Seria a segunda ação contra o presidente por causa das eleições.
O sócio Caetano Matanó Jr., que denunciou fraude nas últimas eleições e apontou irregularidades graves na composição do Conselho, hoje controlado por Dualib, havia tentado a anulação do pleito atual. Sua ação foi recusada pela Justiça na última segunda.
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