Jogadores, diretores e comissão técnica do Botafogo foram comemorar o quarto título da Taça Guanabara em uma churrascaria ao lado da sede de General Severiano. A taça foi transformada em uma tulipa gigante, cheia de chope.
Gritos de campeão se misturavam aos de provocação ao Flamengo. Com um pandeiro na mão, o zagueiro Asprilla comandava o pagode. O atacante Dodô, que ficou em casa cuidando da indisposta mulher Tatiana, não compareceu à festa.
Com a faixa no peito, a cantora Beth Carvalho resumiu o sentimento alvinegro. "Com o Botafogo tem de ser assim, sofrido. Temos um treinador que, além de ter sido um ótimo jogador, é pé-quente", lembrou.
O atacante Dodô, do Botafogo, está com fome de títulos. Aos 31 anos, ele tem um currículo que inclui passagens por Fluminense, Paraná, São Paulo, Santos, Palmeiras, Goiás e futebol coreano e japonês. Mas apenas um título: o Paulista de 98, pelo time do Morumbi.
Em 1997, Dodô foi artilheiro e melhor jogador do Paulista, além de ter sido o maior goleador da América, com 57 gols. No Rio-São Paulo do ano seguinte, mais uma artilharia. Mas só foi campeão em 98.
Nas outras três finais que disputou - os Paulista de 97 e 2000 e a Supercopa de 97 -, teve de se contentar com o vice-campeonato.
"Você nunca ganha nada sozinho, depende de uma equipe. Fiz gols em decisões, mas o título não veio", comentou.
O interessante é que Dodô marcou gol nas três decisões em que seu time foi derrotado. No quadrangular final do Paulista-97, pelo São Paulo, ele passou em branco contra o Corinthians (1 a 1), mas marcou contra Palmeiras (4 a 1) e Santos (1 a 0).
Na Supercopa, fez na derrota de 2 a 1 para o River Plate. E no Paulista de 2000, já no Santos, mais um no empate contra o São Paulo. Quando foi campeão pelo São Paulo em 98 (3 a 1 no Corinthians), não balançou a rede. "São coincidências. No domingo, quero fazer gol e ser campeão
|