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SEÇÃO: Camp. Estaduais
Luxemburgo reage e levanta nova suspeita contra Edmundo
10/03/2006 - 16:30 hs
Campeonato Paulista
 
Depois de ver Edmundo cobrar R$ 400 mil por um suposto empréstimo, o técnico Vanderlei Luxemburgo falou sobre o assunto em entrevista exclusiva ao Terra Esportes TV e, além de negar a dívida, levantou uma suspeita sobre um outro cheque que passou ao atacante.


"Tem um outro cheque meu com o qual paguei ao Edmundo R$ 200 mil que depois apareceu na CPI do Nacotráfico. Agora eu quero saber como aquele foi descontado e até onde tinha envolvimento com o narcotráfico. Agora eu vou com isso até o fim", disse.


Em meio ao bom momento vivido pela campanha do Santos no Campeonato Paulista - o time é líder com folga e está perto de quebrar um jejum de 22 anos -, o treinador se irrita quanto toca no assunto e descarta estar devendo para o jogador.
"Quando o Edmundo o depositou, eu nem mais tinha conta naquele banco. Tinha deixado o cheque para lá. E ele depositou indevidamente e vou provar isso."


O Terra Esportes entrou em contato com o empresário do atleta, Helinho, que se recusou a comentar o assunto e pediu para a reportagem entrar em contato com o advogado de Edmundo, Luís Roberto Levenciano, que até o momento não retornou os recados deixados em sua caixa postal.


Confira a entrevista com Luxemburgo na íntegra:

Ainda não dá para dizermos que o Santos é campeão, mas a vantagem é grande. Você imaginava chegar faltando seis rodadas com cinco pontos de diferença, tamanho o equilíbrio entre os quatro grandes do Estado?

Não imaginava chegar nessa condição que nós estamos hoje, mas esperava chegar porque desde o início eu estou falando que o Santos está trabalhando para chegar. Nós nunca deixamos de acreditar que poderíamos brigar em igualdade de condições pelo título. Nós estamos trabalhando para isso e conseguir uma coisa maior. E a coisa maior em uma competição é o título. Os jogadores estão se empenhando e têm condições de conquistar. Só que ainda não conquistaram. Temos uma vantagem importante, mas que você tem que continuar trabalhando da mesma forma que te conduziu a esta vantagem.


E neste ano você teve muito pouco tempo para montar o time. Mas nós já estamos em março e em menos de três meses você já está perto de conquistar o título. E este Santos é diferente daquele de 2004 e do Cruzeiro de 2003, que foram campeões brasileiros. Aqueles times tinham ataques muito poderosos e aqui você teve que mudar até a sua característica por falta de opções.

Fizemos uma reformulação grande aqui. Tivemos que antecipar etapas e ainda temos que fazer isso para chegar em igualdade de condições com equipes que estão na nossa frente, que já estão prontas. Lesões também atrapalharam com as do Reinaldo, que ficou muito tempo lesionado, e o Jonas, que estava jogando muito bem e teve uma lesão importante. Tudo isso atrapalhou bastante. Tivemos que montar uma estratégia diferente, usando três zagueiros, que não é aquela que eu mais gosto, mas tem sido necessária e nós estamos fazendo para o Santos possa se adaptar às condições de momento.


Muita gente fala: o Vanderlei só trabalha com grandes times, com grandes jogadores...

Isso é uma coisa que as pessoas falam, desculpa eu te cortar. As pessoas ficam falando, mas não querem buscar as coisas que acontecem. Fui campeão no Bragantino. O Edmundo e o Rivaldo não tinham tanto prestígio assim como Djalminha, Luizão e Roberto Carlos quando eu os contratei. O pessoal fala depois que eles fizeram sucesso, mas não sabe como nós fomos buscar esses jogadores na sua origem para poder montar uma equipe. Mas isso faz parte da cultura do futebol, onde as pessoas sempre buscam uma forma de rotular.


Você montou o Santos de acordo com aquilo que ele podia fazer. Estamos com problema no ataque, então não vamos tomar gol. Ganhando de 1 a 0 em 1 a 0, o título está perto.

Essa é uma característica das minhas equipes: não tomar gols. As equipes em que eu trabalho tem os melhores ataques como também as defesas mais eficientes. Se você pegar o retrospecto, você vai ver que isso acontece. São equipes que são ofensivas, mas que têm o poder defensivo muito grande também. Essa equipe (Santos), em virtude das coisas que aconteceram, tem uma coordenação muito grande na parte defensiva. Acho que a grande virtude do técnico é armar uma equipe de acordo com os jogadores que você tem e não com aquilo que você pensa.


E essa polêmica de esconder a escalação até o último minuto, você acha que isso ganha jogo mesmo?

Com todo respeito, isso é uma grande bobagem da imprensa. Criam-se culturalmente algumas situações. Na época em que eu jogava, precisava ter coletivo na quinta com o time que ia jogar no domingo para sair no sábado a escalação. Criou-se isso e agora você não pode, por exemplo, a tua empresa compete com alguém, então ela não dá vantagem para a concorrente dela. É a mesma coisa com televisão. Então por que eu não posso escalar a equipe no domingo na hora que eu chego ao vestiário? Porque o pessoal quer colocar na rádio, quer colocar no jornal ou nos caracteres da televisão. Eu não sou expert em comunicação. Eu sou técnico de futebol. Mas eu acho que uma equipe que não tem a escalação definida tem mais assunto do que aquela que tem. Não é mistério, mas isso pode provocar debate. O pessoal fica preocupado em me dar porrada porque eu não soltei a escalação no vestiário. E vou continuar fazendo isso. Eu não tenho que fazer o que as pessoas querem. Nós temos que quebrar alguns rótulos e acabar com esse negócio das pessoas que te batem desnecessariamente, já que você está agindo profissionalmente. O regulamento não diz que eu tenho que escalar no dia anterior. Agora me dar porrada porque quer que a escalação saia nos caracteres da televisão? Isso é uma grande bobagem.


Que importância você coloca no seu papel dentro dessa equipe do Santos. Além do fato de você ter montado o time, algumas de suas atitudes foram fundamentais para que o clube chegasse a essa condição como surpreender o Antônio Lopes no jogo contra o Corinthians com a escalação e mudança que você fez no intervalo do jogo contra o Palmeiras que levou o Santos à vitória.

A função do técnico é apenas coordenar todo o trabalho, analisar tudo o que está acontecendo, fazer as mexidas no jogo, não deixar as coisas acontecerem no treinamento de uma maneira equivocada, manter a tranqüilidade e a disciplina. Nossa função é essa de coordenar a coisa e planejar. E a gente fica satisfeito quando a resposta vem. Mas essa equipe ainda tem muita coisa para acontecer. É uma equipe muito jovem. Muita coisa ainda vai acontecer ao longo do ano. Conquistando ou não o título, ainda tem muita coisa para acontecer.


E a Copa do Brasil? Você vai priorizar essa competição?

Não. Nós estamos em todas as competições. Fizemos um planejamento dentro das competições. Se tiver que tirar alguém de algum jogo por algum motivo. No momento certo eu vou fazer.


Que chance você que o Santos tem de perder o título paulista?

Olha. Eu não trabalho com este percentual. Eu acredito que nós vamos ganhar e vamos trabalhar para isso. Mas tem que terminar as seis partidas. Acho que precisamos de 18 pontos. E aí sim nós estaremos sossegados. Quer dizer, 18 não, seriam 15 pela vantagem que temos. É isso que nós queremos. Trabalhar a cada partida para ganhar o título.


Seria legal ser campeão no jogo contra o São Paulo (penúltima rodada do Paulista)?

Não. É legal você jogar cada partida como se fosse uma decisão. E a cada jogo você joga para frente à possibilidade de ser campeão.


Independente do título, campeão ou não. De qualquer maneira, esse trabalho que você fez aqui serve de resposta às críticas que você recebeu na Europa?

Não. A minha carreira não tem que dar resposta nem satisfação a ninguém. É uma carreira vencedora, muito bonita. Não vai ser um percalço que tive na Europa que vai estragar. E olha que fui vencedor também por lá. Se você analisar, minha passagem pela Europa foi muito boa. Quando eu saí do Real Madrid, eu estava disputando todos os títulos ainda em condições de ganhar. Estava apenas seis pontos atrás do Barcelona no Espanhol e já tinha classificado o time para a outra fase da Copa dos Campeões. E estava dentro da Copa do Rei, que nós ainda íamos iniciar a participação. E meu saldo de trabalho, em um ano de trabalho, era de quatro pontos a mais do que o Barcelona. Então, foi positivo. Agora, o presidente (Florentino Pérez) entendeu que eu deveria sair. Faz parte do futebol e agora está dando esse problema todo. E não é porque eu saí. É porque as coisas estavam conturbadas mesmo. Mas eu já estou daqui. Minha cabeça já está aqui no Brasil. Não tenho que mostrar nada para o Real Madrid ou para a Europa que eu sou bom. Não, eu sei trabalhar. Sei fazer as coisas dentro do futebol. E amanhã a gente pode estar aqui no Santos ou na Europa novamente. Tudo isso faz parte.


Com tudo o que está acontecendo lá hoje, dá para perceber que o problema não era você. Concorda?

Deixei lá bem claro na minha declaração quando saí, mostrando aquilo que eu achava que estava errado. Mas não quero ficar falando disso. Quero falar do Santos que é muito melhor.


Como você vê o que o Ronaldo está passando por lá?

O Ronaldo nunca me deu nenhum tipo de problema. Sempre me dei muito bem com ele. Emagreceu, estava fininho e fez o máximo para jogar aquele jogo contra o Barcelona. Se empenhou ao máximo. O Ronaldo é um amigo que eu tenho. Nos demos muito bem. Acho que o Ronaldo vai ser uma pessoa muito importante na Copa do Mundo. Na hora que ele se concentrar na Seleção Brasileira, vai fazer uma grande Copa do Mundo. Espero que o Brasil possa ganhar e o Ronaldo é um amigo que eu tenho. Uma pessoa que prezo muito.


Mas está pesado demais o que estão fazendo com ele, principalmente as críticas da imprensa espanhola.

Mas é normal. Nossa vida é assim. As pessoas vêm e quando você dá um pequeno espaço, te matam. E tem a possibilidade de no próximo jogo você ganhar. O Ronaldo vai ter uma Copa do Mundo agora e, com a qualidade dele, ele tem tudo para fazer um grande Mundial. E assim a vida segue.


É verdade que antes de sair do Real Madrid você entregou um relatório com todos os problemas do time para o presidente Florentino Pérez?

Eles têm uns 500 relatórios feitos por mim. Fiz na pré-temporada, de uma temporada para outra, passei relatórios da parte física e da parte técnica, individualmente. isso aí eles têm tudo porque eu deixei lá.


E por que então não dá certo um time com tantos craques, tantas estrelas?

Não, não... Vamos falar do Santos. Vamos esquecer o Real Madrid.


Está certo! Vamos falar então de Copa do Mundo. O que você acha que pode acontecer lá na Alemanha?

O Brasil é favorito, com outras seleções tradicionais como Argentina, Inglaterra, Alemanha e Itália. Mas, para mim, o Brasil é o grande favorito.


Você acredita em surpresas como aconteceu em 2002?

Tem surpresas até um limite, mas não acredito que o título vá fugir de Brasil, Alemanha, Itália, Inglaterra e Argentina. Acho que o campeão sai de um desses, mas tem sempre uma surpresa que chega até as quartas-de-final. De repente até uma semifinal. Mas ser campeão aí já é complicado.


Na última vez que conversamos você ainda estava em Madri, e te perguntei o que aconteceria caso você conquistasse títulos no Real Madrid, recebesse uma proposta de renovação e ao mesmo tempo uma proposta da Seleção Brasileira após a Copa do Mundo. Você disse que sua cabeça iria ferver. E hoje? O que aconteceria se viesse o convite?

Minha cabeça está voltada para o Santos. Eu tenho compromisso de dois anos. Inclusive não existe nenhuma cláusula que me libere para a Seleção Brasileira. Há multa para todos. Se eu quiser sair do Santos, eu pago uma multa. Se o Santos quiser me mandar embora, paga uma multa. Para Seleção Brasileira não tem nada de especial. Tenho compromisso de dois anos e é o que eu quero fazer, seguir a minha vida e dar ao Santos o trabalho, ajudá-lo a seguir em busca de suas conquistas. É o que eu quero. Nada de ficar imaginando possibilidades. Minha cabeça está no Santos, tranqüilamente.


Mas você teria vontade de um dia retornar?

Não quero discutir isso porque fica girando na base da hipótese. Sou um homem preparado para dirigir a Seleção Brasileira, mas não penso nisso como pensava anteriormente.


Mas antes este era o objetivo da sua carreira.

Esse era objetivo. Já fui. Já trabalhei e me arrancaram de lá.


Exatamente por isso, você não tem a vontade de retornar e dar a volta por cima?

Não por causa disso. Eu sou um homem totalmente tranqüilo. Sabe por quê? Quem deve ter raiva devem ser as pessoas que pensavam que eu fosse bandido e não sou. Essas devem ter uma raiva muito grande porque nunca conseguiram provar nada contra mim. E continuam aí me perseguindo. Sempre sai uma coisinha. Agora saiu esse negócio do Edmundo. Aí teve duas ou três pessoas que falaram: "Olha! Foi na época da Seleção Brasileira, da CPI... Então por isso que ele voltou com o Edmundo para a Seleção". Como se eu tivesse emprestado dinheiro para o Edmundo. Depois ele foi lá e confessou o seguinte: "Não. Esse dinheiro era uma aplicação que o Vanderlei tinha. Nada a ver com o que o pessoal estava pensando. Mas tem sempre um paladino do oeste, que vai ali perseguir, que tenta buscar alguma coisa. E estes aí estão sempre "fudidos". Essa é que é a verdade porque eles ficam tentando buscar execrar as pessoas, mas eles estão mais execrados que as próprias pessoas. Minha vida segue. Esse negócio do Edmundo, eu falei no primeiro dia, é tudo mentira. Não é nada verdadeiro. Aquele cheque é indevido, não tinha que ser depositado, já não tinha mais nem porque, já que eu tinha deixado o cheque para lá, largado mesmo. Ele tinha o cheque, depositou em 1999, que era indevido, porque ele recebeu tudo o que tinha que receber do cara lá que era de uma factory e que eu paguei do meu bolso para ele. E agora ele foi mostrar isso novamente. Isso mostra quem é o Edmundo. Agora eu vou ter que provar que ele já recebeu aquele dinheiro lá e vou provar também que um cheque meu de R$ 200 mil, que apareceu na CPI do Narcotráfico, tinha sido pago ao Edmundo em cima dessa aplicação que ele tinha lá na factory de Curitiba. Agora esse cheque também vai ter que aparecer porque foi trocado e apareceu no negócio de narcotráfico. Vamos ter que rastrear isso.


O Edmundo comprou a briga e agora você vai até o fim?

Agora eu vou. Eu não devo nada para o Edmundo. Ele vai buscar o direito dele e eu vou buscar o meu. Eu vou querer saber por que meu cheque que foi dado ao Edmundo e foi descontado onde tinha envolvimento com o narcotráfico. Aí não cabe mais a mim. É alguém que tem que buscar, não sou eu.


Então foi por isso que você deu aquela declaração logo depois que a história estourou? Eu até tinha ficado assustado com o jeito que você pegou pesado com o Edmundo.

Fui só me defender de uma coisa que é mentirosa. O cheque é meu. Só que ele depositou indevidamente porque já tinha sido tudo pago para ele e quando apareceu o cheque no banco, em 1999, eu nem trabalhava mais com a agência. A factory que eu paguei para ele foi em 94, 95 ou 96. Depositou três anos depois, sei lá. Agora em 2006, ele vai fazer isso daí? É só olhar para trás, ver o que as pessoas já fizeram por mim ao longo, mostrando que todas as acusações eram grandes bobagens. Só que eu vou correr atrás mais uma vez como eu corri atrás de tudo aquilo que falaram de mim. Mas não tem problema, nós vamos enfrentar mais uma vez, só que eu vou para o pau. E tem muitas pessoas que colocam uma pelinha de cordeiro, jornalista, que se pegar a vida deles, meu camarada, vou falar um negócio para você! O meu não! O meu correram atrás, mas não provaram nada. Eles falam bobagem. Se eu correr atrás, tem uns aí que não são 171, 342, ou seja, 171 duas vezes (risos).


Sobre arbitragem, a Federação Paulista mudou uma série de coisas. Você acha que as mudanças foram positivas?

Não quero falar sobre isso. Acho que não vale a pena. Falei em uma entrevista que um jornalista colocou no jornal a análise dele junto. E aí eu fui denunciado. Eu não posso ser denunciado por aquilo que eu não falei. Isso está no Brasil. O novo código permite que você seja denunciado por uma coisa que saiu no jornal. Qualquer jornalista pode colocar qualquer pessoa para ser julgada. Se tiver alguém com bronca, pode te prejudicar. É um grande absurdo e a culpa é do Luiz Zveiter (ex-presidente do STJD), que foi o responsável por fazer o novo código. Estou sendo denunciado pelo Tribunal da Federação Paulista (o julgamento está marcado para segunda-feira) por uma coisa que eu não falei. Se você pega a minha entrevista: "Lugar de coronel é no quartel" (referência ao Coronel Marinho, ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo, que hoje dirige o departamento de arbitragem da Federação Paulista de Futebol). Lugar de coronel é onde? Lugar de ladrão é onde? Lugar de médico é onde? Ladrão é na prisão, de comandante é onde?


Terra: E de ex-comandante?

Mas presta atenção! Eu não tenho nada contra o Coronel Marinho. Eu conversei com ele e acho que é uma pessoa idônea que está fazendo algo de bom para o futebol. E eu estou à disposição dele para contribuir. Isso não quer dizer que eu não possa criticar. Essa é a diferença. Criticar com respeito, você pode criticar. Eu fiz uma crítica, mas não falei que ele é ladrão, não falei que teve complô, não falei que teve nada disso. Nessa democracia que nós vivemos, eu posso fazer isso. Não quis dizer que ele é uma pessoa que não pode estar ali. Ele pode. Deve estar ali, junto a outras pessoas que conhecem de futebol para que possa mudar o quadro que, quando eu saí daqui, eu falei que o Edílson (Pereira de Carvalho) era complicado porque ele me perseguia. Depois aconteceu tudo o que aconteceu. Então nós trabalhamos em conjunto. Estou aqui para ajudar e somar. Estou à disposição do Coronel Marinho, do Tribunal e da Federação para conversar. Não estou à disposição para ser denunciado por aquilo que um jornalista escreveu no jornal. Isso não pode ser.


Você falou sobre Seleção Brasileira, disse que não a coloca mais como objetivo, mas que se acontecer, legal. Faltou também que em relação ao futebol europeu, que pode ser que um dia você volte, mas nada de colocar como objetivo também. Hoje podemos dizer que você está como aquela música do Zeca Pagodinho: Deixa a vida me levar?

Eu voltei ao Brasil mesmo tendo propostas para ficar na Europa e começar a trabalhar agora em junho. Mas eu não consigo ficar fora do futebol por muito tempo. Então eu voltei e coloquei uma coisa na minha cabeça: vou voltar para o Santos, fazer um contrato de dois anos e realizar o trabalho. Então minha cabeça está voltada para isso. Agora as pessoas têm que entender um contrato, porque dão porrada na gente quando se rompe um contrato, que existem cláusulas estabelecidas e que podem ser rompidas. E, se isso acontece, não quer dizer que você é mau caráter, que está fugindo do seu compromisso. Pelo contrário, você está cumprindo com seu compromisso acordado dentro do contrato. É pagar aquilo que é devido para você romper o contrato. No meu caso, eu não quero fazer, mas se eu amanhã me sentir no direito de romper o meu compromisso para ir para outro lugar, pagando ao Santos aquilo que é devido, não tem porque não.
 
Fonte: www.terra.com.br
 
 

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