O Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Gaúcha de Futebol suspendeu, nesta quinta-feira, o zagueiro do Juventude, Antônio Carlos, por 120 dias e mais quatro partidas em virtude de agressão e atitudes racistas que manifestou contra o volante do Grêmio, Jeovânio.
Apesar da repercussão, a acusação por atos racistas resultou somente nos quatro jogos de gancho. Isto porque o TJD avaliou que, ao esfregar o dedo na pele e gritar a palavra 'macaco' - de acordo com imagens de televisão, Antônio Carlos Zago, 36 anos, teve “atitude não desportiva”, como previsto no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Este fato revoltou Jeovânio, que, em seu depoimento, sequer olhou para Antônio Carlos. o jogador do time da Serra, que também testemunhou, alegou que estava com muita raiva momento de sua expulsão e voltou a afirmar que o fato de passar a mão sobre o braço estava relacionado com um machucado no local, e não a qualquer referência racista. Antônio Carlos voltou a pedir desculpas para Jeovânio.
No mais, o jogador, ex-seleção brasileira, foi enquadrado nos artigos 253, por agressão física (que previa 120 a 540 dias). Neste caso, foi analisada a cotovelada que desferiu em Jeovânio e, como era réu primário, foi punido com 120 dias longe do futebol.
Para tentar livrar o zagueiro da punição, os advogados do Juventude fizeram uso de vídeos com depoimentos de funcionários negros do clube de Caxias elogiando o atleta. Agora, o departamento jurídico pretende entrar com um recurso para exigir a redução da pena para prestação de serviços comunitários.
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