Carregando cinco estrelas no peito, três finais consecutivas e o peso de ser a mais temida concorrente ao título, a Seleção Brasileira estréia na Copa do Mundo, contra a Croácia, às 16 horas desta terça-feira no Estádio Olímpico de Berlim, pelo Grupo F. Todo o favoritismo tem respaldo nos craques de frente, principalmente Ronaldinho Gaúcho, eleito melhor jogador do mundo pela FIFA nos últimos dois anos.
O técnico Parreira chega à disputa de sua sétima Copa e tem como uma das mais difíceis missões não deixar as estrelas subirem no “salto-alto” e ficar motivados pela possibilidade da conquista do sexta taça. “Precisamos jogar com o coração”, enfatiza.
Sobre a responsabilidade de voltar para o Brasil com o título ele foi bem claro: “Temos a obrigação de fazer uma grande Copa mas não de ganhar. Isso quem tem e a Alemanha”, declarou na véspera da partida.
Agora, é colocar o coração
Sem segredos, Parreira coloca em campo o quarteto Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano e os onze jogadores que são titulares da Seleção nestes último meses de preparação. Uma formação que faz os torcedores imaginarem grandes jogadas e vitórias épicas mas, Parreira adverte. “O importante na estréia é vencer”.
O treinador também já admitiu a possibilidade de mudanças no time, principalmente no meio de campo e ataque, caso o resultado na primeira fase não seja o esperado. Robinho e Juninho Pernambuco começam sentados no banco mas são os que têm os pés mais próximos do gramado.
Conturbações
O que acontece fora do campo é tudo que o Brasil não quer para esta Seleção. Mas, nos últimos dias antes de iniciar a Copa, perturbações rondaram a concentração brasileira, em Köneigstein e em Berlim, onde chegou no domingo.
Primeira foram as bolhas no pé de Ronaldo e a ausência dele em um dos coletivos, por causa de febre, que causou dúvidas sobre a real condição física do artilheiro. Mas, ele garante que está em forma e está perto de quebrar de ser o maior marcador de gols na história do torneio. Tem 12 gols, assim como Pelé, dois a menos que o alemão Müller, com 14 gols.
Saradas as bolhas de Ronaldo, uma bomba nesta segunda-feira. A Roma, da Itália, ex-time de Cafu, pediu a prisão dele por falsificar passaporte. A pena para isto é de nove meses de reclusão. O capitão se diz tranqüilo e garante que não será perturbado, emocionalmente, pela situação.
Curados em cima da hora
Pronta para enfrentar o Brasil. É a garantia do técnico Zlatko Kranjcar para a Croácia. Depois de passar por dificuldades dias antes do jogo, como contusões e desgaste físicos de alguns jogadores, os europeus chegam com os 23 jogadores em condições para entrar em campo. Uma infecção, que atingiu quase todos, foi outra barreira a ser superada. Os atletas tiveram diarréia e vômitos. Os atacantes Ivica Olic e Bosko Balaban, o zagueiro Dario Simice o meia Jerko Leko foram os mais afetados.
Na lista dos machucados estavam o meia e capitão Niko Kovac, o zagueiro Josip Simunic, o lateral-direito Darijo Srna e o goleiro Tomislav Butina. Todos se recuperaram mas o goleiro Butina foi substituído por Pletikosa por opção técnica do treinador. Outro que se reabilitou foi o atacante Ivica Olic, que poderá ficar no banco de reservas.
Ficha Técnica
Brasil x Croácia
Local: Estádio Olímpico, em Berlim
Data: 13/06/2006
Horário: 16 horas
Árbitro: Benito Archundia (México)
Brasil
Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Croácia
Stipe Pletikosa; Dario Simic, Robert Kovac, Josip Simunic; Darijo Srna, Igor Tudor, Niko Kovac, Marko Babic, Niko Kranjcar; Ivan Klasnic e Dado Prso