Mais uma vez, a campanha do Brasil na Copa do Mundo foi encerrada pela França. Responsável pela última derrota verde e amarela em mundiais, a equipe azul eliminou a Seleção do Mundial da Alemanha, neste sábado, em Frankfurt. Com um gol de Thierry Henry, levou a melhor por 1 a 0 e alcançou as semifinais.
O triunfo credenciou o time dirigido por Raymond Domenech a enfrentar Portugal na próxima partida, marcada para quarta-feira, às 16h (de Brasília), em Munique. Os comandados de Luiz Felipe Scolari se garantiram entre os quatro melhores ao baterem a Inglaterra nos pênaltis.
Carlos Alberto Parreira mandou ao Waldstadion a formação que muitos pediam, com Gilberto Silva e Juninho Pernambucano nos lugares de Emerson e Adriano. No entanto, quem mandou no jogo foi a França, comandada por Zidane, que adiou a aposentadoria com mais uma apresentação de gala.
O Brasil conseguiu se safar no primeiro tempo, mas vacilou na etapa final e permitiu que o adversário abrisse o placar. Aos 12min, Zidane cobrou falta da esquerda, e Henry apareceu com liberdade impressionante para completar de pé direito no segundo pau.
Parreira, então, resolveu refazer o "quadrado mágico", com Adriano no lugar de Juninho Pernambucano. Mais tarde, trocou Cafu e Kaká por Cicinho e Robinho, mas as alterações não deram o efeito esperado, e foram mesmo os franceses quem avançaram às semifinais.
Esta foi a terceira derrota brasileira para a França em copas do mundo. Além dos 3 a 0 sofridos na decisão de 1998, o time verde e amarelo também deu adeus à competição diante do mesmo adversário em 1986, quando perdeu também nas quartas-de-final, na disputa por pênaltis. A única vitória do Brasil ocorreu na semifinal da edição de 1958: 5 a 2.
O jogo
A França começou a partida respeitando o Brasil, que dominou as ações nos primeiros minutos. A equipe verde e amarela chegava constantemente ao ataque, e assustava nas bolas paradas. Aos 12min, Ronaldinho cobrou falta da direita, e Ronaldo cabeceou por cima.
No entanto, o time comandado por Raymond Domenech subiu a marcação e passou a impedir as investidas do adversário. O meio-campo brasileiro, por sua vez, mostrava pouca movimentação para escapar do cerco francês.
Assim, a posse de bola passou para o lado da equipe que jogava de branco. Comandada por Zidane, que regia o meio-campo com categoria, ela rondava a área brasileira, ainda que sem criar oportunidade.
A melhor jogada ocorreu aos 44min, quando Zidane puxou belo contra-ataque, livrou-se de três marcadores e tocou para Vieira, que só foi parado com falta dura de Juan. Apesar das reclamações, o zagueiro levou cartão amarelo na jogada.
Na cobrança de Henry, Ronaldo, que estava na barreira, rebateu com a mão. O árbitro espanhol Luis Medina Cantalejo não viu que o camisa 9 estava dentro da área e apontou nova falta, batida por Zidane na barreira.
Após o intervalo, as equipes e o panorama da partida não sofreram alterações. Logo no primeiro minuto, Zidane cobrou falta da direita, e Vieira cabeceou à direita do goleiro Dida, batido no lance.
Não demorou, no entanto, para que o placar fosse aberto. Aos 12min, Zidane cobrou nova falta, desta vez da esquerda, no segundo pau. Thierry Henry apareceu com liberdade impressionante e tocou de pé direito para o gol.
Parreira, então, resolveu apostar na reconstrução do "quadrado mágico", promovendo a entrada de Adriano no lugar de Juninho Pernambucano. No entanto, foi a França quem voltou a aparecer com perigo, duas vezes com Ribery.
Aos 33min, o treinador da Seleção deu suas últimas cartadas trocando Cafu e Kaká por Cicinho e Robinho. A melhor oportunidade para o empate surgiu em cobrança de falta sofrida por Ronaldo, mas Ronaldinho mandou por cima a esperança de sobrivência brasileira na Alemanha.
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