Luiz Felipe Scolari estabeleceu as quartas-de-final como meta para a seleção portuguesa antes da Copa do Mundo. Com o objetivo superado, o técnico passou a acreditar que é possível fazer história e chegar à decisão. Para isso, a equipe precisa superar a França, às 16h (de Brasília) desta quarta-feira, em Munique.
"Nunca fizemos os jogadores pensar que poderiam ser campeões, mas eles estão ultrapassando os limites. Quando isso acontece, já não existe mais limite, e sim o sonho a ser conquistado, que pode mudar a história do futebol no país", afirmou o comandante.
A vitória sobre a Inglaterra nos pênaltis fez com que Portugal igualasse sua melhor participação na história das copas, registrada em 1966. A idéia agora é superar a geração de Eusébio e se credenciar a enfrentar a Itália na decisão, marcada para domingo, em Berlim.
Apesar da empolgação com o bom desempenho na Alemanha, Felipão tratou de jogar o favoritismo para o lado da França, responsável pela eliminação do Brasil. "Pela história, por tudo o que já conseguiu e pelo melhor retrospecto contra Portugal, a favorita é a França."
Raymond Domenech, por sua vez, disse que a vantagem é rubro-verde. "Campeão do mundo é o Scolari", afirmou o treinador francês, em tom bem-humorado. "O time de Portugal é um adversário difícil, tem um estilo parecido com o brasileiro. Tem boa técnica, jogadores talentosos e uma formação organizada", acrescentou.
Mais uma vez, o meio-campista Zinedine Zidane entra em campo com a possibilidade de terminar o jogo aposentado. Isso porque o jogador está pendurado com um cartão amarelo e pode perder a final ou a disputa do terceiro lugar caso seja advertido pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda.
Para o jogo desta quarta, Domenech poderá contar com todos os 23 jogadores do elenco francês. Do lado português, o volante Petit está suspenso e terá a vaga ocupada por Costinha, que, a exemplo do meia Deco, retorna de suspensão. Cristiano Ronaldo e Figo estão em recuperação de contusão, mas não devem ter problemas para entrar em campo.