“Quem não faz, leva.” A velha máxima do futebol pode perfeitamente ser aplicado ao caso do Ipatinga (pelo menos no fim de semana), único clube mineiro que não manteve os 100% de aproveitamento no primeiro turno da fase inicial da Série C do Brasileiro. Domingo, o Tigre foi derrotado pelo Americano por 1 a 0, em Campos, e perdeu a liderança do Grupo 12 para o time fluminense.
“Perdemos, porque não fizemos o gol. E eles fizeram”. A explicação do técnico Ney da Matta, com uma leve pitada de ironia, por mais simplória (e óbvia) que possa parecer, já virou lugar-comum no meio futebolístico. É usado em demasia por treinadores para justificar o mau resultado. “Foi uma partida difícil, levamos o gol aos 40min do segundo tempo. Foi um jogo truncado, em um campo pequeno”.
O treinador do atual vice-campeão mineiro logo explica: “Não perdemos por causa do campo. Às vezes, quando ele é ruim, dificulta o jogo técnico, e o gramado não estava bom.” Como o próximo compromisso do time do Vale do Aço, na Terceira Divisão, contra o mesmo Americano, será no Ipatingão, em melhor condição que o Estádio Godofredo Cruz, em Campos, ele espera que o Tigre volte à liderança.
Indagado se o atual grupo do Ipatinga tem condições de repetir o sucesso de 2005, quando disputou o quadrangular final da Série C e por pouco não subiu à Segunda Divisão, Ney da Matta não tem dúvida de que, com os atuais jogadores, pode fazer ótimo trabalho. “O grupo é muito bom. Talvez tenha até mais qualidade que o do ano passado, com mais atletas para reposição”, afirma. “Mas não podemos comparar essa equipe com a de 2005. A diferença é o conjunto: o outro time jogou muito mais tempo junto”.
Avaliação
Para a partida de domingo, o treinador ainda estuda se vai mudar a equipe. A única certeza é a ausência do volante Leandro Salino, suspenso com o terceiro cartão amarelo. No seu lugar, entra Everton. Com essa exceção, a tendência é que Ney da Matta mantenha a escalação que perdeu para o Americano, segundo ele ainda mais ofensiva que a dos jogos anteriores.
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