 Weverson, 19 anos, um dos goleiros reservas do São Paulo, e uma atleta do Finasa/Osasco morreram na madrugada em um acidente de carro no km 312 da Rodovia Régis Bittencourt, no sentido São Paulo-Paraná, entre os municípios de Itapecerica da Serra e São Lourenço da Serra, após o automóvel em que estavam capotar e sair da pista.
Natália Lani Sena Manfrim, 19 anos, foi a atleta do Osasco que morreu no acidente automobilístico. Nascido em Caraguatatuba, Weverson se juntou ao grupo profissional nesta temporada, mas não havia disputado nenhuma partida oficial. O goleiro também esteve presente nas categorias de base da Seleção Brasileira.
Weverson iniciou no Pequeninos do Jóquei e depois integrou as categorias de base da Portuguesa antes de ir para o São Paulo, em fevereiro de 2003.
Além deles, outro goleiro reserva do São Paulo, Bruno, estava presente no acidente e foi transferido do Pronto Socorro de Juquitiba para o Hospital São Luiz.
Também se feriram no acidente Paula Carbonari Gomes do Monte, 18 anos, e Clarice Benício Peixoto, 19 anos, que pertencem ao Finasa/Osasco.
O velório do goleiro Weverson acontece no Cemitério Congonhas, no Jardim Marajoara, a partir das 14h (de Brasília). O enterro será no mesmo local, às 16h30 desta sexta.
Sobrevivente
O goleiro são-paulino Bruno, sobrevivente no acidente que matou o também goleiro Weverson e a jogadora de vôlei Natália Lani Sena Manfrim, será operado ainda nesta sexta-feira para fixar a coluna e descomprimir a medula.
Bruno está em processo pré-operatório. A cirurgia dura entre duas e três horas. "Não tem como prever seqüela futura. Na cirurgia é que saberemos a extensão da lesão", informou Artur Ricca, diretor clínico da unidade Morumbi do Hospital São Luiz.
Marco Aurélio Cunha, médico e dirigente do São Paulo, fala com cautela sobre o caso. "Pelo que eu conversei com o pessoal do Hospital São Luiz, parece que não houve lesão na medula, mas a gente nunca sabe o desdobramento de um acidente como esse. Agora é torcer pelo Bruno e aguardar o resultado da análise da medula. Vamos ver se ele consegue retomar a vida normal e, quem sabe, de atleta", disse o dirigente à rádio Jovem Pan.
Na visão de Marco Aurélio, apesar do quadro grave, Bruno não corre risco de morte. "O caso é delicado, mas, pelas condições do Hospital São Luiz e o que foi apresentado, a situação é contornável. Não sabemos quais serão as conseqüências secundárias, mas esperamos que tudo corra bem", acrescentou o médico, preocupado com o desalinhamento das vértebras do jogador.
O superintendente lamentou bastante o acidente e a morte de Weverson. "A tristeza é muito grande. Ele era um menino exemplar, querido por todos na base e no profissional, assim como o Bruno. Toda vez que acontecesse isso penso no meu filho, na minha filha", concluiu.
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