A seleção grega foi responsável pela maior surpresa do Mundial de basquete 2006, nesta sexta-feira, ao derrubar nas semifinais o time dos Estados Unidos, por 101 a 95, acabando com o sonho norte-americano de recuperar a honra perdida.
Os atuais campeões da Europa deixaram em evidência as carências dos astros da NBA como equipe. A Grécia enfrentará no domingo, na final, a Espanha, que venceu a Argentina em jogo dramático.
Spanoulis foi o grande carrasco dos americanos, com seus 22 pontos em momentos decisivos e, sobretudo, por seu controle do tempo de jogo. Ele comandou a movimentação da Grécia desde o primeiro minuto.
Os EUA tentavam reparar o desastre do Mundial de Indianápolis, no qual outro combinado de astros da NBA acabou em sexto lugar.
Desde o começo, a Grécia dominar no corpo a corpo, nas longas trocas de bola, no jogo de controle. Panagiotis Yannakis neutralizou o maior perigo dos americanos: as transições rápidas e os tiros de longe.
Hatzivretas desacelerou o jogo, levando a posse de bola ao limite. Chegou a estourar o tempo com a bola na mão. Papadopoulos, no garrafão, enfrentou Elton Brand, minando a confiança do pivô do Los Angeles Clippers.
Os EUA passaram a tentar as infiltrações com Dwight Howard e chegou a fazer 33 a 23. Parecia que a brecha começava a se abrir. Mas a Grécia estava firme e pronta para reagir. A defesa de Diamantidis começou a surtir efeito ao provocar duas faltas de ataque dois e acertar um toco.
Papaloukas se uniu a ele com penetrações e assistências para Schortsanitis, que com nove pontos seguidos pôs a Grécia em vantagem: 39 a 38. O primeiro tempo terminou com 45 a 41 para a Grécia.
No terceiro quarto, a reação do combinado da NBA não aconteceu, porque os gregos não deixaram. Os americanos falhavam nos lances livres, deixando a Grécia ampliar a vantagem, que chegou a 10 pontos no último quarto.
Nos instantes finais, restava uma mínima esperança de salvação. James reduziu a diferença para quatro pontos (97 a 93), faltando 15 segundos. Mas já era tarde demais.