A Seleção Brasileira feminina de vôlei venceu, nesta sexta-feira, o Japão por 3 sets a 1, parciais de 23/25, 25/22, 25/16 e 25/17 em partida válida pela fase final de grupos do Grand Prix, disputado em Reggio Calábria, na Itália, no ginásio Palapentimele.
Com o resultado, o Brasil avança às semifinais da competição como primeira do grupo B e enfrenta o segundo do grupo A, formado por China, Cuba e Itália, que ainda decidem quem passa.
O jogo era considerado tranqüilo, já que as brasileiras haviam batido o Japão por duas vezes na fase de classificação do Grand Prix, ambas por 3 sets a 0.
No entanto, as japonesas começaram bem a partida, abrindo quatro pontos de vantagem. Porém, num saque de Jaqueline, o Brasil empatou em 7 a 7. A seleção chegou a retomar a dianteira no placar, mas voltou a errar muito e o jogo voltou a ficar empatado, agora em 14 a 14.
Nos dois tempos técnicos, Zé Roberto Guimarães teve o cuidado de pedir atenção às jogadoras, que pareciam desconcentradas após a boa vitória sobre as russas.
Surpreendentemente, o Japão seguiu fazendo jogo duro com as brasileiras, que tentaram reagir e chegaram a reduzir a diferença para apenas um ponto. Porém, a seleção voltou a apresentar a mesma desconcentração do início do set, e as japonesas voltaram a abrir dois pontos.
O técnico Zé Roberto pediu tempo, tentando acertar o posicionamento das jogadoras. Mas não deu: o Japão manteve o ritmo, teve três set points e, num erro de saque de Sassá, fechou a parcial por 25 a 23.
Na segunda parcial, o Brasil voltou a apresentar os mesmos erros do início: os ataques não passavam e, aliado à excelente postura defensiva das japonesas, a seleção ficou dois pontos atrás no início.
Porém, com um ataque de Sheilla e forçando jogadas ofensivas, a seleção encostou, empatou em 3 a 3 e virou o placar, abrindo dois pontos. Mas as japonesas, contando com mais erros do Brasil e um ace, empataram de novo. As brasileiras não conseguiam manter uma seqüência de pontos.
Na primeira parada do set, as brasileiras venciam por um ponto. Na volta, a seleção veio outra, com Jaqueline acertando as bolas que errou no primeiro set e a recepção melhorando bastante. Com isso, a vantagem foi aumentando até chegar a cinco na frente.
Porém, o Japão tentou encostar de novo. Foi aí que Zé Roberto parou o jogo, tentando conter o ânimo das adversárias. Mas a seleção soube manter a vantagem no momento decisivo do set.
No ponto para fechar o set, no entanto, a seleção voltou a dar mole e chegou a permitir dois pontos das japonesas. Porém, num bom ataque de Sheilla, fechou por 25 a 22 e se garantiu nas semifinais do Grand Prix.
Na terceira parcial, o Brasil começou mais ligado. Após um empate inicial em 3 a 3, as brasileiras abriram vantagem de cinco pontos, com ataques de Sassá e até um ace de Jaqueline.
Após a parada técnica, as brasileiras seguiram dominando o jogo, sacando bem e virando bolas com Sheilla e Jaqueline. Foi neste set que o Brasil abriu oito pontos de vantagem - a melhor diferença até agora.
Absolutas em quadra, as brasileiras jogaram tranqüilamente. Até a defesa japonesa, principal fundamento das adversárias, passou a não funcionar tão bem. Com isso, a seleção tratou de administrar a boa diferença - mesmo com problemas para fechar, como na parcial anterior - e acabar com tranqüilos 25 a 16, chegando mais que motivadas para o quarto set.
Porém, o equilíbrio voltou à tona na quarta parcial, com Brasil e Japão permanecendo iguais no placar. Após a primeira parada técnica, as comandadas de Zé Roberto Guimarães tinham apenas um ponto à frente.
O Brasil voltou a abrir vantagem de quatro pontos depois da pausa, voltando a mostrar o bom jogo do set anterior. As japonesas chegaram a assustar e fazer alguns pontos duros, mas nada que abalasse a seleção como no início.
Mesmo com a vantagem no placar, o técnico Zé Roberto advertiu as jogadoras, principalmente para não deixarem o adversário encostar. A bronca surtiu efeito: a vantagem seguiu confortável, entre três e cinco pontos, até o fim do set.
Zé Roberto pediu tempo mais uma vez, pedindo que a seleção impedisse os ataques das japonesas e variasse as jogadas - uma forma de alertar o elenco para o jogo da semifinal, que promete ser muito mais difícil que o de hoje.
Num ataque de Sheilla - um dos destaques da partida - a seleção fechou por 25 a 17 e o jogo por 3 a 1, indo com força à próxima fase. As semifinais acontecem amanhã. Se vencer, o Brasil tentará o hexacampeonato do Grand Prix no domingo.
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