Único mineiro restante na Série C do Brasileiro, o Ipatinga vai brigar por uma das quatro vagas de acesso à Segunda Divisão com clubes que já disputaram, no passado, a Série A da competição nacional. A exceção é o Grêmio Barueri, que assim como o Tigre, foi fundado há poucos anos e nunca disputou nem a Série B. Das outras seis equipes que participam do octogonal final, há um campeão brasileiro, o Bahia, que conquistou o título em 1988, e um vice, o também baiano Vitória, derrotado pelo Palmeiras em 1993.
Dos dois times do Sul do país, o Criciúma, de Santa Catarina, é mais conhecido. Foi campeão da Copa do Brasil, em 1991, mas nunca conseguiu ir muito longe no Brasileiro. A melhor campanha foi em 2003, na penúltima vez em que esteve na Série A, terminando na 14ª posição. O Brasil, de Pelotas (RS), chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro de 1985, terminando em terceiro, depois de ser derrotado pelo Bangu, que naquele ano foi vice-campeão, superado na final pelo Coritiba.
Ferroviário, do Ceará, e o Treze, da Paraíba, também já participaram da Primeira Divisão, mas ambos nunca conseguiram melhor classificação do que a 27ª posição. Os cearenses em 1981, e os paraibanos no ano seguinte.
O armador Walter Minhoca, que disputou alguns jogos na Série A deste ano, pelo Flamengo, acredita que todos os times do octogonal final estão no mesmo nível. “Apesar do Ipatinga não ter participado de outras divisões, nem ter muitos títulos, é uma equipe acostumada a decisões, como na Série C do ano passado”, diz.
O jogador lembra da campanha na Copa do Brasil, quando o time eliminou times como Santos e Botafogo. Ele, no entanto, reconhece que o que pode intimidar é a torcida, principalmente a dos baianos, acostumada a encher a Fonte Nova e o Barradão. Mas repete uma velha máxima para descartar a influência dos torcedores: “Futebol se ganha dentro de campo. Os jogadores do Ipatinga são experientes, estamos acostumados a jogar em estádios cheios.” Domingo, o Tigre estréia na última fase da Série C contra o Treze, às 16h, em Campina Grande.
Sócio-torcedor
Será lançado amanhã, no Ipatingão, o programa Sócio-Torcedor de Aço, que tenta viabilizar parte das despesas do clube, principalmente agora, na reta final da Terceira Divisão. O sócio-torcedor, além de ter os ingressos para os jogos da equipe em Ipatinga, receberá descontos em uma rede de convênios no comércio da região.
“Essa aproximação dos torcedores com o clube vai ser muito importante nessa altura da temporada. Mas pensamos além disso: o Ipatinga não é apenas futebol. O clube também desempenha importante papel social em toda região”, afirmou Marina Visacro, diretora de Marketing e uma das responsáveis pelo novo programa.
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