Ainda que Gustavo Kuerten tenha disputado apenas uma partida oficial de simples em 2006 e perdido, segue sendo um dos maiores nomes da história do tênis brasileiro e mundial. Tricampeão de Roland Garros, ele ocupa atualmente a posição número 1131 do ranking de entradas, mas não esconde que pretende voltar à boa fase em breve.
Em entrevista à Rede Globo, Guga brincou sobre sua recuperação com a parceira retomada recentemente com Larri Passos. “A gente brinca, eu e o Larri: se a montanha tem 8800 metros, que é o topo do mundo, eu ainda estou lá pelo dois mil e pouco”, diz o tenista. “Agora ainda falta poder se esticar em uma bola. Correr, voltar, agüentar esse vai-e-vem”, completou.
Guga explica ainda sobre o que enfrentou – e ainda enfrenta – durante o período de molho na carreira. A boa notícia é que ele se refere aos problemas como coisas do passado, demonstrando vontade de superá-los e voltar ao circuito.
“O mais difícil para mim era isso: entender que eu tinha uma limitação, que eu não podia exigir tanto de mim como eu gostaria, até mesmo em treinamento”, afirma na entrevista, na qual faz planos para a volta. “Se der tudo certo agora nesse reinício, espero ter alguns anos com grandes resultados. Para mim, seria o mais gratificante.”
O ex-líder do ranking de entradas e da corrida dos campeões ainda fez a comparação entre dois dos maiores tenistas de todos os tempos: com uma vitória sobre Pete Sampras e duas sobre Roger Federer (enfrentou ambos três vezes), Guga não hesita em afirmar, de maneira metafórica, que o norte-americano foi melhor do que Federer.
“Acho que esses gênios acabam sendo mesmo pessoas fora do comum, mas em um período que existe uma lacuna. Na Fórmula 1, o Schumacher tirou vantagem da morte do Senna para conquistar seus triunfos, assim como o Federer tira vantagem do vácuo deixado pelo Sampras“, compara.
Em quadra, o suíço e o norte-americano se enfrentaram apenas uma vez. Foi na edição de 2001 de Wimbledon, quando o atual número um do mundo venceu uma partida histórica por 3 sets a 2, com parciais de 7-6 (9-7), 5-7, 6-4, 6-7 (2-7) e 7-5 e que durou 3h41. Mas em uma possível reedição do duelo, Guga acredita que o resultado seria diferente.
“Prefiro o Sampras. Entre o Federer no melhor dia e o Sampras no melhor dia, ganharia o Sampras”, garante.